A INAÇÃO NECESSÁRIA!
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Autor Ceissamorim - Buddhayan
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/8/2005 7:43:03 PM
Kátia fora casada durante dez anos. De sua união com Vítor, nascera Heloísa. O casal era feliz, tinha uma vida plena e tranqüila. Após o nascimento da fiha Kátia deixou de amar Vítor. Quando a pequena Heloísa completou seis anos, Kátia pediu a separação. Vítor sofreu muito, tentou de todas as formas salvar o casamento, a família, mas não houve jeito.
Tempos depois, Kátia encontra seu primeiro namorado, Héctor. Pelas tramas do destino, acabaram concebendo um filho que não lhes veio na fase adolescência, quando eram namorados. Héctor tinha uma filha, Geila, um ano mais velha que Heloísa. Foi então que nasceu Ian, um lindo menino! Kátia sabia que Ian era uma criança especial. Muito espiritualizado, um pequeno mago!
Mais uma vez o destino fez com que Kátia ficasse sozinha, sem o amado. Em razão de desentendimentos entre Héctor e Heloísa, Kátia abriu mão do amor por imaginar que filhos são para sempre e homens vêm e vão a qualquer tempo.
Passados dois anos do rompimento Kátia encontra Hugo na internet. Namoram e depois de algum tempo vem a proposta de Hugo para que morassem juntos. Mal tiveram tempo para se adaptarem à nova vida, houve o rompimento. Esse relacionamento, embora intenso, não resistiu à "casa cheia". Hugo - que após o fim de seu casamento há cerca de dois anos -não se acostumou com a casa cheia de pessoas, vez que morara sozinho em companhia de seu micro e de seus cigarros, parceiros de que jamais abriria mão.
Kátia permaneceu sozinha por um período de dois anos. Mas ao ouvir falar de Nestor tinha certeza de que viveria uma união duradoura. Ledo engano. Após o nascimento de Luciano, mais um amado rebento, sua união com Nestor também chegava ao fim. Repetidamente, vivia o fato de Nestor "implicar" com seu filho Ian. Ian era um menino lindo, esperto, tinha a idade de 7 anos! A mesma idade em que começaram a ocorrer os atritos de seu pai Héctor com Heloísa, filha de Kátia com Vítor...
E agora Kátia estava mais uma vez sozinha; mas nem tanto. Pois sempre estivera em companhia dos amados filhos. Houve quem a insultasse dizendo-lhe que era desequilibrada, por ter um filho de cada pai. Outros diziam que era como uma prostituta... Ninguém, no entanto, se dava conta de que os pais das crianças nutriam por ela carinho e respeito. Nenhum deles sequer cogitava tomar-lhe a guarda de algum filho.
Héctor diariamente dirigia-se à casa de Kátia para ver Ian. Dificilmente encontrava Kátia em casa, por que ela trabalhava apenas no período da tarde. Héctor no entanto acompanhava o crescimento de Heloísa, Ian e Luciano. Reconhecia em Kátia uma mãe exemplar. Sabia que jamais permitiria que algum homem maltratasse quaisquer de seus filhos.
Vítor casara-se com Sara, com quem não teve filhos. Impedido de se aproximar de Kátia em razão dos ciúmes de Sara, limitava-se a imaginar o que lhe ocorria. Certa vez reconheceu a capacidade de Kátia em educar a filha do casal. Heloísa destacava-se nos estudos e no convívo social, uma adolescente encantadora. Todos os familiares eram unânimes na avaliação.
Embora filhos de pais diferentes, as crianças tinham um convívio salutar. Amavam-se, brigavam, brincavam, mas tinham a mãe como referencial de família. Kátia sabia que era o pilar daquela família monoparental (constituída por um só membro, ou o pai ou a mãe).
Kátia então parou para avaliar sua trajetória de vida: seus filhos eram seu orgulho.
Todos lindos, perfeitos, saudáveis, inteligentes e di-fe-ren-tes! Uma coisa as crianças tinham em comum: a intuição, a premonição que herdaram da mãe, pois seus pais eram céticos no que diz respeito à espiritualidade.
Kátia sabia que sua vida estava em ordem, que as crianças deveriam vir à existência da forma pela qual vieram. Filhos de uma única mãe e de pais diferentes. Fazendo a análise da idade de sua alma, Kátia descobriu que há indícios de que esta seja sua última encarnação, tal qual seu filho Ian. Imaginou que deveria ter causado muitas separações de famílias em alguma vida passada e que por "acordo" não tinha a capacidade de manter um relacionamento.
Nos dois primeiros relacionamentos, fora ela quem rompera com seus parceiros. Nos dois últimos não lhe restaram alternativas para outro desfecho. Seguir em frente. Criar seus amados filhos e ser feliz.
Kátia recordou-se do que lhe disse uma amiga: "Você tem que ver que o bom disso tudo é que você é livre! Nada lhe impede, nada lhe prende, nada lhe abate! Você é livre!" "Tudo tem um preço e se esse é o preço que deve ser pago, será pago o mais rápido possível", intuiu Kátia.
Ao consultar o Tarô tirou a carta O Enforcado que prediz fim de um período de sacrifício, a força da inação, algo que está fora de nosso controle e que passa melhor se não tivermos resistência...
Inspirada, Kátia assim escreveu:
"Há pessoas que possuem talentos. Todos possuímos talentos, posto que somos pessoas! A arte da convivência é um talento. Descobri que não tenho talento para manter um relacionamento, embora me empenhe e acredite no amor. Sou agradável companhia, mas não para toda a vida. Presunçosamente, descobri que eu e Deus temos algo em comum: não possuímos parceiros por que vivemos uma grande parceria com o Universo! Se não tenho competência para manter um casamento, desisto do feito! Não me abate a tristeza. Compreendo agora que não foi para isso que fui chamada. Decerto, meu compromisso é com a maternidade, não com o companheiro... Compreendi que a inação se faz necessária. Provavelmente um acerto de contas de situação passada. Isso dói. É como "brincar" com fogo e se queimar. A gente pensa que domina e acaba domado(não é dominado não, é domado mesmo!). Agora eu aprendi que "casar não é a minha praia", não ainda... Creio que somos eternos, portanto tenho todo o tempo do mundo para viver um grande e verdadeiro amor. Esse dia chegará, não necessariameente nessa vida, nessa dimensão, mas com certeza, chegará. Sou eterna, por isso, não tenho pressa. Por isso não me desespero mais."
Os direitos dos filhos de Kátia foram garantidos por ela. Todos foram registrados pelos próprios pais na ocasião de seus nascimentos. Os alimentos são fornecidos mediante decisão judicial. A educação é por conta dela. Não há impedimentos para visitas, tampouco rancores.
Penso que ocorra uma transformação do Karma em Dharma, mas, isso é outra história...
Esta história é real; os nomes dos personagens foram substituídos para-lhes garantir a privacidade.
Texto revisado por Cris
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