Aprendendo e aceitando as mudanças e inovações deste nosso mundo
Atualizado dia 8/28/2007 11:17:21 AM em Autoconhecimentopor Maria alcioni
Assim descobri que agora é a época ideal para demonstrar o que aprendi ao longo desses anos, com leitura ou até mesmo com pessoas que passaram pela minha vida. E agradeço aos meus filhos, Ronaldo e Renata, pois foi através deles que pude conhecer o mundo sem sair de casa. Meu esposo faz parte do Rotary International, entidade que tem como objetivo fomentar a compreensão e as relações amistosas entre os povos de diferentes nações, por meio da implantação de programas práticos e eficazes de caráter filantrópico, humanitário e educacional e para a paz mundial.
Entre eles está o programa de Intercâmbio de Jovens, que nos dá a oportunidade de enviar para outros países e receber jovens como membros de nossa família. Participando desse programa pude conviver com jovens de várias partes do mundo, vivendo uma troca de experiências fantásticas e lindas. Algumas que jamais esqueceremos e que são dignas de nossa admiração e respeito.
Durante minha vida sempre me recusei a entender e a conhecer a natureza humana. Meu mundo girava apenas ao redor de mim e da minha família. Jamais havia sequer pensado em me afastar de meus filhos, pois os estava criando pra mim e não para o mundo. Até que um belo dia, meu filho, na época com 16 anos, disse que gostaria de fazer intercâmbio. Foi um choque! Senti-me a pior mãe deste mundo e me perguntava onde havia falhado... Descobri que a mãe perfeita não existia. Sofri muito, sempre procurando uma resposta. Comecei a entender que ele tinha direito de trilhar seu próprio caminho e buscar seu destino.
Mas continuava acreditando que ele ainda iria voltar atrás. Mas que nada! Lá se foi o meu menino, sozinho, para uma terra estranha com pessoas estranhas. Essa terra chama-se Budapeste, capital da Hungria. Eu lá sabia onde ficava esse lugar?!? Havia subestimado sua coragem, ousadia, esperteza, independência e sua facilidade de adaptação. Mas para uma mãe que conheceu São Paulo aos 30 anos, imagina!!
E assim tive que reavaliar os meus conceitos e aceitar que filhos não são passarinhos para viverem em gaiolas, mas pessoas que têm direitos e também deveres e já estava na hora de aprenderem a viver sozinhos. Foi um menino e voltou um homem.
Subestimei mais ainda minha filha. Acreditava que ela jamais sairia assim. Todos diziam que ela era muito mimada. Mas ninguém contava com sua personalidade forte, seu idealismo, sua coragem, ousadia e muita simpatia. Ela ficou 1 ano e 2 meses na cidade Vichy na França. Dessa vez eu já conhecia mais um pouco deste vasto mundo e foi mais fácil.
Aprendi uma lição com meus filhos: temos que ir atrás dos nossos sonhos, pois sonhos são feitos para serem realizados. Os dois foram em busca do seu destino. Hoje muitas pessoas me perguntam se não me arrependi. Faria tudo outra vez e tenho certeza de que até melhor. Sei que tudo foi uma escola para eles e para mim. Aprenderam o valor do respeito próprio e ao próximo. São adultos melhores, independentes e com uma bagagem de vida impressionante.
Texto revisado por Cris
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