ARMADILHAS DA VIDA !!!
Atualizado dia 5/17/2006 6:12:51 PM em Autoconhecimentopor Paulo Valzacchi
Geralmente, com o tempo, podemos adotar algumas posições em relação à vida que se tornam nocivas a nós mesmos, devido à criação dos nossos conceitos do que é certo e do que é errado; o nosso juiz interior. Quando pararmos para perceber o que é certo colocamos em mente que é uma atitude que nos dará resultados positivos; mas nem sempre isso é garantido, daí a colocação do provérbio para justificar: o que vale é a intenção.
Mas, veja bem, quando você tem que tomar uma decisão, tem que tomar uma decisão acertada, uma decisão que lhe confira resultados positivos; tem que estar certo; é isso que gera dentro de nós, a tensão. A procura pela assertividade além de criar a tensão, cria em nós a preocupação e tudo isso porque estamos buscando segurança, além de outras coisas como aceitação. Por isso que muita gente não consegue se decidir, pois neste ponto elas se paralisam; afinal, começam a perceber que podem tomar uma atitude que não trará felicidade e isso gera insegurança.
O homem ainda não percebeu que com o advento do pensamento, do raciocínio estamos todos inexoravelmente imersos na possibilidade do erro; afinal, somente o ser humano erra, pois pensamos; uma cadeira não erra, uma folha de papel não erra, um celular não erra, mas nós, sim, nós erramos.
Em se tratando de relacionamento isto é muito evidente; geralmente, nos casamentos ou relacionamentos, esta inclinação por estar certo ou errado transforma-se em contestações que resultam em um dos parceiros estar certo e o outro errado. Algumas das frases mais corriqueiras nas discussões são: "Você sempre pensa que está com a razão" ou "Você nunca admite que está errado".
O que precisamos entender é que aqui não existe certo ou errado; existe, sim, pessoas diferentes que vêem as coisas de maneiras diferentes. Mas como somos pessoas duras queremos a todo custo defender o nosso lado e ficamos enraizados naquela perspectiva; quebramos a comunicação e daí as coisas se complicam.
O único jeito de terminar definitivamente com esse processo é parar de pensar em termos de certo ou errado.
A respeito disso, tinha uma paciente que dizia que todos, mas todos os dias, sem trégua, em sua casa havia brigas; ela estava exausta emocionalmente, pois cada um defendia com unhas e dentes o seu ponto de vista. O que fazer? Disse-lhe que ao invés de convence-lo de que ele está errado, que cessasse com esses assuntos, onde a palavra “devia“ estava sendo usada, como por exemplo: "Você devia ter dito isso" ou "Você devia ter agido de outra maneira" ou "Você devia ter comprado isso". A palavra "devia" é um gerador de discussões, pois revela que o conflito está se fazendo pela necessidade de outra pessoa afirmar duramente a sua vontade.
Mas existem outras fontes de conflitos em palavras como "precisa" ou "tem que", também determinam que você precisa fazer algo dessa maneira, como no exemplo anterior: "Você precisa fazer assim" ou "Você precisa ser mais" ou "Você tem que parar com isso" ou "Você tem que ser mais". As discussões, no final, eram um cabo de guerra quando ela eliminou os "devia", os "precisa" e os "tem que" de sua comunicação; aquele comportamento neurótico de guerra amenizou, então, foi possível colocar mais um pouco de comunicação e amor no relacionamento.
As pessoas estão muito focadas no sistema de certo ou errado e não dão espaço para que outras pessoas possam se expressar ou mostrar aquilo que são. Tenho pacientes que me dizem que, na verdade, nunca conseguiram conhecer seus parceiros, obviamente devido à barreira criada por eles mesmos em relação a mostrar os seus pontos de vista, pois muitas pessoas se tornam tão defensivas que já não expressam suas opiniões. Este é um outro extremo no relacionamento: tudo se torna superficial, plástico e barato.
Pessoas exigentes consigo mesmas e com os outros tendem a ter relacionamentos desastrosos. É só perguntarmos a nós mesmos se gostaríamos de estar com alguém que não respeitasse o nosso ponto de vista ou nossa maneira de agir. Veja se não existe dentro de você esses desacordos, muitos conquistados em nossa infância e resultado das exigências paternas por sermos filhos exemplares ou assertivos ou por nossa sociedade em nos tornarmos pessoas certinhas e boazinhas; muito cuidado!
Tudo na vida é uma balança, mas não a divida em "certos ou errados", mas em oportunidades de crescer e evoluir; respeite e entenda os pontos de vista e observe em que baseiam-se os seus julgamentos. Para não cairmos nas armadilhas da vida é necessário que nos tornemos mais ponderados.
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Biomédico, palestrante e professor especialista em saúde emocional. É autor de uma série de CDs de autoconhecimento. Este texto é um dos temas de suas palestras e cursos.
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Texto revisado por Cris
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