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A normalidade ainda existe?

Atualizado dia 11/7/2008 10:40:44 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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O conceito de normalidade que nos informa ser um conjunto de regras, um padrão ou modelo, nos remete ao raciocínio ilógico e anti-natural de que a humanidade no seu sentido comportamental é homogênea. Portanto, sob o ponto de vista da "normalidade", ser diferente é fugir do modelo, ou seja, é ser "anormal" ou excluído de um padrão de comportamento considerado ideal.

Convivemos com conceitos de normalidade e anormalidade durante milênios em que milhões de pessoas foram perseguidas, assassinadas e muitos povos foram massacrados ou exterminados por possuírem o estígma de serem diferentes ao "olhos" do poder dominante.

Aonde vigorou o autoritarismo em forma de poder, como na Inquisição da Idade Média, entre tantos modelos de governo autoritário e excludente espalhados pelo planeta, como o Nazismo de Hitler e as ditaduras militares, o sentido esquizofrênico de normalidade imperou acima do bom senso, da liberdade de expressão do ser humano e da própria vida.

No entanto, a partir do Terceiro Milênio, o termo "normalidade" passa a cair em desuso, à medida que a humanidade desperta para o significado transcendente da psicologia, isto é, que somos seres multidimensionais com identidade espiritual única, e com uma bagagem de experiências que trazemos de outras vidas.

Nessa nova visão da natureza humana heterogênea e livre de padronizações comportamentais, surge o direcionamento holístico como importante referência de ligação com a linha natural, recuperando em grande parte, um conhecimento de nossos ancestrais que por termos negligenciado, havia se perdido nos labirintos do passado.

Com a afirmação do Holismo, que prega a interconexão e influência mútua de todos os elementos do universo, a consciência humana expande-se em busca de novos conhecimentos. Saberes que fogem de modelos pré-concebidos, encaixotados e carimbados como "ideal" que perdem-se nas brumas do tempo.

Atualmente, a sensibilidade humana em relação à necessidade de inclusão social do indivíduo considerado "diferente", é uma realidade em muitos sistemas educacionais e psiquiátricos da sociedade moderna. Os conceitos de "normal" e de "anormal" no contexto social, já estão ultrapassados e cedem o seu lugar para a saudável visão de que cada indivíduo é um ser único e diferente em sua jornada existencial, e que a vida é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio na tentativa de alcançarmos o equilíbrio da verdadeira identidade psico-espiritual.

A busca ou a conquista do senso de equilíbrio, baseada no sentido natural-evolutivo do universo, é a nova referência de sanidade psíquico-espiritual. Essa direção aponta a tendência natural do homem de evoluir (ou não) consciencialmente, conforme a liberdade de escolhas e de decisões pessoais em sua vida.

Nessa nova visão holística de sanidade, o conceito de "indivíduo lúcido" que antes tinha uma imagem distorcida pelo restrito significado de normalidade, passa a ter uma concepção "translúcida" à medida que a realidade supra-sensorial do homem começa, gradativamente, a ser aceita nos meios acadêmicos da ciência.

A lucidez, elevada ao nível superior do potencial intelectual humano, começa a desbravar terrenos até então desconhecidos da ciência. Áreas do conhecimento que antes eram arriscadas de penetrar devido à vigilância em relação aos interesses do poder político-religioso que imperava acima do céu e da terra, dominado almas e consciências.

Hoje, podemos afirmar que o conceito de normalidade existiu sim, mas perdido em um confuso modelo que tentava, inútilmente, padronizar e caracterizar o ser humano, limitando-o a um ser constituído de pés, pernas, órgãos genitais, tronco, braços, cabeça... e cérebro. Sendo que poderia ser acrescentado nesse "conjunto", algo que alguns chamavam de "alma", mas que na verdade ninguém sabia dizer do que se tratava.

Nesse sentido, a milenar teoria reencarnacionista, agora mais do que nunca, tem contribuído para o avanço do conhecimento empírico e científico em relação ao comportamento humano. Muitas informações começam a entrar pela janela do Terceiro Milênio, indicando que no campo da mente e da alma humana, nos encontramos na era de novas e revolucionárias descobertas.

Uma certeza nós já temos, a de que o universo expande-se sem cessar. O que ficou para trás, levou consigo os ultrapassados conceitos de normalidade-anormalidade. Hoje, com mais lucidez, o homem da Nova Era viaja pelo cosmos em busca de novos conhecimentos e sem medo de ser feliz.

Psicanalista Clínico e Interdimensional.

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Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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