A IMPORTÂNCIA DO ATO DE FAZER BEM A SUA PARTE POR AMOR A SI MESMO!
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Autor ROBERTO LUZ
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 06/10/2010 21:41:27
Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.
Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura.
Então, raciocinou consigo mesmo: "aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a, protegendo-a dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.
Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: "eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso, nem pensar".
O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina.
Seu pensamento era muito prático: "é bem provável que eu precise desta lenha para me defender.
Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.
Este pensou: "esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha."
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava.
Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) Para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho.
Seu raciocínio era curto e rápido. "esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos".
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente apagou.
No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.
Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: "o frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro".
Amar é essencial!
Amar a si mesmo é fundamental, determinante, indispensável!
Eu, Roberto Luz, defino o Amor, como: ”A Fonte Infinita das Grandes Virtudes do Espírito!”. E isso fundamenta todo o meu Trabalho!
Quando observamos a história acima, podemos notar o quanto seria fácil a solução para que todos se mantivessem vivos e pudessem sair dali seguindo suas jornadas, temporariamente interrompidas por força do acaso e do tempo. Levariam naturalmente suas vidas adiante, já que, inevitavelmente, o socorro chegaria para salvá-los daquela situação.
Com apenas um toque de uma das vertentes do Amor resolveriam a questão. Amor ao próximo.
Contudo, ainda que não pensassem em seu semelhante, se pensassem apenas com Amor, em si mesmos, reverteriam toda essa condição que acabou por lhes tirar a vida. Pois, uma atitude amorosa reflete-se amplamente como ondas e envolve a todos os que são circundados por essa energia, uma vez que expressariam naquela circunstância suas virtudes; algo bom, positivo e construtivo.
E, consequentemente, não estariam sufocados pela desvirtude e nem aprisionados por seus vícios.
A falta, a ausência de Amor desvirtuou a atitude... E definiu o destino daqueles homens.
O primeiro homem da história era racista. E por isso, com certeza, anulava a em si mesmo a presença do amor próprio. O racismo por si só já é desvirtuante, pois carrega consigo o preconceito e a discriminação. Portanto, apesar da ilusão de superioridade, uma pessoa racista causa danos à sua força interior, já que se verá a todo tempo incomodado, dominado por aborrecimento, desgostoso e irritado diante da presença daquele que considera inferior, bem como do provável sucesso daquele que ele despreza, ignora ou diminui em seu valor.
O segundo homem era avarento. A avareza, até mesmo por ser considerada um pecado capital, denota em si mesma a ausência de Amor por si na pessoa que a tem como modo de vida. O avarento torna-se escravo do dinheiro e dos bens materiais. O que faz com que não desfrute o bem viver que a vida lhe proporciona, nem compartilhe suas riquezas de forma equilibrada pela falta da prática da generosidade. O Amor é generoso e a felicidade está, normalmente, no servir que comparte o melhor que se possui, com emoção e alegria.
O terceiro homem era rancoroso. O efeito destrutivo da mágoa que guardava de uma ofensa recebida ou de um mal sofrido por causa de sua cor de pele, velozmente se fazia corrosivo ao amor que devia ter por si, por carregar o desnecessário peso da dor. O sentimento de ódio profundo expresso ou não expresso, provocado por experiência vivida que se recebeu, produz imensa aversão a algo ou a alguém. Isso afeta sua harmonia interior e agride seu estado de paz interna. Perdoar é poupar a si mesmo da dor que o outro provocou em ti. Perdoar é amar-se.
O quarto homem era insensível. A incapacidade de experimentar sensações de afeição, compaixão e doçura obscureceu-lhe o sentimento de amor por si próprio. Apesar de muitas vezes ser conhecedor de perigos que possam colocar sob ameaça a sua existência ou a integridade de outrem, diante de uma eventual situação danosa, a dureza de coração, o impede que aja em favor de si ou de outros, em razão de presente ignorância espiritual. Ao se saber dos caminhos e segredos que amparam a vida, deve-se compartilhá-lo amorosamente.
O quinto homem era alienado. A ausência de Amor por si o distanciava da realidade que naquele momento, o cercava e aos outros. De modo que não dava atenção àquilo que podia fazer de útil e nem ao estímulo interno e externo natural que qualquer situação de tensão propõe como resposta. O desinteresse, no que diz respeito ao bem-estar do semelhante, causa o alheamento aos fatores sociais que rodeiam a vida. O Amor, ainda que por si mesmo, está intimamente vinculado a atenção que se dá ao outro pelo afeto que se pode partilhar com ele.
O sexto homem era egoísta. Compreendia aquela condição do ponto de vista exclusivo de seu próprio interesse a despeito dos outros e, essa desconsideração ao seu próximo, o impedia de amar a si mesmo. O egoísta antes, durante, depois e qualquer tempo, pensa e age primeiro em si mesmo, e normalmente, nunca no outro. O amar a si mesmo é antes de tudo um ato altruísta. Pois quem pratica essa vertente do Amor, em qualquer ato bom e construtivo seu, mesmo sem que o saiba, infalivelmente, estará de alguma maneira beneficiando a outrem.
Se cada um deles, sem se importar em quem era o outro ou com o que iria pensar, fizesse a sua parte de colocar a lenha na fogueira, ainda que com a chegada do salvamento, por certo estariam festejando ainda.
Fazer bem a sua parte é um belo ato de Amor por si!
Até Sempre...
ROBERTO LUZ
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ROBERTO LUZ desenvolve um trabalho profundo e vivencial que tem por objetivo orientar, motivar e transformar com base no Amor, como a Fonte Infinita das Grandes Virtudes do Espírito. Através de seus projetos, produtos e atividades ensina as pessoas a brilharem, manifestarem seus potenciais, talentos e virtudes para assim encontrarem a Felicidade. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |