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A PRISÃO E O PRISIONEIRO

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Autor Hellen Katiuscia de Sá

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/25/2006 6:30:46 PM


Pereira foi um presidiário que viveu nos anos 40. Ele ainda lembra como era o regime semi-fechado ao qual foi submetido. Pela manhã soava a campainha geral da penitenciária e os presos acordavam. Aprontavam-se em fileiras e após o desjejum rumavam todos para a fábrica de café.

Durante o dia, os presos trabalham sob vigilância e à noite retornavam para suas celas na penitenciária. E a cada três dias de trabalho, um dia da pena de cada cativo era subtraído.

Pereira lembra-se do caminho que o caminhão percorria. Dava para olhar através das janelinhas do veículo. E todos os dias o mesmo itinerário com a mesma paisagem: exatamente às 7:35 da manhã o caminhão passava em frente da casa de Geraldo, um senhor de família. A essa hora ele saía para trabalhar.

Na verdade, Geraldo queria ser violonista, porém suas condições sócio-econômicas não o ajudaram, e o tempo foi passando, passando... e Geraldo virou padeiro. Um bom padeiro, por sinal. O fruto de seu trabalho alimentava muitas famílias no bairro de Santa Cruz, inclusive os detentos da penitenciária, incluindo Pereira que já às 8:00h estava na fábrica cuidando das embalagens de café.

Ele e outro detento trabalhavam no setor de embalagens. Era um trabalho repetitivo, entretanto, Pereira gostava. Fazia tudo com muito zelo e atenção. Já às 18:00h gritava a buzina desesperadamente, anunciando mais um fim de expediente na fábrica de café. Os detentos, novamente em fileiras, entravam no caminhão rumo à penitenciária. No caminho de volta, lá estava o Geraldo caminhando na rua, despercebido da presença do caminhão com os presos. Estava derrotado pelo cansaço de seu dia de trabalho, voltando para sua casa.

Já com a noite avançando sobre as cobertas de ambos, cada um deles pensava a seu modo, sobre o dia. Geraldo, angustiado, matutava com a mão na cabeça: “Oh, meu Deus! Amanhã... mais um dia de trabalho!” E Pereira também fazia um balanço sobre seu dia. Esperançoso e com as mãos sustentando a cabeça, pensava: “Graças a Deus... amanhã é mais um dia de trabalho...”

Hellen Katiuscia de Sá
24 de março de 2006

Texto revisado por Cris

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