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AS DEUSAS APONTAM O CAMINHO PARA O DESPERTAR DA MULHER

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Autor Rose Romero

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/17/2004 3:04:21 PM


Geralmente temos nossas noções pré-concebidas sobre as “verdadeiras” esferas de influência das mulheres, isto é, as áreas da vida que são “coisas de mulher”.
Muitas destas áreas atualmente também são vistas pelas próprias mulheres como “tradicionais”, de pouco valor, até mesmo desmerecedoras e estão sendo relegadas a um segundo plano por mulheres que se vêm como modernas e produtivas.
Uma das características consideradas tipicamente femininas é a alimentação.
É do registro coletivo a afinidade que o feminino tem em alimentar a prole e o meio, nutrindo-o e sustentando-o. A partir de relatos como os das deusas MACHA da Irlanda, LIA da Austrália, SKADI da Escandinávia vemos que todas elas agiram positivamente para cuidar de si mesmas em situações difíceis e não somente alimentaram os outros. Da mesma forma as deusas Ísis (egípcia) e Gula (suméria) conhecidas como a Divina Médica, Ix Chel (deusa maia da Lua) que cuidava dos trabalhos de parto e das mulheres que queriam engravidar, Brigit (celta) miraculosa curandeira da visão, da cura da impotência e da lepra através da água sagrada de seus poços ou pelo mero toque de sua mão; alimentavam seu povo curando-o.
Na modernidade se associa a cura a médicos homens e os pequenos trabalhos de cuidados aos enfermos às mulheres-enfermeiras.
Outras características tipicamente femininas vistas como “menores” pela modernidade são: a intuição feminina, a relação com o elemento água e o elemento terra e a relação com espíritos.
O reflorescimento da reverência à intuição encoraja muitas mulheres a desenvolver
uma maior confiança em seus próprios julgamentos e em suas próprias opiniões principalmente quando se inspiram em Istar, profetisa de Kua e Senhora da Visão, e suas sacerdotisas todas mulheres. Assim como em Pítia (grega), sacerdotisa do oráculo de Delfos que ouvia a voz de Gaia, antes do santuário ser transformado num templo de Apolo, e mesmo depois, quando continuou ouvindo a Sua voz e a transmitindo.
É grande também a associação com o escuro e misterioso. A associação com cavernas e úteros é universal, mas ao invés de associarmos este simbolismo com medo e morte, podemos associar essa escuridão que lembra uma caverna com algo que possui poderes de dar a luz. Reverenciando Kali (hindu), Hécate e Nikta (gregas), as madonas negras da Europa, muitas mulheres podem redefinir essa misteriosa escuridão não apenas como satisfatória e positiva, mas repleta de poder e força feminina.
A relação com o corpo é outra complicação para as mulheres na modernidade. Filhas rebeldes de um patriarcado puritano, as mulheres modernas ficam muitas vezes entre a noção antiga puritana de negação do corpo e do prazer e uma atitude aberta, mas alienada dos ciclos biológicos da sua própria natureza. Para um equilíbrio neste terreno podemos seguir as trilhas de Santidade do corpo físico e dos processos corporais das Deusas, lembrando dos seios sagrados donde provêm o leite sagrado das milhares de estatuetas da antiga Grande Deusa do Oriente próximo e Médio, de Shakti (hindu)da qual o sangue menstrual era conhecido como néctar kula, bebida sagrada usada nos rituais da lua escura, de Mu Olokukurtilisop ( panamá) a Grande Senhora Borboleta Azul onde no seu ritual de passagem para mulheres jovens quando atingiam a menarca, as jovens recebiam seu nome secreto e eram acolhidas na sociedade das mulheres adultas sendo pintadas com o suco vermelho da árvore sagrada considerado o sangue menstrual da Deusa.
Recuperar o direito de definir nossos próprios corpos pode ser o primeiro e mais básico passo para o desenvolvimento de uma consciência do que é verdadeiramente feminino. Com um conhecimento da história das deusas, chegamos à conclusão talvez surpreendente, porém óbvia, de que todos os corpos femininos e todos os processos corporais femininos são centrais no reino feminino.
Reavaliar essas definições muito básicas e permitir que elas mudem nossas vidas é dar-se uma oportunidade de curar a ferida do patriarcado, escutando a nossa natureza mais profunda – a Deusa – apontando o caminho para o verdadeiro despertar e crescimento da mulher em nós.

Rose Lane Romero da Rosa
Psicóloga Junguiana e Pesquisadora de Teologia Feminina
E-mail: [email protected]


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rose Romero   
Psicóloga Junguiana, Teóloga e Facilitadora das Oficinas ArteVida de Meditação do Projeto Labirinto
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