A Morte de João Batista
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Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/20/2010 10:30:49 PM
Viés Histórico. Depois de ter transcorrido três semanas depois que Jesus foi batizado, uma delegação de sacerdotes e de fariseus, vinda de Jerusalém, chegou ao local onde João Batista batizava. Eles perguntaram diretamente a João se ele era Elias ou o profeta que Moisés tinha prometido. João disse: "Não sou". Eles novamente perguntaram: "Tu és o Messias?" E João respondeu: "Não sou eu". Os sacerdotes então perguntaram: "Se não és Elias, nem o profeta, nem o Messias, então por que tu batizas o povo?" E João replicou: "Cabe àqueles que me ouviram e que receberam o meu batismo dizer quem eu sou, mas eu vos declaro que, enquanto eu batizo com água, esteve entre nós um que retornará para batizar-vos com o Espírito Santo".
João Batista e seus discípulos estavam preocupados com a ida de Jesus para o deserto, mas, João Batista sempre dizia: "Os nossos tempos estão nas mãos de Deus nos céus e Ele guia o seu Filho escolhido".
Na manhã de sábado, 23 de fevereiro, quando todos estavam na refeição matinal, João Batista olhou na direção norte, avistou Jesus vindo até eles, regressando do deserto. Na medida em que Jesus se aproximava, João se pôs de pé em uma grande rocha e, levantando a sua voz disse: "Eis o Filho de Deus, o libertador do mundo! Foi sobre ele que eu disse: ‘Depois de mim haverá um que é o escolhido antes de mim, porque ele veio antes de mim. Por causa disso, eu saí do deserto para pregar o arrependimento e para batizar com a água, proclamando que o Reino do céu está ao alcance das nossas mãos. E agora vem um que irá batizar-vos com o Espírito Santo. Eu vi o espírito divino descendo sobre esse homem, e ouvi a voz de Deus declarar: Este é o meu Filho adorado em quem Eu muito me comprazo".
Jesus rogou-lhes que voltassem à sua refeição, enquanto se assentava para comer com eles. Na manhã do dia seguinte, Jesus deixou João e os seus discípulos, indo de volta para a Galiléia. João Batista perguntou a Jesus sobre a sua própria missão e o Mestre disse: "O meu Pai irá guiar-te agora e no futuro, como o fez no passado". E esses dois grandes homens separaram-se, naquela manhã, nas margens do Jordão, para nunca mais se falarem um ao outro na carne.
No domingo, na parte da manhã, 3 de março de 26 d.C., João e o restante dos seus discípulos começaram a sua jornada para o sul. João Batista sentia uma tristeza profunda em seu coração e não mais pregou a vinda do Messias. João sentiu que sua missão tinha acabado, pois, tinha iniciada a missão de Jesus. A pregação de João transformou-se em orações de misericórdia pelas pessoas e denunciava com veemência a corrupção dos governantes políticos e religiosos.
A respeito de Jesus Cristo dizia João Batista: Tudo que Jesus faz foi dado a ele por Deus. Quem possui a noiva (alma de Jesus) é o noivo (Deus), mas o amigo do noivo, que está próximo dele e o escuta, rejubila-se grandemente por causa do ruído da voz do Pai através da voz do Filho. Ele deve crescer e eu devo diminuir. Eu sou da terra e Jesus desceu a terra, vindo dos céus, e está acima de nós. Aquele quer acredita no filho tem a vida eterna.
Na manhã de 12 de junho do ano 26 d.C, antes que João Batista iniciasse a sua pregação ele foi preso. A causa da prisão foi que Herodes Antipas I temeu que João Batista pudesse liderar uma rebelião, mandando-o prender. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia em que sua cabeça foi decepada. Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e anunciaram a sua morte ao seu primo Jesus. Quinze meses foi o período em que João começara a pregar e a batizar, até sua detenção e a sua prisão.
Viés Místico. Necessidade de irmos para o deserto para encontrarmos com Deus. Deserto é a simbologia do afastamento de tudo que é mundano. Temos o primeiro nível representado por João Batista que é o símbolo do afastamento do mundo (estar no mundo, mas, não ser do mundo) e o nível simbolizado por Jesus Cristo que significa a concretização da iluminação. Dois níveis: o primeiro é o desligar do mundo e o segundo nível é o ato de ser iluminado pelo Espírito Santo. O Espírito Santo é Deus que se reduz a percepção da alma. A decapitação de João Batista e entregue sua cabeça ao rei simboliza que a cabeça pertence ao mundo físico devendo ser nulificada e a nulificação é o ato de preparar-se para a vinda do Espírito Santo.
Referência: Livro de Urântia
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