A sensação comovente de estar vivo
Atualizado dia 5/31/2008 12:09:51 AM em Autoconhecimentopor MSousä Administração Bioquântica
“O verdadeiro “si mesmo” é o núcleo inviolável (nunca se comunica, pois não existem palavras para isso)”. Winicott
Em Biodanza (Dança da Vida) – Sistema Rolando Toro, aprendemos que a auto-imagem é uma imagem mental (interna ou externa) que se tem de si mesmo. É Como nos vemos. Esta imagem se estrutura no confronto com o espelho que revela a aparência e os traços pessoais, mas também se combina com análises interpretativas sobre o que se representa para os demais e para si mesmo. Possui um caráter mais conceitual do que formal.
A auto-estima é a vivência do próprio valor (raiz). É a auto-aceitação. Provém da intensa sensação de estar vivo, de sentir-se a si mesmo, seu corpo como fonte de prazer, de sabermos o que desejamos, de nos considerarmos únicos e originais, de pensarmos a nós mesmos, de assumirmos nossa própria identidade e de decidirmos sobre a sua prática. E, ação e atitude nos impulsiona para, o que fazer com isso?
Entre o saber e o fazer coloca-se o processo de auto-realização e de autocriação existencial.
Em Biodanza, a dança é movimento pleno de sentido que ativa o núcleo central da identidade: “a sensação comovente de estar vivo”.
Para Rolando Toro, criador do Sistema Biodanza, os dois paradoxos que concernem à identidade fazem de tal conceito um enigma que parece insondável:
1- A identidade se manifesta somente por meio de outro;
2- A identidade possui uma essência invariável que se transforma, no entanto, constantemente, em sua dimensão espaço-temporal.
Cesar Wagner, psicólogo e didata em Biodanza, nos lembra que a empatia é a capacidade de pôr-se no lugar do outro, quer dizer, de identificar-se com outra pessoa, ato que o converte em semelhante e, ao mesmo tempo, devolve-lhe a remota consciência de si mesmo. E, acrescenta, o seguinte:
1- A identidade é algo em construção, que se faz permanentemente como singularidade, portanto, ela é única e, ao mesmo tempo, variável e invariável, contínua e descontínua, próxima ao equilíbrio e afasta dele;
2- A identidade como presença não se pensa, se vive no aqui-e-agora. Presente eterno. Ele é inacessível a qualquer forma de compreensão e visível frente ao outro. A via de acesso é a vivência. A identidade é a vida acontecendo singularmente, a vida se revelando em sua imediaticidade e beleza.
Em Biodanza a sensação de ser diferente e único aumenta no contato com outras pessoas. O participante é, antes de tudo, ele mesmo: respeitado, valorizado, amado e aceito. Sente seu corpo como fonte de prazer e como potencial de expressão criativa!
“Sou visto, logo existo”.
“Tudo o que afeta o corpo aumenta ou diminui a potência de agir”.
Como diz Rolando, o homem é, possivelmente, de todas as criaturas, a única que tem consciência de sua identidade.
A consciência da própria identidade é a vivência ineludível e comovedora de sentir-se vivo. Não é somente um pensamento. É uma vivência corporal. Representa a somatória de todas as aferências corporais que dão ao indivíduo a permanente referência interior acerca de se estar vivo.
A pergunta “quem sou?” aponta o conceito de Identidade.
E nos lembra que a consciência de Identidade é a capacidade para experimentar a si mesmo como entidade única e como centro de percepção do mundo.
Em Biodanza durante os exercícios os alunos aprendem a expressar seus potenciais em forma criativa, promovendo assim, o processo de diferenciação evolutiva.
Em tais condições, o estudante de Biodanza alcança sua identidade suficientemente integrada como para alcançar os estados de consciência cósmica.
Fonte: texto com adaptações do Tomo III – Identidad e Integracion, por Rolando Toro Araneda - da Fundação Escola de Biodanza Rolando Toro – MG.
Texto revisado por Cris
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