Cada momento é completo em si
Atualizado dia 7/7/2020 8:10:48 PM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Todos os nossos sofrimentos vêm de alguma postura psicológica em desalinhamento com o ser, ou seja, de alguma mentalidade ou comportamento que não está em sintonia com nosso Eu mais natural e equilibrado. Perdidos em nossos desejos e sem um modelo exterior de perfeição que não seja rapidamente rejeitado por nossas programações materialistas de realização, seguimos postergando nossa cura interior, na esperança de que algum grande prêmio chegue antes que precisemos parar para nos conhecermos melhor.
Assim vamos levando nossas vidas, até que algum imprevisto nos faça olhar para questões que temos nos recusado a enxergar. Uma doença grave, um ente querido que se vai, uma dificuldade financeira, coisas que apenas queremos evitar. São nas perdas e mudanças radicais de nossas rotinas que nossas estruturas psicológicas são postas em prova, quando algo nos toca profundamente e descobrimos que não temos a consciência que se requer para lidar com aquilo.
No entanto, são nestes momentos de urgência emocional que nos permitimos abrir nossas mentes para aquilo que temos desviado nossa atenção normalmente. Ao percebermos que não sabemos como lidar com uma situação, se não buscarmos justificativas para nos mantermos em medos, vazios, vitimismos e acusações, podemos reconhecer o quanto o fato que vivenciamos não pode nos dizer como devemos nos sentir e o quanto somos responsáveis pelo sofrimento que estamos escolhendo viver ali.
Tanto os medos e vazios quanto os apoios que buscamos para evitá-los são criações mentais, não existem no momento presente. Aquilo que é exterior a nós e que acreditamos que nos realizará é apenas um prêmio que nós mesmos decidimos que nos traria alguma satisfação, não é uma necessidade do ser, mas do personagem psicológico que adotamos para viver a vida em nosso lugar.
Assim, criamos a carência, a perda, a doença e a escassez, acreditando que algo está faltando em nós para nos sentirmos em paz, seguros, plenos e felizes novamente. A falta de entendimento de nós mesmos e da vida, agravada pela urgência de preencher nossos vazios tem mantido a humanidade na ignorância de si, passeando diariamente entre passado e futuro, mas evitando olhar para o presente.
Nestes casos, olhar para o presente significaria descobrir o erro nas nossas mentalidades e opiniões, o vazio naquilo que temos defendido como verdade, a futilidade das metas de consumo que usamos para nossa motivação. No nível das emoções, o momento presente é neutro e completo em si, sendo apenas percebido e julgado através de nossos sistemas de crença e programações.
Se estamos iludidos e funcionando contra nossa própria realização, nada impede que escolhamos algo diferente daqui para a frente, que paremos de justificar e alimentar emoções negativas, que busquemos a verdade do ser, que encontremos a completude e satisfação dentro de nós, certos de que a pureza e perfeição já estão em cada ser, em cada irmão, não existindo mais a necessidade de reclamação ou exigência de como o outro e os acontecimentos da vida deveriam ser.
O ser humano autorrealizado desenvolve-se em alinhamento Divino, em perfeito equilíbrio consigo mesmo, com o outro, com o planeta e com tudo o que há. A humanidade quando realizada em si se desenvolverá da mesma forma, a partir da plenitude, amor, paz e perfeição, não mais a partir do sofrimento e insatisfação. Temos tudo para dar certo, basta escolher!
Em Paz,
Rodrigo Durante
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Rodrigo Durante Aprendendo a ser feliz e compartilhando tudo o que me faz bem! Atendimentos e workshops. E-mail: meditando.rd@gmail.com | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |