Antigas dores que trazemos em nós
Atualizado dia 13/04/2023 00:42:35 em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Assim, desde cedo temos um imenso leque de opções e possibilidades, onde tudo é possível e tudo pode dar certo. No entanto, a carga energética negativa que trazemos vai aos poucos despertando e atraindo circunstâncias onde os desafios e sofrimentos podem ser pesados demais para uma criança suportar. Com isso observamos que existem adultos que parecem naturalmente felizes enquanto outros lutam para sair da cama de manhã. O grau de satisfação com a vida de cada um pode variar consideravelmente, de acordo com a maneira que lidamos com os desafios que a infância nos traz.
Com um excesso de desafios, as expectativas que trouxemos do período pré-encarnatório, juntamente com os desejos de outras vidas que ainda fazem parte de nós, vão se tornando grandes frustrações, ao começar pela frustração de não ter tido um relacionamento melhor com nossos pais. Muitas vezes a aceitação incondicional e segurança que precisávamos não estavam disponíveis, ou vieram em um formato que não conseguimos assimilar. Durante a infância, os medos, agressividades, oscilações de humor e comportamento dos adultos além de certas situações do meio onde vivemos também afetam nossa frágil estrutura interior.
Estas dores ficam então armazenadas e são a base para muitas autossabotagens, fracassos e limitações. Com os choques e traumas que vamos vivenciando em nosso caminho, nossa Alma vai se fragmentando e por isso temos ainda muitas partes presas naqueles tempos e situações, revivendo os sentimentos sofridos repetidamente e tentando de alguma maneira sermos felizes, buscando ainda a aprovação e respeito dos pais, culpando-nos por nossa vontade de sermos livres etc.
Tais experiências permanecem vivas em nosso inconsciente, influenciando diretamente em como nos sentimos a respeito de nós mesmos, em como nos enxergamos, no nível de Amor-próprio, Confiança, Liberdade e satisfação que conseguimos ter, em cada escolha que fazemos e nos acontecimentos e respostas que o universo nos dá.
Essas partes sofridas que trazem ainda os pais como referência, atuam como aspectos da nossa personalidade que estão sempre se comparando ou se diminuindo, com medo de desagradar ou desagradando propositalmente, buscando de alguma forma conquistar seu espaço e libertação.
Ao percebermos então que ainda estamos presos em certos sofrimentos e padrões, é importante buscarmos uma compreensão mais elevada sobre o assunto e começarmos algum trabalho de cura interior profunda, sem pressa, mas com coragem para ver o que está oculto, também com paciência e determinação. As questões e sentimentos podem ser trabalhados na medida em que as inúmeras situações que vivemos os trouxerem à tona.
Um bom começo é olhar para a situação como criadores e não como vítimas, ou seja, fomos nós que atraímos dos nossos pais e do meio em que vivemos tudo o que recebemos deles, tanto os bons quanto os maus tratos, os momentos felizes e os infelizes, os sucessos, os fracassos etc. Podemos dizer que se nossos pais fossem mais conscientes poderiam ter lidado com certas situações de maneira diferente, porém, mesmo a inconsciência momentânea deles fomos nós que atraímos ou colocamos sincronisticamente em nossa realidade, pois tudo o que vivemos é sempre uma manifestação fiel das nossas vibrações mais predominantes por certos períodos de tempo.
Sempre irão existir pessoas que passaram por desafios parecidos mas que resolveram suas questões interiores com muito melhor desenvoltura, ou que tiveram caminhos muito mais leves e bem-sucedidos durante suas vidas. Isso ocorre devido aos diferentes níveis de consciência de cada um e às diferentes cargas kármicas que cada um traz para lidar e que participam da forma como sentimos o mundo, assim como das nossas decisões. Aceitar então aquilo que é de nossa responsabilidade e sair do modo frustração-acusação faz parte do primeiro passo mais eficiente que podemos ter.
Uma segunda conscientização importante é lembrar que somos a Alma, o Eu Sou, e não o personagem que está aqui. Se compararmos a vida com uma longa peça de teatro, perceberemos que muitos atos já acabaram, mas internamente continuamos atuando neles. É importante então trazermos nossa consciência de volta a quem verdadeiramente somos, nos desprendendo aos poucos dos inúmeros papéis que já personificamos e desapegando tanto dos acontecimentos que já foram quanto dos que ainda buscamos. Desta maneira podemos mais facilmente nos alinharmos com nossas qualidades, potenciais e perspectivas mais elevadas por livre escolha e não ficarmos felizes e satisfeitos apenas se algo acontece como gostaríamos.
Outro aspecto importante é compreender que o profundo Perdão que precisamos dar e receber é o próprio alinhamento com o nosso Eu Sou. Quando compreendemos que não somos o personagem, percebemos que nunca houve nenhuma ofensa, fracasso ou agressão, apenas encenações dirigidas por energias que cada um dos participantes já trazía em si. Então respiramos fundo e apenas permitimos que nossa Alma nos traga a sabedoria que precisamos e equilibre tudo isso em nós!
Este é o caminho do Autoconhecimento, do Despertar e Libertação. Pode levar um tempo até que todas as energias que trazemos do passado sejam completamente limpas, mas compreendendo como lidar com elas, podemos estar seguros de que o que quer que enfrentemos, tudo estará sempre bem.
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Podemos viver conscientes e escolhendo a nossa vida ou inconscientes, apenas reagindo às energias e emoções.
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