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A MENTE, AS EMOÇÕES DETERMINAM NOSSO SUCESSO

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Autor Osmar Francisco dos Santos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/30/2015 3:12:15 PM


Nos últimos dias sete e oito de agosto esteve em Brasília o Dr. James Hollis, renomado cientista, ainda remanescente do antigo Instituto C.G. Jung de Zurique e diretor do C.G.Jung Educational center. Na primeira palestra da sexta, dia sete, o Dr. Hollis apresentou o tema “Assombrações”, dissipando os fantasmas que governam as nossas vidas”. Com certeza, somos governados por fantasmas, não fantasmas externos, mas os que estão dentro de nós, uma vez que o passado não está morto, aliás, como disse Mr. Hollis, não existe nenhum passado. Creio que ele quis dizer que se não resolvemos uma questão do passado, ela está no presente. Assim ao acumularmos situações não resolvidas, vamos, cada vez mais, entulhando nossa capacidade mental de resolvermos nossas vidas.

O Homem sempre procurou explicar o desconhecido, no início os fenômenos naturais eram reconhecidos como originários dos deuses ou eram os próprios deuses, dessa forma foram criados padrões de crenças universais que explicam a existência desses fantasmas que vistos sob aspectos psicológicos aparecem como entidades objetivas, nossa capacidade menta ainda desconhecida dá vida a esses fantasmas. O Xamã entra com suas rezas e rituais recuperando a alma envolvida com essa crença criada. Quando o paciente acredita que está curado ele deixa de alimentar energeticamente aquela entidade criada por ele mesmo ou pelo inconsciente cultural. Apenas quando nos conscientizamos podemos considerar a realidade dessas influências, porém, a consciência não se forma apenas a partir da experiência. Esta se forma somente quando consideramos nossa participação na vida. Enquanto debitarmos ou creditarmos nosso fracassos e sucessos a algum agente externo, seja Deus, o destino, sorte ou azar, nada conseguiremos. Nossa missão é assumir responsabilidade por nós mesmos, sempre que terceirizamos essa responsabilidade, ficamos à mercê de outros, sejam eles pessoas ou instituições.

Responsabilizarmos pela nossa vida não é uma tarefa simples, requer coragem que nos permita identificar e assumir nossa sombra. Essa sombra que não reconheço em mim, projeto nos outros, assim como dos outros recebo outras projeções. Dessa forma se estabelece um jogo complexo de manipulações individuais e coletivas dando origem a padrões de comportamentos que se retroalimentam indefinidamente. O complexo de poder organiza o funcionamento das massas, assim o estado nada mais é que um sistema ou uma máquina para ordenar as massas, constituindo em si um projeto de poder que, aqueles que estão nele encastelados, defendem esse poder a qualquer custo. É um sistema esquizofrênico, onde os códigos que determinam seu funcionamento, em muito divergem das atividades praticadas.

O propósito da arte é muitas vezes demonstrar essas distorções, mesmo quando exibidas em tom de tragédias, ou o sucesso quase sempre garantido das estórias de bem contra o mal. A trilogia matrix, revela com bastante clareza esse propósito, no momento que morfeu, o personagem líder dos rebeldes diz que matrix, está em todo lugar. No último filme da trama se descobre que há um idealizador do sistema matrix, o qual eles chamam de arquiteto, que é guardado a sete chaves por aqueles que detêm o poder. Ao ser sequestrado e levado à sala do servidor, ao ser solicitado que corrija o programa de controle da matrix, ele responde que o sistema não aceita correções, ele retoma seu programa inicial. Dessa analogia se deduz que, aprofundando mais a consciência, é a população que cria a matrix, nenhuma mudança coletiva irá ocorrer sem a mudança individual. Essa é a parte perversa, mas lógica que tem muita influência sobre nosso estado mental, uma vez que enormes quantidades de recursos, recolhidos do coletivo, são destinados à manutenção da máquina. O inconsciente coletivo forma uma espécie de egrégora que determina o destino da coletividade.

Voltando para as questões pessoais da nossa mente, sabemos agora que nossos pais não são os únicos geradores de nossos complexos, mas são as figuras centrais. Assim precisamos descobrir quais os desejos dos pais sobre nós e se esses desejos, que formatam um programa, é suficiente para eu desempenhar meus papéis, caso eu descubra que preciso reformular programa, preciso considerar meus pais como outros adultos que puderam não ter a grandeza de cumprir sua jornada, mesmo considerando-os importantes para minha biografia, me livro dessa forma, de cumprir suas expectativas, pois, conforme escreveu Jung: “a maior bagagem que os filhos carregam é a vida não vivida dos pais”. Portanto temos a nossa jornada pessoal que só a nós cabe cumprir.

