A GUERRA DOS SEXOS
Autor Verônica Dutenkefer
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/15/2006 2:34:48 PM
Acabo de ler uma crônica muito bela, onde o autor declara sua paixão pelas mulheres.
Já li outras exaltando a admiração do homem às mulheres e ao lê-las sinto mais orgulho de ser mulher!
Mas fiquei pensativa...e comecei a me perguntar: Será que alguma mulher já escreveu exaltando a sua admiração pelos homens???
Deve haver...mas confesso que nunca encontrei.
Desde pequenina fui exposta a eterna e infrutífera disputa pela “superioridade”, tanto feminina quanto masculina.
Disputas, piadinhas e muita, mas muita reclamação de ambos os lados.
E às vezes me pergunto: “Para quê isto?”
Será que alguma mulher consegue perceber o quanto nossa alma inquieta e muitas vezes incongruente, necessita de uma alma masculina para nos acalentar?
Somos as primeiras a gritar independência, mas no íntimo queremos também sermos aceitas e compreendidas.
O feminismo espalhou a idéia errônea de que ser passiva é sinônimo de submissão.
O nosso lado passivo é aquele que sabe receber e esperar. E hoje, nossas almas femininas masculinizadas pelo temor à submissão, não se permitem mais, nem receber e nem esperar...
A submissão é a anulação do seu Eu e a perda completa de seu poder. E ela jamais será boa, tanto para mulheres, como para os homens.
E por falar neles, vamos contemplá-los ?
Faço um convite a todas nós para que, neste exato momento,consigamos entrar em contato com nosso lado mais doce e amoroso e comecemos a perceber o universo masculino (tão abandonado e criticado).
Estes homens que crescem aprendendo a prover, doar, serem sempre fortes, decididos e corajosos.
Os homens que aprenderam, desde muito pequeninos, a esconderem suas emoções e sentimentos pois isto é “coisa de veado!”
Os homens que aprenderam a obrigação de ter que sempre apresentar a solução para qualquer problema.
Esses homens que precisam provar que estão o tempo todo no controle, pois senão “é um banana!”
Homens que precisam ter tanta paciência para suportarem, mesmo sem entender, as mudanças repentinas dos humores femininos carregados de hormônios e cansaços...
Muitos deles acreditam fielmente que sempre precisarão proteger e amparar, mesmo estando igualmente expostos, desamparados e confusos...
Os homens que precisam sempre dar o primeiro passo e a última palavra.
Estes homens são os mesmos que ficam sem saber o que fazer ao ver as primeiras lágrimas de uma mulher...e que ficam paralisados e “bobos” com o milagre da vida expostos num bebê..
À todos estes homens deixo a minha mais profunda admiração e respeito!
Mulheres e homens lutando contra suas próprias essências em nome de uma “liberdade” que nem compreendem.
Enquanto gritamos pelos nossos direitos, nossas almas continuam, solitariamente silenciosas, a esperar....
A espera de que esses homens e mulheres, humildemente, adquiram a sabedoria.
Aquela sabedoria que o tempo e as dores nos dão.
A sabedoria que nos ensina que precisamos um do outro, não porque não consigamos sobreviver, mas porque precisamos conviver.
A sabedoria da aceitação das diferenças.
Enquanto decoramos regras do que devemos e não devemos mostrar e exprimir, homens e mulheres continuam se desencontrando...
Até quando essa guerra dos sexos???
E por que ela não é combatida como as outras guerras???
A violência que ela vem gerando é tão (ou mais) dura do que as das outras guerras .
E o perigo é que ela gera uma violência extremamente imperceptível que vai corroendo nossas almas...implantando o vírus do medo, da amargura e da solidão.
“AMAI UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!”
“AMAI OS OUTROS COMO A TÍ MESMO!”
Verônica Dutenkefer*
26/06/03
*Verônica é psicoterapeuta, hipnoterapeuta Ericksoniana, Especialista em Terapias Florais, Canal Reiki. Conheça mais seu trabalho: link
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