A Presença de Deus em Nós
Atualizado dia 5/23/2009 7:25:28 PM em Autoconhecimentopor Guilhermina Batista Cruz
Alguns se voltam para o alto em busca de ajuda e perguntam: Onde está Deus que não se faz presente em minha vida nesta hora?
Principalmente em acontecimentos que fogem ao controle, assim como as catástrofes, onde há desencarnes coletivos, é costume perguntar-se onde estava Deus naquela hora. É que, diante da dor e do sofrimento imenso, as pessoas costumam fazer esse tipo de questionamento. Outras preferem não culpar Deus por seus sofrimentos, mas não conseguem entender a razão para tanto infortúnio.
Porém, nessas horas, se prestarmos bastante atenção e tivermos olhos de ver sentiremos uma força misteriosa a nos envolver, dando-nos a calma necessária e fazendo-nos seguir em frente apesar de todo o sofrimento. Mas, de onde vem essa força misteriosa que nos envolve e acalma o coração, devolvendo-nos a coragem e a paz e indicando-nos o melhor caminho a seguir? Essa força, com certeza, vem de Deus, pois ele está sempre presente em todos os momentos de nossas vidas. Nós é que não enxergamos à nossa volta.
Precisamos aprender a ver as bênçãos que diariamente invadem a nossa vida, propiciando-nos a paz e a força para seguirmos adiante, mesmo em face de penosas atribulações. Se olharmos atentamente enxergaremos Deus em cada dia de nossas vidas ao contemplarmos todas as maravilhas com que ele, diariamente, nos brinda. Na harmonia colorida da natureza, na semente que germina, nas flores que desabrocham, em atitudes de respeito à natureza e de ajuda e amor ao próximo, em todas essas ocasiões poderemos sentir a presença constante e amorosa de Deus abençoando nossos passos.
Para todos os questionamentos sobre onde estava Deus em horas cruciais de sofrimento e angústia, só existe uma resposta: Ele está em todos os lugares e dentro de cada um de nós, seus filhos, criados à sua imagem e semelhança e só espera que acordemos para os reais valores da vida para fazer-se presente em toda sua grandeza e amor. E é por meio de suas sábias leis que sua amorosa presença pode ser melhor compreendida.
E até mesmo para aqueles que o renegam nos momentos de dor, ele mostra sua face amorosa, enviando seus anjos a derramarem o bálsamo do consolo nos corações aflitos, a nos recomendarem a calma e nos dizerem que muitas atribulações que estamos passando são escolhas nossas e servirão como uma espécie de burilamento de nossos espíritos para ascendermos a mundos melhores. Tudo o que acontece na Terra de um modo geral são conseqüências dos nossos desajustes, dos nossos desmandos. Nada acontece por acaso; isso não existe nas Leis de Deus. Nada está fora do controle. Tudo segue seu turno, de acordo com a Lei da Evolução, para o progresso da humanidade.
Deus criou-nos iguais, mas deu-nos o livre arbítrio que, de acordo com nossos atos, sujeitam-nos à lei de causa e efeito; ou seja, temos a semeadura livre, porém a colheita obrigatória. Atos de amor e bondade darão ensejo a uma colheita de amor e proteção, enquanto atos de desamor e egoísmo ocasionarão colheitas difíceis e penosas. Conhecedor de nossas fragilidades, Deus só espera que nos cansemos das más semeaduras para mostrar-nos que habita dentro de nosso ser, fazendo-nos ver as bênçãos e os dons que nem sabíamos existir dentro de nós, por nos acharmos ainda desviados do real significado da vida e do amor.
Léon Denis nos fala: "... Acima de tudo, Deus é Amor. Por amor criou os seres para associá-los à sua obra. (...) É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo. Por ele atrai para si todos os pobres seres retardados nos antros da paixão, os Espíritos cativos na matéria; eleva-os e arrasta-os na espiral da ascensão infinita para os esplendores da luz e da liberdade." O Problema do Ser, do Destino e da Dor, capítulo V
O que nos compete fazer em prol da obra de Deus, para que o amor comece a reinar na vida de todos nós? Cabe a cada um de nós o compromisso de melhorarmos o mundo, melhorando a nós mesmos. No relacionamento com as outras pessoas, respeitando para ser respeitado. Principalmente procurando respeitar as diferenças. O que devemos ver no outro é simplesmente o nosso próximo, apenas isso. Julgamentos em relação a ele não nos compete fazer, pois estamos quase todos num mesmo nível evolutivo. E para aqueles que já conseguem enxergar além, o dever primordial é o de dar as mãos e ajudar o que se encontra mais atrasado. Enfim, devemos procurar vivenciar todas as virtudes que emanam de Deus.
Procuremos fazer a nossa parte, cumprindo também com o nosso dever para com o planeta, não poluindo sua atmosfera, protegendo seu meio ambiente, conscientizando-nos que devemos conservar os meios naturais que dispomos como mares, rios e lagos, neles não despejando lixo. O alerta tem sido dado constantemente: estamos acabando com a atmosfera do planeta que nos abriga. Protegê-lo é um ato de amor. E o amor leva-nos a Deus.
É preciso revermos nosso comportamento e acatarmoa os ensinamentos que o Evangelho nos traz. Tudo está muito claro, as conseqüências já estão surgindo a olhos vistos. Não nos compete ditar normas de conduta, só apenas relembrar o Evangelho de Jesus que nos convida a uma vida de paz, de amor e de serenidade. Sabemos que a felicidade total não é deste mundo, mas podemos, com o nosso amor, contribuir, e muito, para que ela comece ainda nesta existência. Para isso basta ter fé e crer no poder maior de Deus. E Deus, segundo Mahatma Ghandi, para quem acredita Nele, Ele simplesmente é.
Paz e Luz a todos.
Texto revisado por Cris
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