ÂNGELO




Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/1/2005 1:49:32 PM
Aparentemente Ângelo assemelhava-se a qualquer outro garotinho. Gostava de subir em árvores, correr, pular, brincar. Os adultos e as outras crianças o viam assim. Somente os anjinhos da guarda podiam enxergar o pequeno Ângelo como ele realmente era.
Na visão dos anjos o menino era etéreo. Seus olhos eram feitos de sol; seus lábios, da luz da lua. Seus cabelos brilhavam como a cauda dos cometas. E sua pele era o espaço cheio de estrelas reluzentes. Era a pintura mais linda que poderia existir aos olhos dos anjos.
Uma nuvem de seres celestes aglutinava-se ao seu redor contemplando a simplicidade e a alegria desse pequeno infante. Mesmo depois de adulto, Ângelo sempre teria o aspecto de uma criança aos olhos dos anjos. E nem mesmo o menino sabia que era assim. Continuava a ser o garotinho simples e generoso que sempre fora.
Ao nascer o menino trazia no peito, dentro de seu coração vermelho, uma esfera azul esverdeada. Era de uma substância muito sutil, parecia uma luz brilhante e transparente. Ninguém sabia disso, ninguém podia ver, exceto os anjos.
E por onde Ângelo passava essa esfera dentro de seu peito fazia pairar uma onda invisível de Paz. O garotinho passava pelas ruas e deixava escapar, com o mesmo ritmo de sua respiração, esse raio invisível. Tudo o que tocava transformava-se, curava-se, alegrava-se, revivia...
E assim o menino ia mudando por onde passasse. As pessoas adoravam estar perto dele, não sabiam por que, mas era pelo seu poder amoroso e espontâneo. Essa onda os envolvia, os deixava felizes e mais brandos.
Ângelo não sabia mas trazia dentro de si o planeta em que ele próprio vivia. Em outras palavras, Ângelo era o planeta em forma de gente. Se estava triste, o planeta e as pessoas também ficavam. Se adoecia, o mundo adoecia.
Mas quando crescesse, Ângelo iria descobrir essa maravilhosa dádiva e quanto mais soubesse de si mesmo, mais e mais poderia transformar o mundo. Colocaria para fora sua extensão interior e o planeta real viria para fora de si mesmo e seria o mundo perfeito e feliz igualmente para todos.
Hellen Katiuscia de Sá
01 de novembro de 2005
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 6




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