A jornada pra fora do medo
Atualizado dia 5/16/2018 8:47:27 PM em Autoconhecimentopor Mariana Viktor
O encantamento pela independência começará a ganhar força assim que nossas mãozinhas alcançarem os objetos do nosso desejo ou de nossa necessidade – e o primeiro gesto bem-sucedido despertará a vontade de desbravar o mundo por nossa própria conta.
E, então, num certo momento perceberemos o segundo grande deleite após a fartura do peito que nutria e acalmava: o de que também somos capazes de discordar e de escolher, uau! Inquietador e mágico momento que lançará a sementinha da individualidade: posso porque existo. Não queremos mais tanta interferência. Não queremos mais que orbitem ininterruptamente ao nosso redor. Precisamos colocar, simbolicamente, chocolate, café ou limão nesse leite. Precisamos deixar fluir a força do jorro do terceiro deleite e dar vazão às capacidades que movem a espécie humana: a curiosidade e a criatividade. Que inventou a roda e as luzes de neon. As vitrines e as vestimentas. As estradas e as pontes.
E vamos caminhando em transe cada vez mais para fora, atraídos por tudo que foi criado pelas mãos humanas até então. Crianças divinas longe de casa, brincando nesse grande parque de diversões.
“VIVER é ir ao encontro.
Não se pode viver em estado de contemplação. Tudo está a nossa espera. É uma questão de coragem e amor”. - Cacilda Becker |
Mas antes de sentir essa saudade de casa anunciada pelo vazio no peito, antes de sentir o sabor e o verbo, visceralmente encarnados, da interdependência divina vibrando em nós e religando nossa consciência a Tudo e ao Todo, teremos que dar a volta ao mundo de neon humano onde vigora a lei-de-gerson. Teremos que sentir o amargo da competição, do preconceito, do julgamento, da exclusão, do egoísmo, da desconfiança, da solidão.
O mundo do medo.
E só então, transcendê-lo.
Deliberadamente.
Isso não acontece ao acaso, sem vontade, ou por sorte.
É a jornada humana. Assim é, e tudo certo - mas podemos discordar.
A livre-expressão e o livre-arbítrio existem também.
“Nascemos à mercê dos cuidados de alguém. Crescemos e chegamos à idade adulta porque outras pessoas cuidaram de nós. Mesmo no auge da autonomia da maturidade, a presença ou a ausência da afeição dos outros é capaz de determinar nossa felicidade ou tristeza. Essa é a natureza humana. Somos vulneráveis, e isso é bom. Um coração sem medo abraça essa verdade fundamental da condição humana. Podemos desenvolver a coragem para ser mais compassivos com o mundo e viver com o coração aberto para a dor – e a delícia – do que significa ser humano”.
- Thupten Jinpa, in Um coração Sem Medo |
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