AUTOESTIMA E COMPETÊNCIA
Autor Ivete Costa
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/31/2009 10:31:37 AM
Nossa personalidade vai se formando através da interação com a família, com pessoas com quem nos relacionamos e com as quais aprendemos e entendemos como devemos nos comportar.
Aos poucos, através da individuação, descrita por Jung, como um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência, aprendemos quem somos, o que somos e como somos.
Há um momento na vida que nos deparamos com a seguinte questão: quem sou eu?
Sou o que meus pais disseram e pensam sobre mim? Sou o que os outros gostariam que eu fosse? Sou o que a “sociedade” quer que eu seja? Sou o que sou para agradar e ser aceito?
Aos poucos, podemos reconhecer a nossa individualidade: o que eu gosto? O que é importante para mim? O que me faz bem? Quais são os meus valores? Por que faço o que faço, da forma que faço? O que motiva as minhas ações?
Nesse processo, vamos nos deparar com o fato de que nem tudo que nos ensinaram continua fazendo sentido. Por exemplo: se ouviu, na infância, que era burro, que não servia para nada; você ainda precisa continuar acreditando nisso?
À medida que vamos conhecendo quem somos, o que somos e como somos, vamos construindo nossa autoestima, nossa competência. Aprendendo a dar a nós mesmos afeto, através do respeito e da aceitação daquilo que pensamos, sentimos e somos.
Vamos conquistando, aos poucos, nossos espaços, sem competir ou nos compararmos aos outros. Vamos nos sentindo merecedores à medida que conquistamos os objetivos, respeitando as condições atuais, respeitando o outro.
Na infância, observamos muito a reação externa em relação a nós mesmos e nossos atos. É assim que vamos moldando a autoimagem. Na vida adulta, esta necessidade precisa diminuir e abrir espaço para a autoanálise, para formarmos o autoconceito.
O autoconceito é a percepção de si mesmo, dos próprios potenciais, virtudes, limites, pontos fortes e fracos. O reconhecimento de seus desejos, necessidades e sonhos.
A maturidade psicológica vai nos mostrando que a família e a sociedade influenciam a forma de percebermos, mas não a determina. Não podemos ser reféns da opinião dos outros, em detrimento do que pensamos e sentimos.
É muito importante aprender a ouvir a voz interior e decidir a partir do seu ponto de observação, do seu “centro”, da sua consciência. A análise e orientação do outro pode ajudar, mas as conseqüências de suas decisões serão suas, portanto, cabe a você reunir todas as informações e decidir.
O sentimento de autoestima e competência é a capacidade de nos sentirmos bem conosco mesmo, de sermos a nossa melhor companhia, de não nos abandonarmos, nem nos deixarmos sós.
Aceitar que não somos perfeitos e não precisamos sê-lo para sermos amados.
Aceitar que nem todos nos aprovarão, nem aceitarão quem somos. Quando isso acontecer, siga em frente.
Aceitar seus potenciais, sem comparar-se ou querer ser o outro, perdendo o melhor de si.
Aceitar que faz parte desse mundo, que está no lugar reservado para você.
Compartilhar suas idéias e pontos de vista com assertividade, elegância e gentileza.
Participar da vida com tudo de bom que tem para oferecer!
Aprender a aprender, fazendo coisas novas, comportando-se de maneira mais coerente com seus valores e conhecimentos, transformando-se.
Acreditar que pode, a cada momento, decidir sua realidade.
Aprender a ouvir seus pensamentos, a compreender seus sentimentos e atitudes.
Aprender, sempre, sobre você mesmo, sobre seus semelhantes, sobre a Vida e a Natureza.
Reconhecer que faz parte de um Todo Maior. Que este Todo está em ti e estás no Todo. Contido e conter.
Autoestima e competência são sentimentos que devem ser alimentados durante toda a vida. À medida que vamos ampliando os conhecimentos, praticando, avaliando, mudando, participando, compartilhando. É um processo de autodescoberta constante.
Abraço fraterno
Ivete Costa
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