Algumas aprendizagens do amor
Atualizado dia 25/08/2008 20:56:33 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Sob o ponto de vista existencial somos eternas crianças à procura do amor que nos acolha, alimente e afague. Somos seres (inter)dependentes dessa fantástica energia que promove o desenvolvimento bio-psico-espiritual do indivíduo. Por esse motivo, em cada movimento cíclico da vida aprendemos um pouquinho mais sobre sua importância e seu verdadeiro e amplo significado.
Aprendemos que com o amor inserido na prática da maternidade/paternidade responsáveis influenciamos decisivamente na formação de um ser mais saudável e preparado para a jornada da vida.
Aprendemos que com o exercício do amor presente no diálogo como instrumento de compreensão do outro e de mediação ou solução de conflitos preservamos a união coletiva e o bom nível dos relacionamentos interpessoais.
Aprendemos que com as experiências do intenso e fugaz amor das paixões nos tornamos pessoas mais lúcidas e direcionadas para a procura de uma relação amorosa madura, ou seja, que no âmbito das relações passionais aprendemos com os erros, as desilusões e o sofrimento, a buscar um amor de sintonia mais harmoniosa.
Aprendemos com as dolorosas experiências das perdas a resignificar a importância do amor em nossas vidas, buscando na imagem do outro refletida em nós mesmos o reflexo da amizade, do carinho, da compreensão, da consideração e do auxílio.
Aprendemos, com a falta de amor em nossas vidas, a buscá-lo através do autoconhecimento e, como decorrência de um melhor nível de compreensão de nós mesmos, a aplicar um princípio que trazemos internalizado em nossas consciências, mas que normalmente não percebemos que é "em primeiro lugar gostar-se, para depois
projetar esse sentimento na interação com o outro".
Aprendemos com a negligência do amor, que resulta em desequilíbrios bio-psico-espirituais, a revisar conceitos, valores e relacionamentos, pois essa energia, através de nossas consciências, está sempre disposta a sinalizar-nos o caminho do reequilíbrio.
Aprendemos, com o drama de consciência de quem escolhe caminhos nebulosos, a cultivar a humildade pela prática de valores verdadeiros e transparentes.
Aprendemos, com o sofrimento provocado pelo exercício do egoísmo, da prepotência e do orgulho, a despertar para a energia da caridade e do amor ao próximo.
Aprendemos com a morte do corpo físico que o fim não existe e que a vida na matéria é, e sempre será, uma nova oportunidade de recomeço pela experiência do amor.
Enfim, aprendemos que para a compreensão do verdadeiro significado do amor não precisamos decifrar enigmas, mas seguir uma regrinha básica que, por encontrar-se adormecida em nossas consciências, necessita despertar para expandir-se além das fronteiras da matéria: "Amar-se para poder amar e ser amado(a)".
PART-IR
Assim entendo partir... uma parte
que deseja ir, uma parte
que obrigatoriamente irá ficar.
A parte que partir desbravará o desconhecido,
mas não sem levar consigo a parte que ficou.
Assim nos tornamos pessoas melhores e
melhoramos o nosso mundo.
Part-ir é assim, uma constante troca,
onde o novo funde-se com o antigo,
porque o velho ficou enterrado pelo caminho.
Somos experientes por sermos antigos
e novos porque ousamos sempre recomeçar.
Então, quem parte recomeça
com um novo olhar levando na retina
o que vale a pena guardar!
Paula Jancowski
Psicanalista Clínico e Interdimensional
Atendimento online/messenger: veja no site do autor.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 10
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |