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A vida, um eterno combate

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Autor Bernardino Nilton Nascimento

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/26/2009 4:44:40 PM



Assinalamos algumas das fontes da energia. Seu emprego está justamente indicado em sua natureza. A energia é destinada à ação, esse é o seu elemento. Ela vive pela ação e para a ação. E como é impossível ao ser humano agir sem intervir em um determinado sentido? Contra ele, a ação toma, inevitavelmente, o caráter do combate. Todo ato é um ato de combate.

A palavra combate é uma das que mais tememos nesses tempos modernos. Uns a aclamam, outros a amaldiçoam. Temos que abrir um caminho entre esses extremos. É impossível suprimir o combate. Enquanto houver vida, haverá combates. Dizer que ele existe e que isso faz parte da existência, é afirmar que a vida é um bem supremo. E seria uma grande falha acabar com esse bem. O certo é conservá-lo.

Mas, para o ser humano, o bem supremo não é a vida. Temos exemplos de pessoas extremamente boas que sacrificaram as suas vidas em favor de um bem maior. Como explicar que haja para todo ser humano circunstâncias em que é covardia apegar-se à vida? Como explicar que, para a humanidade, o temor exagerado da morte seja uma fonte de servidão e descrédito? Como explicar que o respeito do forte pelo fraco é a base de todo amor? Como explicar o ódio invencível da parte mais nobre da humanidade contra a violência e a tirania? Estes fatos não se destroem.

E em face deles não é possível dizer que a lei da humanidade seja esse combate inferior e brutal pela existência, que uma observação incompleta fez tomar como sendo a parte essencial do drama de cada história. O combate supremo de um ser trava-se pelo seu bem supremo e, para o ser humano, o bem supremo não é a vida, é a justiça. O grande e bom combate é pela justiça, todos os outros não são mais do que uma imagem imperfeita deste.

É por causa desse combate íntimo que fazemos tudo para dormir. Os fortes combates queimam o coração. É vedado a estes cometer um só ato que diminua a força. E a grande questão é saber quanta ansiedade você tem pelos atos de combate, pela justiça. Um ser humano não está completo senão armado para o combate, a justiça e a liberdade.

Nada mais belo do que um combate bom, verdadeiro e único. Porque aí nada é desprezível. Os que tocam os clarins, os que velam pelas descobertas internas cumprem sua missão na vida tão bem quanto a sentinela dos seus pensamentos. A mais bela forma da solidariedade humana é um combate organizado, no qual cada um ocupa o seu posto e cumpre o seu dever, onde o chefe e os subalternos se confundem numa só ação.

Que bela guerreira é a humanidade, vigilante em favor da justiça, da verdade, da liberdade e de todos os bens que valem à pena conquistar. Sublime escola em que tantos companheiros de combate, unidos através de todos os tempos e de todas as religiões, ensinam a mesma disciplina, o mesmo altruísmo e suportam as mesmas misérias, sob o mais santo dos corações.

Será preciso afirmar que o caráter permanente do grande e bom combate e o sinal distinto dos que nele se incluem é a lealdade, a integridade e a cortesia. É preciso distinguir a causa desse perfeito cavalheiro, que é o ideal de todos os seres humanos, de todos os corsários.

É por isso que, em quase todas as nossas lutas, a justiça, principalmente, é que sai derrotada. Convido a todos que compreendem a necessidade do bom combate, a purificarem, antes de qualquer coisa, as suas armas e intenções. É um crime acreditar que tudo é permitido no combate, tanto no interior quanto no das ideias.

Para você defender bravamente suas idéias, não poderá esquecer que o próximo é um ser humano.

Aquele que se deixa animar de sentimentos selvagens está exposto a combater sem tréguas e com as armas nucleares da ganância, da inveja, do descontrole e do ódio, contra quem quer que seja seu adversário. É um cego, um fanático, prestes a tratar seus companheiros com a mesma brutalidade com que se trata um animal feroz e descontrolado.

Nenhum combate pode ser defendido por brutos, ao contrário, isso é desonesto e enfraquece a alma. O fanatismo é como esses explosivos perigosos que matam aqueles a quem se destinam e aqueles que os empregam.

Nos combates interiores entre si mesmo e as idéias, acontece a mesma coisa.

Estar convencido de que você tem a verdade e agredir os erros que julga perigosos seria a pior atitude de uma pessoa, pois elas, aí, pensam que os prós e os contras dessas questões polêmicas se equivalem e que as pessoas inteligentes não se batem por idéias. Elas pensam que a escolha dos seus meios seja indiferente e que possa, sem perigo, fazer uma flecha de qualquer pau. Quando um ser humano se bate pela verdade, ele deve defender a si mesmo e à causa, por inteiro, com toda a sua força. E sempre deve estar consciente e equilibrado quando atacar uma ideia. O cirurgião desinfeta os instrumentos antes de usá-los.

Considero um mal combatente aquele que quer defender seu partido político, sua crença religiosa, sem respeitar o adversário. As astúcias, as calúnias, as armadilhas, as indelicadezas com as quais se procura servir a uma causa comprometem o bom combate. Eis aí o segredo do insucesso de tantas causas, boas na sua essência. Em um bom combate não se usam armas desleais.

Agora, uma palavra de conforto aos lutadores pacíficos, cujos corações estão em perpétuo estado de combate. Esses lutam sempre procurando melhorar suas atitudes, e o seu pior adversário é ele mesmo. Sabem que existem outros adversários externos, mas estão bem perto, pelos laços de sangue ou de amizade. Como é duro combater contra aqueles a quem amamos, a quem admiramos.

O que direi a esse coração machucado? Considere-se feliz! Encontra-se em uma das situações mais favoráveis à realização do bem, dos seus sonhos. Os sentimentos que esses adversários lhe inspiram o ajudam a combater, com toda a justiça de que é capaz, e a dar aos que te observam o exemplo daquilo que é raríssimo: um combate leal, onde a arma é o amor.

BNN

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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