A inveja não mata, mas anula
Atualizado dia 5/4/2006 4:34:55 AM em Autoconhecimentopor Merit Rabanés
Muitos de nossos erros e de nossa repetência de qualidades negativas, não é algo que fazemos com o propósito de nos desqualificarmos. Fazemos porque aprendemos durante a infância com figuras de autoridade; fazemos porque queremos pertencer a algum grupo; fazemos porque já fomos assim em vidas passadas.
Maria não entendia porque fora a vida inteira hostilizada por sua mãe, a Maria Primeira e, tempos depois, por sua filha, a Mariazinha. Desde pequena, inteligente e versada na arte de aprender com facilidade, sempre foi notada pela maioria das pessoas, ao mesmo tempo em que era agredida, minimizada e humilhada por sua mãe. Cresceu acreditando que era uma pecadora, que tinha o estranho erro de ser inteligente e que precisava pôr um ponto final naquilo. Casou-se, teve dois filhos, separou-se do marido e buscou no Espiritualismo, nos ensinamentos da Grande Fraternidade Branca, o entendimento necessário que a confortasse na relação com a mãe.
Quando entrou na adolescência, sua filha Mariazinha, passou a repetir o mesmo comportamento hostil da avó, maltratando a mãe. Na companhia de suas amigas, falava alto e em bom tom que sua mãe era uma velha ridícula que queria saber mais do que ela que estava estudando... Inúmeras foram as agressões e tantas, que Maria precisou recorrer à Psicanálise e à Psiquiatria, porque não conseguia entender, sozinha, porque apenas seu filho a aceitava e a admirava. Não entendia o que havia feito de errado para a mãe e para a filha, que faziam dela uma vítima da depressão. Havia um fio tênue que separa o sentimento de inveja do de admiração, que impedia que estas duas criaturas gostassem dela, como a maioria das pessoas gostava e admirava.
Maria não é exibicionista e arrogante. Sua simplicidade se destaca em meio à sua cultura, aos seus conhecimentos.
Na Inglaterra do século 15, Maria, sua mãe e sua filha foram irmãs, filhas de um homem que preservava o conhecimento, as artes, a música, a literatura, o espiritualismo, enfim, tudo o que pudesse servir de progresso para o ser humano. Contratou as pessoas mais versadas em vários segmentos do conhecimento humano para dar às filhas excelente educação.
A filha mais velha, a Maria Primeira de hoje (a avó), era uma criatura avessa ao aprendizado que só tinha prazer em uma coisa: conquistar todos os homens da redondeza e esgotar sua energia sexual com eles.
A filha do meio, a Maria de hoje, tinha o espírito parecido com o do pai e estudar e aprender para ela era uma bênção.
A filha caçula, a Mariazinha de hoje, era indolente e não entendia a razão de ter que estudar tanto, já que nem homem era.
Tanto ela como a irmã mais velha, obrigavam os criados do castelo a estudarem e deixarem os deveres prontos para a hora da inspeção de seu pai. Dois daqueles criados são hoje dois famosos políticos europeus... A filha do meio era muito hostilizada por suas irmãs por que, segundo estas, graças à sua "bobeira" o pai não lhes dava sossego. A mãe delas era uma mulher vaidosa que não se importava com o crescimento pessoal e espiritual das filhas, pouco participando de suas vidas.
Daquela época veio a sensação de inveja e de raiva que a filha e a mãe de Maria nutriam, sentimentos que não conseguiam disfarçar. A simples presença de Maria ativava, de alguma maneira, a memória das duas que reagiam da forma aqui relatada.
Maria Primeira, hoje, vive com esclerose múltipla; em períodos de lucidez, ainda ataca a filha. Tem 75 anos.
Mariazinha foi morar sozinha porque não agüentava a mãe que, na sua opinião, é paranóica e megalomaníaca. Já concluiu a faculdade de Sociologia, mas não tem capacidade intelectual para trabalhar com a matéria. É vendedora de uma loja de shopping. Tem 25 anos e muito tempo para aprender a aproveitar o curso concluído.
Maria é uma intelectual. Retornou à faculdade, formou-se e neste ano foi convidada a ocupar uma cadeira de uma conhecida universidade dos Estados Unidos, onde mora atualmente com o filho, que já é doutor em ciência da computação. Tem 55 anos e seu filho 27. Está namorando um americano que fala a mesma língua que ela: a língua do saber.
Não tive acesso à vida atual do pai de Maria na Inglaterra; nem da vida passada de seu filho desta vida.
O conhecimento de vidas passadas feito através da regressão, ajudou Maria a entender a razão de tanta hostilidade.
A inveja não mata ninguém, mas anula, empobrece, mingüa, adoece.
Merit Rabanés
GRUPO ESOTÉRICO E ESPIRITUALISTA RABANÉS e CLUBE ESOTÉRICO RABANÉS
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Texto revisado por Cris
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