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Ah, o amor...

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Autor Patricia M. Barros

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/13/2014 11:13:19 PM


Recentemente eu assisti ao DVD do show “Spritz”, da cantora Mafalda Minozzi, o que me levou a pensar... O repertório do show inclui lindas músicas italianas das décadas de 50 e 60, uma outra época... Época de bailes, de romantismo, uma época em que ainda se casava com o primeiro namorado... Mafalda Minozzi falou um pouco sobre os seus pais e eu lembrei das histórias dos meus pais, dos meus avós...

Os meus avós eram amigos desde a infância. A minha avó me contou que ficou doente quando era menina e o meu avô levou um poema para ela. Então o meu bisavô comentou: “Os rapazes já estão começando a te visitar?!?”

Anos depois surgia o rádio. Nesta época meus avós eram jovens adultos. Eles compraram um rádio “em sociedade”, mas o meu avô pagou todas as prestações. Era um pretexto para que o meu avô fosse escutar rádio (com muitos ruídos) na casa da minha avó. Certo dia o meu avô convidou a minha avó para passear e ela já desconfiava que ele iría pedi-la em casamento. Foi o que aconteceu. Pouco depois a Nhá França, mãe do meu avô, foi pedir a mão da minha avó à minha bisavó, Carlinda.

Meu pai e nós, os netos, nunca vimos meus avós brigarem. A minha avó disse que eles sempre chegavam a um acordo. Só vi minha avó nervosa, zangada uma vez. O meu avô tinha problemas renais e estava fazendo hemodiálise. Ele não quis comer a comida sem sal e minha avó exasperou-se. O meu avô ficou um pouco surpreso com a reação dela e então disse: “Eu como.” Os dois se davam muito bem, depois de muitos anos de casados almoçavam ou jantavam de mãos dadas.

Os meus pais começaram a namorar muito jovens, durante a adolescência. Eles conheceram-se em uma festa, dançaram em muitos bailes... Este ano completaram 50 anos de namoro e têm um ótimo relacionamento, são muito companheiros.

É claro que não quero dizer que há algumas décadas os relacionamentos eram “perfeitos”, longe de mim afirmar isso. Eu apenas quis dar a entender que as coisas mudaram, parece que o romantismo em parte se perdeu, o sexo foi banalizado... Em sua obra “Amor Líquido”, Zygmunt Bauman trata da fragilidade dos laços humanos na atualidade.

Com os exemplos que tive é claro que quando eu era menina tinha a fantasia de que gostaria de me casar com meu primeiro namorado. Quando eu comentei isso em uma aula de religião o meu professor respondeu que as coisas não são bem assim. E é claro que realmente não são. Vivemos em uma outra época.

Não sou puritana, mas acho uma pena que muitas oportunidades de começar um relacionamento mais profundo sejam perdidas. Muitas vezes as pessoas não se permitem investir um pouco mais de tempo e esforço para se conhecerem. E homens e mulheres se queixam que as pessoas do sexo oposto não querem um relacionamento mais sério...

Apesar disso é claro que é possível acreditar no amor. Existem muitos casais que têm bons relacionamentos, apesar das inevitáveis discussões e desentendimentos. Muitas pessoas se esforçam para superar os problemas que surgem em seus relacionamentos e estes casais continuam juntos.

No seu livro “Paixões”, Rosa Montero conta histórias de amor vividas por pessoas famosas e o que chama a atenção do leitor é o fato de que estes amores tinham uma boa dose de drama. Há psicólogos que consideram que a paixão em certos casos pode não ser saudável. No livro “We - A Chave da Psicologia do Amor Romântico”, Robert A. Johnson trata do tema. Segundo o autor, o amor romântico, a paixão é uma projeção de conteúdos do inconsciente sobre o outro, criando assim uma imagem ilusória da pessoa amada. Já o amor maduro, mais tranquilo surge quando passa a fase da paixão, nos casos em que os relacionamentos continuam. Acho que é o amor do qual fala Cazuza na sua canção: “Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida...”

Mas eu acredito que existem paixões saudáveis. Já ouvi falar da “paixão almejante”, que acontece quando as pessoas têm ideais, projetos de vida em comum. Também existe a paixão que inclui a amizade, como a linda história de amor narrada por Gloria Steinem no seu livro “A Revolução Interior”. Ela conta que nunca deixaria de se encontrar com o rapaz que na época era seu namorado para falar da vida e compartilhar uma xícara de chá. Ao menos era o que ela imaginava. Isto é muito belo... Quais outros tipos de paixão existem? Amigo leitor, eu gostaria de saber o que você pensa a respeito.

Eu também gostaria que vocês me escrevessem me contando histórias de amor. Histórias de amor positivas, é claro. Pessoas que conseguiram superar problemas nos seus relacionamentos, que ofereceram apoio um ao outro e assim conseguiram evoluir... O meu objetivo é (com a permissão de vocês) divulgar estas histórias para que mais pessoas acreditem que o amor existe. Sei que muitas pessoas têm dificuldade de acreditar no amor. Mas o amor existe, sim! E o seu poder é imenso! O amor é capaz de produzir milagres!

 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
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