A Velha Perigosa - Parte 7 (texto baseado na obra da Dra. Clarissa Pinkola Estés)

Eu não costumava entender muito bem quando era jovem, mas agora tenho uma sensação definitiva de que há um tempo para as coisas acontecerem. Há também a diminuição de velhos arquétipos e o surgimento de novos por meios misteriosos na psique de alguns e em certas partes da cultura em que grupos e indivíduos ainda prestam atenção ao atemporal e à alma. 

Muitos escritores/artistas que são colonizados pelo reino invisível das ideias, não dirão que o são. Eles temem o que outros com pouca experiência nas artes possam pensar deles. E eles são sábios de certa forma, pois o escárnio e o ridículo podem desorganizar as delicadas artérias transmissoras da energia criativa.

Sinto-me velha o suficiente, corajosa o suficiente - ou seja, comprometida - para contar todos os segredos que conheço. em minhas obras. Há mais razão para dizer o que as almas precisam ouvir para avançar com força nesta maravilhosa vida misteriosa como viajantes capazes, do que proteger o conhecimento por medo do "bode debaixo da ponte". 

Não sinto o desprezo e o ridículo da maneira como a maioria de nós foi ensinada a temê-los quando éramos jovens e, assim, reduzimos nosso poder pela metade ou para um quarto ou dois por cento, a fim de tentar proteger o presente que carregamos. Parte disso vem de ter tanto tecido cicatricial agora, de todos os tipos de ataques e todos os tipos de críticas durante toda a minha vida, que é quase ridículo agora se alguém disser: "Desprezo o que você fez". É mais ou menos assim, "Ha ha, me faça mais cócegas, me faça rir mais".