Como evitar esses padrões para que possamos cumprir nossos papeis, evitar o sistema de manipulação coletiva, necessidade compulsiva de aprovação dos outros, evitar as experiências que regem nossas vidas como fantasmas do passado, como, por exemplo a culpa e a vergonha? Nossa mente funciona mal quando estamos emocionalmente alterados, por isso, para termos nossa mente a nosso favor precisamos antes de mais nada cuidar de nossas emoções. Temos sempre a necessidade de controle e essa necessidade se baseia no medo que se tornou uma emoção generalizada. Temos medos de tantas coisas que nossa tendência é controlar tudo. Na realidade, este medo está relacionado à ênfase que damos à capacidade de pensar. Numa situação equilibrada, o medo é superado ou posto na sua perspectiva correta por nossas habilidades intuitivas naturais e por nossas capacidades de sentir o que é apropriado fazer. Mas, quando a faculdade do pensamento toma a frente, o medo tende a ser reforçado, já que o pensamento se baseia num processo mecânico lógico que não permite a participação da intuição ou do sentimento. Quando a faculdade mental é alimentada por emoções de medo, ela tende a se descontrolar e produzir ideias ilusórias, que tendem a controlar tuto e a todos. Os regimes ditatoriais são baseados no medo, uma faculdade mental descontrolada. A resposta ao medo é nunca pensar demais, é pensar menos e confiar no fluxo da vida. Retornar ao estado de graça que é nosso direito por nascimento. É liberar ao invés de agarrar.

Nos estudos esotéricos entendidos como antropogenias, o que Freud se referiu como memórias filogenética, enquanto Jung chamou de arquétipos, a função sentimento, que nos levaria a intuição, não teve seu desenvolvimento pleno, antes que a função cognitiva, nossa capacidade de raciocínio se desenvolvesse. Assim, quando pensamos e julgamos onde deveríamos sentir, muitas vezes confundimos a realidade. A natureza da mente lógica, cognitiva é a repetição de padrões relacionados aos conceitos e sistemas de crenças impressos no cérebro, não sendo possível a criatividade e a inovação, a não ser a repetição sofisticadas obedecendo a uma evolução apenas racional da criação. O outro aspecto da mente que não está relacionada aos padrões, funcionada baseada na imaginação sem considerar os conceitos gravados, utiliza os sentidos apenas como observação, está mais ligada na energia do que na matéria. Com a evolução tecnológica que permitiu a análise da matéria em partes subatômicas, pode-se concluir que nossos sentidos não eram suficientes para observar a amplitude dos fenômenos do universo. Se podemos compreender pelo desenvolvimento da consciência tudo que nos cerca, podemos ter uma noção fenomenológica da própria existência, dessa forma podemos eliminar o medo e libertar-nos da necessidade de controle.

É exatamente isso que Franz Kafka, filósofo austríaco disse: “Você não precisa sair de seu quarto. Fique sentado diante da mesa e ouça. Não precisa nem ouvir, simplesmente espere. Não precisa nem esperar, aprenda a ficar silencioso, solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente a você para ser descoberto. Ele não tem outra escolha senão jogar-se em êxtase a seus pés. ” Acho que Kafka falava exatamente de meditação, pois já há muitos nossos pensamentos são como um bando danado de tagarelas determinando o que devemos ou não fazer. Me lembro ainda da bela passagem do Sermão da montanha: “Olhai os lírios dos campos e as aves do céu...”. Não é fácil sair dessa confusão da máquina de pensar em que se tornou nossa mente, mas é um trabalho que só a nós compete, enquanto não conseguimos isso vamos vendo nas prateleiras das livrarias os mais variados títulos de autoajuda, uns nos indicando o caminho da felicidade, outros definindo algumas mentes como mentes perigosas. Há ainda aquelas pessoas que buscam imensas catedrais tentando encontrar por outras pessoas o que só eles podem encontrar.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Osmar Francisco dos Santos   
•Participante do Núcleo de estudo Junguiano do Rio de Janeiro; •Palestrante e autor de trabalhos sobre Psicologia Junguiana publicados em revistas universitárias e outras; •Psicoterapeuta transpessoal da linha Junguiana; •Administrador de Empresas e Consultor de Qualidade Total na Área de Recursos Humanos. •Atuação em Consultório particular.
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