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A mediunidade de todos nós

Atualizado dia 8/9/2006 2:04:19 PM em Autoconhecimento
por Jorge Menezes


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Podemos nos referir à mediunidade como o canal que liga as criaturas vivas ao mundo dos espíritos. Aprofundando um pouco mais, pensamos em mediunidade como oportunidade concedida ao espírito encarnado para melhor desempenhar sua experiência evolutiva na Terra. Nesse sentido, a mediunidade é ferramenta das mais completas. Mas a pessoa só poderá se utilizar dela quando decidir se tornar um médium bem preparado. A mediunidade cumpre sua função, enquanto se desenvolve, representando avanço significativo na evolução do ser através das reencarnações.

A mediunidade é uma faculdade humana. Assim como temos memória e inteligência, temos mediunidade. Todos nós estabelecemos contatos no dia-a-dia, na maioria das vezes, inconscientemente. Crentes ou céticos usam constantemente dons naturais inerentes à condição humana para receber influência de espíritos. É ilusão acreditar que só quem trabalha incorporando tem contato com espíritos.
Quando aprimorada, com doutrina, em uma casa honesta, a mediunidade vai significar acréscimo de compreensão e proteção para os pensamentos, alegria e força para o médium e para quem convive com ele. É, na verdade, a mais eficiente e rápida forma de desenvolvimento espiritual.

Todas as pessoas, independente de serem praticantes de alguma religião, são médiuns em maior ou menor grau. No entanto, a pessoa poderá ser considerada um bom médium, conforme se tenha dedicado mais ou menos ao próprio desenvolvimento. Digo isso, porque, sendo a mediunidade uma forma de ligação com o mundo dos espíritos, há muitas pessoas exercendo sua mediunidade dando espaço a espíritos obsessores.
Precisamos desmistificar algumas coisas a bem de gerar esclarecimento e confiança para que mais pessoas possam perceber a naturalidade que envolve um fenômeno mediúnico. Encarando a mediunidade sem medo e com compreensão, é possível viver a maravilhosa e necessária integração com as entidades que nos protegem e assim facilitar a missão na terra de ambos, a nossa e a de nossos protetores. Vejamos:

1. Ao nos referirmos à mediunidade, poderíamos começar por um termo desconhecido a muitas pessoas: psicofonia. Por que começar com este termo? Porque a maioria das pessoas relaciona diretamente mediunidade com incorporação, quando, na verdade, a incorporação é um dos muitos tipos de mediunidade. Muitas pessoas simplificam a mediunidade, traduzindo-a unicamente como um dom de comunicação entre o mundo físico e o espiritual. A psicofonia, por exemplo, é uma das mais comuns formas de incorporação. É a técnica de incorporação encontrada nas mesas de Kardecismo, onde o espírito comunicante utiliza-se apenas do aparelho fonador do médium para expressar seus pensamentos e dar suas mensagens. Veja que, esclarecendo o que é psicofonia, exemplificamos que uma das formas de mediunidade mais comuns sequer é conhecida pelo de seu nome – psicofonia – à maioria das pessoas. Assim mostro o quanto se desconhece a respeito de mediunidade. São muitos os tópicos relevantes que podemos abordar sobre o tema. Religião tem fundamento e é preciso que os médiuns se instruam.

2. O espírito do médium, nas incorporações, nunca sai do corpo para que a entidade incorpore. Se isso acontecesse, o médium morreria. Por meio de treinamento para estar em estado alterado de consciência, o médium permite que se acople, ao seu perispírito, o perispírito da entidade com quem irá trabalhar. Nesse momento, começa um processo de sintonia mútua. Com constante treinamento e doutrina, o médium vai elevando seu padrão vibratório, e o espírito vai baixando o seu, para que seja possível realizar o perfeito intercâmbio. Esse processo recebe o nome de desenvolvimento. Durante um período de tempo que será maior ou menor, conforme a capacidade de entrega do médium e do exercício dedicado que fizer da humildade, este vai melhorando em sua capacidade de traduzir física e verbalmente o que a entidade vem trazer. Cada nova incorporação é oportunidade valiosa que o médium deve aproveitar para melhorar nesse sentido.

3. A mensagem do espírito sempre passa pelo pensamento do médium para somente depois ser verbalizada. Daí a importância da doutrinação do médium para que este possa traduzir, com clareza e verdade, as mensagens trazidas.
4.O médium, de forma consciente ou inconsciente, sempre saberá o que a entidade quer dizer. Isso é fundamental para que possa aprender com as comunicações.
5.Nos médiuns inconscientes, que são menos de 5%, o que é dito pelo espírito reverte-se como lição aprendida, mas o médium, quando desincorporar, não se lembrará do momento da verbalização da mensagem. Seria uma estagnação para o médium inconsciente, se ele fosse privado das lições que os outros recebem através de sua incorporação.

6. A mediunidade não se manifesta exclusivamente através da comunicação com espíritos desencarnados. Há mediunidade nos sonhos, por exemplo, nos quais recebemos informações. Não tenho nenhum receio em dizer que a mediunidade leva à ativação de dons psíquicos que, por várias razões, muitas pessoas ignoram. São dons ilimitados que ficam adormecidos durante toda a vida para a maioria das pessoas. Desenvolvendo a mediunidade de forma saudável e responsável, estaremos nos capacitando para acessá-los.

7. Conforme o que foi decidido pela pessoa antes de encarnar, a sua mediunidade de incorporação poderá não ser desenvolvida durante toda a vida. Mas, se for sua missão, caso se recuse a trabalhar, esta “explodirá”, causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional. Entretanto devemos esclarecer que não é a mediunidade que causa estes transtornos e sim o comportamento emocional instável de cada um, que leva a captar vibrações nem sempre boas das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Como conseqüência, a pessoa se indispõe com a família e com colegas. É comum atrapalhar também a saúde, tendo em vista que normalmente assumirá um estado mental negativo.

Procurei, neste texto, mostrar aos médiuns que o que a vida lhes oportuniza não é apenas uma ocupação nova na semana ou uma distração a mais. Um trabalho espiritual não é só mais um dia de sessão, no qual muitos às vezes até deixam de comparecer por motivos quaisquer: desânimo, uma festa, ou qualquer outra coisa. Um trabalho espiritual é muito mais do que um lugar em que se pode pedir amor, prosperidade e saúde. Um trabalho espiritual é compromisso e não é compromisso com o plano espiritual como muitos pensam, ou com os seus protetores. Estes já estão muito bem com a luz que adquiriram. E também não é compromisso com o diretor da casa. É compromisso de cada um consigo mesmo, com o seu crescimento, com o seu desenvolvimento e com o desenvolvimento dos seus. Por isso tudo, que fique claro que médiuns não estão prestando favor algum a ninguém além de si mesmos, quando levam com seriedade seu trabalho. E digo mais: sorte de quem tem uma casa para trabalhar que seja séria, responsável, honesta e que respeita seus médiuns.
Tenham todos uma boa semana.
Jorge Menezes
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Texto revisado por: Cris

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