Cada pessoa só consegue curar a si mesma - parte 3
Autor Ana Carolina R. Reis
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 08/09/2023 16:35:48
Essa é a terceira vez que me vem a inspiração para o mesmo título de texto.
Não são textos continuados, mas falam de um mesmo assunto (talvez para convencer minha mente um tanto teimosa, acredito).
Em diversas situações, já me peguei pensando (ou até mesmo dizendo) que gostaria de ter uma varinha encantada e tirar a dor/problema do outro como se fosse um passe de mágica. (Aliás, que pensamento mágico!)
Seria incrível, porém não contraproducente. Porque cada dor traz em si a porção da cura, como o veneno da cobra traz em si o seu antídoto.
Se olharmos o problema como um grande mal a ser combatido já estamos na dualidade, na ilusão, enxergando dois onde na verdade, só existe um.
É tão difícil entender (e principalmente, realizar!) essa lógica matemática.
As verdades universais foram transformadas em informação esotérica (digo informação, porque nessa era de tanta (des)informação e ideologia, há pouco espaço para crítica e o conhecimento puro e simples: como enxergar e ver que dois mais dois são quatro e não cinco (porque tal pessoa disse que é!).
Quando, na minha arrogância, pretendo curar alguém o que estou comunicando ao Universo?
Que não acredito no Criador. Que não somos seres cocriadores. Que não acredito na unidade e que somos todos um. Que eu e Deus somos um. Que tudo é Deus, e por aí vai (
leiam A Arte de Curar pelo Espírito, de Joel Goldamith e Um Curso em Milagres para entenderem melhor esse conceito).Alcançar a sabedoria é saber que não há nada para ser curado. E que cada pessoa precisa percorrer o caminho por si só. Posso até dar o alimento na boca dela, mas o processo de mastigar e engolir é dela. E se ela não quiser, ok!
Meu papel como terapeuta não é dar a comida na boca dela (ou lembrá-la de que ela tem que comer) e sim, incentivá-la para que ela se torne cada vez mais responsável por si, com mais autonomia e amor por si, querendo cuidar verdadeiramente de si mesma, com amor.
E cada pessoa tem o seu desejo de vida e de morte e isso precisa ser respeitado, acima de tudo. Suas lealdades sistêmicas, seu karma, seu merecimento, suas limitações autoimpostas (porque se ela não acreditar no processo, não adianta apenas você acreditar).
Até onde você quer levar seu paciente? E até onde ele realmente quer ir? Será que são o mesmo lugar? Vocês estão caminhando lado a lado, ou você está na frente dele, o puxando pela mão? Ou atrás dele, o empurrando? Tudo isso é por demais cansativo...
Estar ao lado do cliente é respeitá-lo, inclusive na sua decisão de não se curar. Porque o que seria verdadeiramente essa cura? Fazer o que você acha que é certo? Novamente, quanta arrogância!
Precisamos nos libertar da necessidade de ajudar, de curar e libertar o outro.
Porque, simplesmente, como esse título já me veio três vezes: "só podemos curar a nós mesmos!"... fim.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ana Carolina R. Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
