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Atividades Humanas no Pensar Vedanta

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 1/24/2008 8:29:29 PM



É costume no ocidente e especificamente na cultura capitalista que todas as nossas ações tenham como resultado algum tipo de ganho pessoal. Trabalha-se para ter o dinheiro, conversa com uma pessoa visando um relacionamento vantajoso. A ação, que uma pessoa pratica , tendo em mente algum tipo de ganho é denominada de ação fruitiva. Ação fruitiva é qualquer pensamento ou comportamento que visa obter alguma coisa. É o agir com predeterminação para obter alguma coisa em troca.

Os ensinamentos dos Vedas não aceitam este tipo de comportamento fruitivo e aconselham o desapego ao resultado do trabalho. O ponto básico, que os vedantas não aceitam é justamente o ato de pensar e agir visando algum tipo de retorno: “Sem se apegar aos frutos das atividades, deve-se agir por uma questão de dever, pois trabalho sem apego a pessoa alcança Deus”. (Bhagavad Gita 3:19)

Os Vedantas consideram que toda pessoa que age para obter um benefício é um elemento mesquinho, apegado ao mundo material sendo uma pessoa estéril. Salienta o pensar Vedanta: “liberta-se de todas as atividades fruitivas (...). Aqueles que desejam gozar os frutos de seu trabalho são ávaros”. (BG 2:49)

Outra ação não aceita pelos Vedantas é ter um comportamento fundamentado no prazer dos sentidos, o viver na busca do gozo proporcionado pela visão, tato, paladar, olfato e audição. “Uma pessoa que se deleita unicamente nos sentidos, vive em vão ‘‘. (BG 3:16)

Os vedantas focalizam seus ensinamentos não apenas no comportamento e sim no pensar. Não basta ter uma ação de afastamento do prazer impulsionado pelos sentidos, o ser humano deve-se afastar do pensar no deleite dos sentidos. “Aquele que restringe os sentidos e os órgãos de ação, mas cuja mente fica nos objetos dos sentidos, certamente se ilude e é chamado um farsante”. (BG 3:6)

O ser humano, afastando da ação fruitiva e do viver em função dos sentidos corporais, deve trabalhar para o seu sustento. Os vedantas não aconselham o passar pela vida sem nada fazer, praticando uma não-ação. “Não é meramente se abstendo do trabalho que uma pessoa pode alcançar a liberdade da reação, nem somente pela renúncia pode ela alcançar a perfeição”. (BG 3:4)

Aconselha os Vedantas o trabalho sem se apegar aos resultados que advirão do ato de trabalhar. O homem deve executar o seu trabalho da melhor maneira que puder sem se apegar a qualquer tipo de retribuição. “Aquele que está desapegado dos frutos do seu trabalho e que trabalha de acordo com sua obrigação, está na ordem renunciada da vida, e é o verdadeiro místico: não aquele que não ascende nenhum fogo, nem exercita nenhum trabalho”. (BG 6:1)

Afastando das atitudes não convenientes, o ser humano deve exercer qualquer ação por si mesma, como ação destituída de recompensas, entrando assim no círculo dos seres que estão na ordem renunciada da vida. A renúncia para os Vedantas não é deixar de fazer alguma coisa ou abandonar as nossas atividades e sim um aspecto mental de desvinculação de todos os desejos físicos, gratificação dos sentidos e trabalho fruitivo. “Uma pessoa alcançou a yoga quando, tendo renunciado a todos os desejos materiais, ela não age para gratificação do sentido nem se ocupa em atividades fruitivas.” (BG 6:4)

Os Vedantas dizem que estamos no mundo para trabalhar, e quando exercemos uma atividade para o nosso sustento ou de nossa família sem se preocupar com os resultados, esta ação é denominada de dever prescrito. “Você tem o direito de executar o seu dever prescrito, mas não tem direito aos frutos da ação. Nunca se considere a causa dos resultados de suas atividades e nunca se apegue a não fazer o seu dever”. (BG 2:47) “Execute o seu dever prescrito, pois a ação é melhor que a inação. Sem trabalho, um homem não pode nem mesmo manter o seu corpo físico”. (BG 3:8)

A característica do dever prescrito é a ação destituída de qualquer pensamento de recompensa: “Lute por lutar, sem considerar felicidade ou tristeza, perdas ou ganhos, vitória ou derrota e, agindo assim, você nunca incorrerá em pecado”. (BG 2:38)

O importante para os Vedantas é ação vinculada à conscientização de Deus. Tudo fazer tendo em mente a ligação direta com Deus e da à unidade inseparável entre Alma e Deus. Esta atividade em ligação com Deus é chamada de trabalho devocional: “Um homem em serviço devocional se liberta tanto das ações boas como das más, mesmo nesta vida. Esforça-se pela yoga, que é a arte de todos os trabalhos”. (BG 2:50)

O trabalho devocional que é justamente o ter consciência da íntima ligação entre a Alma e Deus é o cerne do pensar vedanta: “A menos que se ocupe no serviço devocional do Senhor, a mera renúncia das atividades não pode fazer uma pessoa feliz. Os sábios purificados por trabalho de devoção, alcançam o Supremo sem demora”. (BG 5:6)

O pensar Vedanta a respeito da ação se resume em ter consciência que toda atividade deve estar relacionada a Deus. Trabalhamos para a glória de Deus e vivemos para materializar a vontade do Supremo.


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