Amor, Cheguei!
Autor Alberto Carlos Gomes Lomba
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/10/2006 6:33:51 PM
Estamos no ano 2020. Casa moderna e inteligente, todo conforto possível e vários controles remotos no bolso. O primeiro aciona as luzes, som ambiente, lareira, e a televisão que ocupa toda uma parede.
E ai dizemos: “Amor, cheguei!” e, de repente uma linda, ou lindo, robô se apresenta com o maior sorriso.
Trocamos beijos apaixonados e vamos viver nossa noite tranqüila.
Enquanto jantamos, a televisão informa que a empresa coorporativa Andrômeda estará lançando uma nova série de robôs.
Mulheres lindas, cópias fiéis das mais famosas artistas da época e mesmo de tempos atrás. Tem até réplicas de Dalila, Messalina e Lucrecia Borgia.
Para mulheres, robôs atletas que podem ser a cópia do príncipe encantado.
E, no final, ainda vem a frase: “Não passe vontade, se você cobiça alguma mulher real ou homem, tire uma foto que faremos um robô igualzinho”.
Parece ficção o relato acima, mas do jeito que anda os relacionamentos humanos, principalmente entre casais, o caminho da ciência será este. Criar máquinas que substituam a intolerância humana.
Tenho apreciado cenas deploráveis de casais à beira da separação. Agressões verbais e físicas, desamor e, no final, o juiz decidindo suas vidas.
Com a banalização das emoções, só restará, ao homem, procurar compensar a insensatez e mediocridade da humanidade com máquinas manipuladas por controles remotos e que nos dêem o máximo de preguiça e prazer.
Vocês se lembram do cara que casou com uma boneca inflável nos Estados Unidos? Uma cópia fiel de uma artista. E aqui no Brasil, a mulher que mandou um detetive seguir o marido e o pegou com uma boneca inflável.
Solidão, desamor, problemas comportamentais desajustes sociais?
Logo, pode-se concluir que num futuro próximo ter um robô para amar e ser amado, no mínimo não trarão problemas domesticos e nem com a justiça.
Os solitários se sentirão plenos. Os desamados completarão seu ego. Enfim, um mundo maravilhoso onde a palavra Amor só se encontrará em livros que certamente estarão em museus cibernéticos.
Avaliação: 5 | Votos: 16
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