Aos Críticos de Plantão
Atualizado dia 7/12/2007 4:50:56 PM em Autoconhecimentopor Camila de Carvalho Colaneri
Eu sempre pensei o seguinte: se for para tecer qualquer comentário a respeito de qualquer coisa que seja, eu tenho que pelo menos ter um conhecimento mínimo do que estou falando. É muito fácil criticar por criticar...
E o mais interessante dessas pessoas é que elas querem que você prove a elas, de qualquer maneira, o que você faz e qual o resultado prático da sua atuação, mas sem nem ouvir o que você está realmente falando, pois elas já têm opinião totalmente formada e solidificada.
Para princípio de conversa, gostaria de citar uma passagem de um livro que recentemente li e que ao abordar um assunto parecido, sobre a descrença imediata do meio científico sobre as questões da espiritualidade, assim o faz:
“A ‘experiência religiosa’ – que pode, na verdade, ser equiparada à ‘espiritualidade’ – é acima de tudo uma experiência. Não exige nem envolve ‘crença’ nem ‘fé’. Implica que o indivíduo que a sente no momento só pode apreender como uma forma de conhecimento direto e que se confirma por si mesmo; e o conhecimento exclui qualquer necessidade de acreditar. Se pomos as mãos num fogão quente ou numa chama, não precisamos ‘acreditar’ na dor. A dor é experimentada, imediata e diretamente, com uma intensidade que usurpa o primeiro plano da consciência, antecipando-se à crença e às interpretações intelectuais, tornando-as irrelevantes, secundárias e posteriores à apreensão ou ao conhecimento diretos.(...)”
Carl Gustav Jung e os Fenômenos Psíquicos – Carlos A. Fragoso Guimarães, pg. 40, Editora Madras, apud A Inquisição de Baigent, M. & Leigh, R.
Assim, como é que vamos criticar aquilo que nem sequer experimentamos? É como dizer que não gosta de determinado alimento sem nem antes tê-lo provado! A experimentação diz tudo! Duvido que alguém que tenha se submetido a uma leitura de mapa astral com um astrólogo competente não tenha se convencido de que realmente o que foi falado na consulta fazia muito sentido, que era válido.
Reforço que estou falando de profissionais qualificados, devidamente formados e estudiosos de suas respectivas áreas. É claro que neste meio, como em qualquer outro, há muita gente desonesta, que trabalha mal e só pensa em lucrar com o desespero alheio. Não são dessas pessoas que trato neste artigo.
Não estou também falando que devemos aceitar tudo sem questionar. Muito pelo contrário! Acho sim que devemos sempre estar atentos com o espírito crítico em todas as situações e com isso fazer a peneira no que realmente tem fundamento e o que é só enganação. Mas sem experimentarmos, sem vivenciarmos, ou pelo menos, sem lermos ou nos informarmos, não teremos critério para o julgamento. Isso é voltar aos tempos medievais, quando se condenava sem julgamento, apenas seguindo a vontade do rei!
Assim, aquele que se predispõe a criticar apenas pela satisfação de fazê-lo, experimente! Ponha sua mão no fogo e sinta o resultado. Leia, procure profissionais qualificados, abra seu coração junto com sua mente. E antes de apenas intelectualizar, sinta. Você pode até reconfirmar suas teorias, mas pelo menos sua crítica será mais válida.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 16
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