A Necessidade de ser visto
Atualizado dia 09/11/2014 12:07:41 em Autoconhecimentopor Jay Reiss
Wilhem Reich, um discípulo dissidente de Freud observou que bebês órfãos que eram tratados com o aporte nutricional adequado, mas que foram privados do contato e calor da figura materna. morriam de “causa indeterminada”. Ele cunhou esse fenômeno de hospitalite.
A necessidade de ser visto e amado está na raiz do nosso ser. A necessidade é tão grande que, quando crianças, nós entendemos as expectativas dos nossos pais e aprendemos a nos comportar dentro do que é esperado no jogo do sistema de crenças da nossa família.
Sentir-se realmente visto é a própria necessidade de se sentir amado e respeitado. E até que aprendamos a nos ver, acabamos de uma forma ou de outra abandonando a nós mesmos.
Tem gente que faz de tudo para ter a atenção do outro. Eu me lembro que quando eu era criança, numa conversa com a minha irmã adolescente que era fã dos Beatles, ela me disse que achava que eles deviam ser muito felizes. Eu perguntei por que e ela me respondeu, com um brilho esquisito nos olhos: porque eles eram amados por milhões de pessoas. Eu senti um frio no estômago e anos mais tarde eu entendi que o nome disso é compensação.
Dentro de cada um de nós tem uma criança com expectativas e ideias a respeito do amor do outro.
É um traço de maturidade aprender a colocar essa criança no banco do carona e se responsabilizar por se enxergar e se amar. Isso traz dignidade e paz de espírito. Caso contrário, a gente cai na mendicância do amor do outro. E isso não funciona simplesmente porque fica pesado demais para o outro.
Claro que tem aqueles momentos mágicos em que um ser humano se conecta profundamente com outro ser humano. Esses momentos tem o potencial de transformar toda uma vida. São momentos raros porque vivemos na superfície de nós mesmos.
Na minha prática terapêutica, observo com frequência que as pessoas chegam com a sua atenção tão fora de si mesmas que, o que é essencial de ser visto fica escondido por detrás da periferia mental e leva um tempo para sair da periferia e voltar para o essencial.
É nesse estado que a grande maioria de nós vive: distantes de si e ajustados no que acreditam ser o esperado pelos outros. Lembra do autoabandono? Ele tem muitas formas, mas na raiz tem uma criança repetindo o que ela concluiu a respeito de si mesma para que ela seja vista e amada.
Responsabilizar-se por se ver é o passaporte para começar a trilhar o caminho de volta para si. Esse é o caminho da liberdade e do amor que tanto desejamos.
Texto revisado
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Constelador Familiar, Facilitador de Barras de Access®, Facilitador de EFT, Instrutor de Breema Bodywork®, Master e Wizard Avatar ®, estudante contínuo de Astrologia como orientação pessoal e profissional. Trabalho com atendimentos e cursos http://terapia.net.br http://www.terapiacomjay.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |