A realização está acima do emocional




Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 21/06/2020 07:49:09
Enquanto ainda usamos nosso mental associado ao emocional como referencial para sabermos quem somos, sempre estaremos sujeitos às oscilações da dualidade, ora tendendo ao positivo, ora ao negativo. Enquanto estamos felizes, confiantes e em relativa paz, levamos a vida numa boa. Mas com a presença das emoções negativas, no entanto, sentimos sensações desagradáveis no corpo e somos capazes das interpretações mais distorcidas da realidade que podemos conceber.
Em negatividade, buscamos pelos defeitos ao invés das virtudes em nós mesmos, nos outros, na vida e no mundo. Nos culpamos e também acusamos, nos apegamos e rejeitamos, tememos e nos preocupamos. É o negativo também que nos faz acreditar e viver na escassez, na necessidade da competição, na perda, nos medos e nas dificuldades da vida. É nesta polaridade que nos criticamos e nos diminuímos, nos desvalorizamos, nos desmerecemos e criamos empecilhos para a nossa realização.
Já quando centrados no positivo, tendemos a reconhecer nossas qualidades, a sermos gratos pelo que somos e recebemos da vida, a valorizar nossas capacidades, a nos sentirmos merecedores, a aceitarmos a nós mesmos e ao outro como somos, a confiarmos e acreditarmos que a vida é boa, a sentirmos motivação e entusiasmo, a vivermos e recebermos o melhor de cada momento que a vida nos oferece, percebendo o bom de tudo em cada situação.
A "vida positiva" é a mais próxima e representativa do Divino em nós nesta faixa do emocional. É o que fomos Criados para ser naturalmente, sem necessidade de sacrifícios, conquistas e artificialidades para isso. No positivo, tudo flui melhor em nossa vida e sempre temos o que precisamos para sermos felizes, sendo este fluxo dificultado ou impedido apenas pelas negatividades que escolhemos acreditar. Centrados ainda no ego/personalidade, o positivo é o melhor que podemos viver.
Consciencialmente, podemos ainda dar um passo além desta vida positiva para partes ainda mais completas do nosso ser, apenas compreendendo que tudo o que almejamos para a nossa realização baseada em coisas e situações, são apenas imagens que representam para nosso mental alguma qualidade Divina que já está dentro de nós. A não-dependência de algo externo para estarmos bem encerra a nossa busca no nível emocional e nos abre para as qualidades do ser.
Podemos compreender nosso Eu Superior como uma parte nossa que está em uma dimensão acima da dualidade, não oscilando entre a euforia emocional positiva e a depressiva realidade negativada, frutos de nossas reações. É a nossa parte pura e perfeita, que representa o Divino em nós. Conscientes de que somos o Eu Superior e não o ego/personalidade, vamos criando um espaço consciencial entre o que sentimos como "Eu" e aquilo que percebemos através da mente associada às emoções.
Enquanto não chegamos lá, ainda lidamos com nossas dores e sofrimentos de maneira muito intensa, pois as descargas emocionais são percebidas em nosso corpo físico através do nosso sistema endócrino e nervoso, que nos causam sensações muito fortes e evidentes. Assim, acostumados com este nível de percepção mais densa do plano material, muitas negatividades em níveis mais sutis como mentalidades e comportamentos nos passam despercebidas, sendo notadas apenas exteriormente, quando algo que julgamos como ruim nos acontece.
A partir do Eu Superior, observamos os acontecimentos da vida como neutros, sendo apenas rotulados como negativos ou positivos pelo ego/personalidade após o nosso julgamento, quando relacionamos o fato em si com nossos sistemas de crença, expectativas e exigências de como as coisas deveriam ser. Neste nível, condicionados a buscarmos nossa realização fora de nós, precisamos que tudo seja de determinada maneira para estarmos bem, para que não tenhamos nenhuma reação emocional negativa e difícil de lidar.
Por esta razão, mesmo quando positivos ainda estamos sujeitos ao sofrimento. O Eu Superior, por sua vez, é livre dos sofrimentos e reações emocionais para qualquer extremo da dualidade, pois já reconhece a Paz, o Amor, a Alegria, a Segurança, a Abundância e a Plenitude dentro de si.
Em Paz,
Rodrigo Durante.









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