Carta de ontem e e-mail de hoje
Atualizado dia 10/11/2007 11:54:19 AM em Autoconhecimentopor Renata Cibele Lima
Receber uma “cartinha” era gesto de carinho e lembrança. Às vezes, uma foto era enviada dentro do envelope. Surpresa! Nossa, que legal! Que saudade! Falava-se ao olhar a imagem querida estampada na foto. Sentia-se próximo do ente querido através de um papel escrito.
O simples envio de uma carta era sinal de carinho. Acreditava-se nisso! Era reconfortante!
Como tudo mudou! Hoje, a internet facilitou o acesso e as informações estão rápidas. Há muita troca de conhecimento. Contatos virtuais dão agilidade ao dia-a-dia. Tudo está mais fácil pela rapidez. Tão rápido que não queremos mais ter o trabalho de conquistar, pouco a pouco, o objetivo. Exigimos tudo para ontem! Achamos que não temos tempo a perder.
As coisas estão de tal forma acelerada que até os relacionamentos, que antes tinham o charme e o romantismo da conquista, da espera, hoje não há disposição para perder tempo com isso. Acredita-se na falta de tempo. Tantas opções e o excesso de quantidade tirou-nos a valorização da qualidade.
Pressa, pressa, para que tanto desespero? Vamos com calma, cada momento tem seu encanto! Conhecer, fazer contatos, amizades, até um amor poderá aparecer nesta época de concorrência virtual. Mas, espera aí! Sem ficar doido, afoito querendo demais e sem dar um tempo para a relação amadurecer. Cada coisa tem seu tempo e vai tomando forma.
Essa pressa para resolver tudo rapidamente está roubando o sabor da conquista. Inesquecível é lembrar que houve um processo, um carinho, uma marca pessoal em todas as etapas. “O tempo de maturação é o que o torna saboroso.”
Isso que escrevi é só para pensar. Não aprofundei o assunto para deixar livre para reflexão de cada um.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
Renata Cibele Lima é Escritora, Arte-Educadora, Artista Plástica, Pesquisadora e Consultora em Desenvolvimento Humano. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |