A SEMENTE
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Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/27/2005 9:25:11 AM
Certo dia, num terreno baldio, caiu uma sementinha de roseira que estava sendo transportada na garupa de uma bicicleta. Era de um rapaz que havia comprado na feira uma poção de sementes para plantar em frente à sua casa.
A sementinha que caiu, olhou em volta e viu apenas mato comum e alguns cogumelos, típicos de áreas úmidas e alagadas. Pensou: “Nossa, é aqui que eu vou ter que brotar! Então vamos lá, se Deus assim pediu, tenho que atendê-lo!”
E começou acercar-se do local, puxando conversa com os matinhos rasteiros que lá havia. “Olá! Bom dia, eu sou novo por essas redondezas, você poderia me dizer como são as coisas por aqui?”
“Aqui é tudo triste! Não há flores nem borboletas, vivemos num terreno baldio e gostaríamos muito que nascesse uma roseira por aqui, pois nós não geramos flores. Uma roseira pelo menos ia dar mais beleza e graça às nossas vidas”, disse o matinho.
A sementinha ouvindo aquilo, logo imaginou que seria uma boa germinar por ali mesmo. No entanto, quando pediu ajuda para se estabelecer na terra para poder crescer, ninguém do local lhe dava ouvidos. Estavam mergulhados em suas amarguras. Foi ficando seca, a sementinha de roseira, e sem poder germinar, morreu.
Passados os dias voam, muito rapidamente por lá, duas borboletinhas. Elas viram a semente caída no chão. Pararam um instante ao pé do matinho e comentaram: “Que pena, aquela sementinha de roseira não brotou!”; e a outra borboletinha continuou: “Ela era a sementinha da espécie de roseira mais perfumada que existe; se tivesse brotado por aqui muitas de nós poderíamos ficar mais tempo nesse local baldio”.
Olharam com tristeza para a semente de roseira morta e voaram. Ouvindo aquilo, os matinhos que não quiseram ajudar a sementinha a nascer, lamentaram-se, pois não conseguiram enxergar o Amor que o Destino tinha enviado àquele local em resposta aos pedidos dos moradores.
Os matinhos rasteiros compreenderam que, às vezes, o socorro nos chega de tantas formas, mas por sermos distraídos não conseguimos enxergar a mão amiga que Deus nos coloca à frente, deixando passar a oportunidade de curarmos nossas chagas da alma e com isso crescermos, para enfim merecermos o amor ou amizade que tanto sonhamos...
Hellen Katiuscia de Sá
27 de maio de 2005
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
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