A loucura do ego em que vivemos
Autor Xavier Andre
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/24/2016 6:53:54 AM
Estám-se a viver tempos convulsos na velha Europa. Ataques suicidas indiscriminados na França e na Alemanha, levados a cabo por umha só persoa insuspeitada. O medo e a paranoia de mais massacres deste tipo poderem vir a acontecer em qualquer momento e em qualquer lugar. A desconfiança e medo de o inimigo ser o muçulmano que já vive entre nós ou está pra vir como emigrante do Terceiro Mundo. A xenofobia, a radicalizaçom dos espíritos, da política. Debates nas redes sociais da internet que alagam a vida das persoas. Tudo se desenvolve no reino do pensamento, da atividade cerebral. Informações que temos que ler, vídeos que temos de assistir, comentários que temos de ler ou de escrever ... a tagarelice da sociedade humana ecoa nas abóbadas da nossa mente, mesmo quando nom queremos ouvi-la.
No meio desta loucura humana, ou humania, como o Steve Taylor a chama, eu enxergo dous extremos (e, como sabemos, os extremos se tocam). Por um lado, o dos que seguem a carreira aloucada por satisfazer o ego: eu som fulano de tal (olhai aqui a minha selfie!) com tais e tais posses e virtudes, com tais ideias, com tais objectivos e sucessos persoais na vida. Eu só existo pra defender e cultivar esta imagem e este ego que habita a minha mente, pois sem ele, quem seria eu nesta foresta de egos a se afirmarem continuamente? Dadas certas condições em que esse seu ego se veja ameaçado, estas persoas podem cometer notáveis ignomínias e perversidades, sempre encontrando NA SUA MENTE algum subterfúgio pra as justificar.
Por outro lado temos os que amiúde proclamam «esta é a minha ideologia / religiom», e pensam (e por vezes até dim!) que os que defendem ou seguem qualquer outra estám errados. Eles pensam que quem atacar ou ofender essa ideologia / religiom estará a atacar ou ofender a sua própria persoa, porque essa ideologia / religiom é parte fundamental dela. Ou seja, umha CRIAÇOM DA MENTE é a base identitária desse tipo de persoas. E dadas certas condições, elas podem ferir, matar e mesmo torturar e exterminar pra defendê-la.
No seio de ambos os dous extremos temos indivíduos que, sob o peso terrível de circunstâncias adversas (abusos, violência, guerra o repressom política) perdem por completo o controlo sobre a sua própria mente, e ela consigue tomar posse deles. Estes indivíduos perdem por completo a empatia polo seu semelhante, e mesmo obtenhem algumha gratificaçom em observar ou causar sofrimento alheio: é umha via de escape, perversa, ao próprio sofrimento.
Perante esta perversom humana, os nossos supostos líderes deveriam ser os primeiros em tentar arranxar o problema. Porém, o que eles fam é justamente o contrário, porque afinal o seu objectivo nom é outro que o de ganhar o PODER SOBRE OUTROS e mesmo se perpetuarem nesse poder. O seu próprio EGO nom lhes deixa faguer nada que atente contra ele, contra a sua centralidade, que só pode ser satisfeita cos acessórios dos éxitos persoais, das posses materiais, da admiraçom vinda de outros egos. Eles som mais um produto da nossa sociedade, a outra face dessa moeda de LOUCURA HUMANA em que xurde o «terrorismo». Os nossos políticos precisam desse conceito, dessa IDEIA / IDEOLOGIA de «inimigos da civilizaçom» (e chamam civilizaçom a umha sociedade louca!) pra poderem afirmar a sua própria ideologia, CRIAÇOM DA SUA MENTE, e conseguir assi ligar nesse potencial de inúmeros egos que precisam nom só do próprio ego, mas ainda dum EGO mais poderoso que os proteja e dirija, que justifique a sua própria existência.
No entanto, qual é a saída desta argalhada, deste culto do ego, desta loucura da mente humana? Ele-poderemos algum dia achar a soluçom ao problema, antes de que ele dea cabo de nós? A política e a tecnologia poderá vir nos socorrer, tomando conta dos terroristas antes de estes atuarem, do ambiênte antes de este nos envenenar? Haverá algum dia mentes privilegiadas que consigam traçar o caminho do futuro da humanidade? O que poderei faguer eu de positivo ao respeito?
«Para de pensar, pra dares cabo dos teus problemas»Lao Tzu, Tao Te Ching
«Nom tentes te opor ao mal e ele haverá desaparecer sozinho»
«Aqueles que sabem, nom falam. Aqueles que falam, nom sabem»
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
