Almas Companheiras - Cap VII
Autor Tatiana Michejevs
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 06/03/2008 12:18:05
Texto VII – recebido em 14/11/2006
É assim que tudo se processa. Por isso não é válido dizer, eu sou vítima, ou, não tenho sorte, Deus não me ajuda, pois acreditem, nem Deus, nem nenhum de nós interfere em vossas escolhas, pois sois livres para pensar, agir e falar, pois tens seus livres arbítrios e, apenas vós, somente vós, responderão por vossos atos.
Para que entendam melhor o que aqui me proponho a falar, mas tentar exemplificar de uma maneira mais fácil.
_ Imaginem um grande monte, no topo do qual existe um cristal muito grande.
Na base deste monte, vive uma pequena aldeia com algumas poucas pessoas, e entre elas há uma homem, ao qual todos chamam de sábio.
Este homem se contenta com poucas coisas, e não lhe faz falta os luxos e supérfluos.
Vive de uma maneira simples e humilde, e sempre que pode, se retira para o alto do monte, onde fica a meditar e escutar a voz que vem do seu interior.
Todos os homens da aldeia não entendem o porque daquele homem viver assim, de uma maneira quase que isolada, como um eremita, mesmo vivendo com eles, muitas vezes parece estar distante, em um mundo inatingível, mas em seu rosto sempre existe uma paz, uma luz que o diferencia de todos os demais.
O que será que ele faz no alto do morro, porque fica tanto tempo lá, alguns se perguntam.
Talvez existe algum mistério, riquezas talvez, e ele não as queira compartilhar, pensam outros.
Mas na verdade, o que mais os incomoda, é aquela atitude serena, tranqüila e aquela paz absoluta que transcende daquele homem.
Um dia ao ser perguntado, o homem falou.
_ A paz é uma das maiores riquezas que um homem pode ter.
_Ela está dentro de cada um de vós, basta apenas que você permita que ela se manifeste, e para tanto basta ouvir a voz de vosso coração.
_ Não existe maior riqueza que o Amor, a Fé e a Alegria, pois todas elas já se encontram latentes em vós, basta apenas que a percebeis e a escuteis.
Então lhe perguntou o tal homem.
_ Diga-me o que devo fazer para alcançar esta paz, amor, alegria?
E o velho lhe disse:
_Nada, simplesmente seja, permita-se ser, quem realmente você é.
_Mas como senhor, explica-me!
_Seja você, esteja com você, escuta à você e aprenda que todas as grandes verdades, as grandes riquezas, não estão no exterior, pois tudo é ilusão. A Grande verdade, está em você, e apenas você poderá te dar esta verdade.
O homem não entendeu, e achou que o outro homem estava louco.
Como poderia ele achar tudo isso dentro de si mesmo! Como viveria sem tudo aquilo que o cercava, que na verdade não passavam de superficialidade, mas sem as quais ele não sabia viver!
O que ele não entendeu, foi que a alegria verdadeira, a felicidade verdadeira, não está no exterior, nem nos outros, e sim dentro de nós mesmos, pois só será feliz, alegre e terá paz, aquele que se encontrar consigo mesmo.
Aprender a amar-se e a aceitar-se tal qual é, pois acreditem, todos nós trazemos dentro de si a semente do amor divino e somos frutos desse amor.
Deus ao nos criar, fez por amor e esta é a nossa maior riqueza.
Feliz daquele que apenas ama sem nada pedir, pois este sim é feliz, pois sabe que ele é completo, é pleno em si, e está é a verdadeira felicidade.
Digo isto para que possam entender que, apesar de sermos tão diferentes no agir, pensar, falar e até exteriormente, anatomicamente tão diferentes, em nossas essências, em nossas almas somos iguais, pois todos somos frutos de um único amor, o amor divino.
Acreditem, não há quem possa vós julgar, castigar ou impor sentenças descabíveis, eternas, como aquelas que vos fizeram crer por tantos séculos mentes doentias e dominadores, que chamais de clero.
Sereis sim julgados, e sofrereis sim, mas sereis julgados por vossas consciências e sofrereis os reflexos de vossos próprios atos, palavras e pensamentos.
Sabeis que tudo que existe no universo é energia, agregada atomicamente de maneiras deferentes, com configurações diversas, mas tudo é energia.
Vosso pensamento, vossos atos e palavras não são diferentes.
Vosso pensamento de propaga e se plasma no espaço tempo tal qual o imaginas, como posso dizer, igual a uma fotografia, mas com movimento e ação eterna, no espaço tempo contínuo.
Vossas palavras ecoam na eternidade, e o verbo tem poder.
E vossas ações, são energias lançadas ao cosmos, que como flechas, se dirigem aos seus destinos e atingem seus alvos.
Veja bem, se juntarmos todos eles, pensamentos, palavras e ações, estaremos criando uma realidade paralela à vossa em que vives materialmente, e é isso o que acontece na verdade.
Sendo assim, nada nem ninguém é culpado do que possa vir a vos acontecer, apenas vós próprios, pois fostes vós quem o criou com seus desejos “pensamentos”, formulações “palavras” e atos “ações” e aí esta montado o agente vibrante do cenário de uma catástrofe, ou de uma plenitude.
Veja bem, a quem culpar?
Não fostes vós mesmos quem o criastes?
Entendam, não existe pecado, apenas acertos e erros, o que é natural dentro de todo e qualquer processo de aprendizagem.
Basta apenas, que o entendeis, aceite as tuas falhas, “desacertos”, e aprenda com eles.
Tu és teu juiz e teu próprio réu, ninguém mais.
Busca pois a luz, a paz, o amor dentro de si mesmo, no teu silêncio interior, se permita ouvir a voz da tua alma do teu Eu Superior.
Não te censures pelos desacertos, apenas entenda-os, agradeça e retome teu caminho para o amadurecimento espiritual.
Jesus, nosso irmão, disse, que todos somos unos com o Pai, basta apenas que o permitamos ser.
Acreditem em tudo que nos cerca, está o amor, pois o amor é a força maior da criação.
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