As barreiras que construímos
Atualizado dia 15/06/2020 20:08:29 em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Ao longo de nossa trajetória, criamos certa aversão a alguns tipos de situações que julgamos negativamente, que em experiências passadas nos trouxeram algum tipo de dor, sofrimento ou mal estar, seja por algo que chegou a nós ou por nossa própria reação ao ocorrido. Para evitar sentirmos isso novamente, criamos barreiras psicológicas/energéticas para nos prevenirmos e nos proteger quanto a possíveis situações parecidas com aquilo que queremos evitar.
Ainda que sendo construções mentais, energeticamente essas barreiras são reais, elas existem em nossos corpos sutis e são alimentadas por nossas emoções como medos, culpas, raivas etc., além de manterem presas em nosso corpo muitas emoções, desde a ferida que nos trouxe a necessidade de criar tais barreiras, incluindo tudo o que criamos após isso para alimentar este novo padrão de autoproteção.
Assim, alguma situação, pessoa, imagem, palavra ou energia que se aproxime de uma destas barreiras, nos causa uma desconfortável sensação de invasão, dispara nossas memórias, medos e reações emocionais que nos colocam em estado de alerta novamente, tirando-nos do equilíbrio com o ser e trazendo nossa consciência para o modo de defesa, acreditando no perigo do sofrimento como algo real e iminente.
Todo este mecanismo de ação e reação em nosso imaginário, faz parte das nossas construções desequilibradas enquanto inconscientes do ser. Em desequilíbrio, criamos inúmeras barreiras e mecanismos de sobrevivência e de atuação na vida, com respostas e reações prontas para diversas situações. Estas barreiras psicológicas/energéticas carregadas com nossas emoções, apesar do propósito de nos proteger e nos manter em uma zona de segurança, acabam atraindo mais situações incômodas que nos ameaçam, como abusos e invasões.
Com estas barreiras ativas, vemos o mal onde não existe. Criamos um mundo perigoso e cheio de possibilidades negativas, movidos pelo medo da dor. Claro que podem existir situações onde a invasão realmente ocorre, porém existem também muitos momentos quando não ocorreu nenhuma invasão, mas devido às nossas feridas e reações emocionais que são disparadas, podemos facilmente encarar situações corriqueiras como abusivas, acusando ao invés de compreender, sem a clareza de que quem está gerando o desconforto somos nós mesmos.
Infelizmente, com estas pseudo-proteções, escolhemos viver o negativo ao invés do positivo, encontrar problemas a encontrar soluções, viver desconfortos a viver comemorações. Bloqueamos o fluxo da bem-aventurança em nossas vidas, com medo do desconhecido, do sofrimento e da dificuldade que podemos não saber como lidar. O medo passa a fazer parte do nosso dia-a-dia, gerando estresse e doenças, impedindo-nos de uma vida plena e verdadeiramente feliz.
Mas uma vez determinados a nos alinharmos novamente com a paz e plenitude do ser, podemos perceber cada invasão desta e as reações emocionais que afloram como oportunidades de conhecer um pouco mais do personagem que encenamos aqui, ao passo que equilibrando cada desconforto destes, nos alinhamos mais com o ser e criamos mais distância do turbulento jogo das emoções com suas necessidades e reações.
Ao eliminarmos a necessidade da luta e do medo com suas construções desequilibradas em nossas vidas, nosso mundo se transforma. A Luz do ser nos guia e o amor, a paz, a plenitude e a alegria garantem nosso bem-estar em qualquer situação!
Em Paz,
Rodrigo Durante
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 12
Conteúdo desenvolvido por: Rodrigo Durante Aprendendo a ser feliz e compartilhando tudo o que me faz bem! Atendimentos e workshops. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |