Causalidade e Criacionismo Divino
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/20/2011 9:08:05 PM
Sentado ao lado do velho ancião, perto de sua choupana, ele me explicou o ato de acreditar ou não acreditar em Deus. Disse que temos dois caminhos a seguir. O primeiro caminho é vivenciar a causalidade da natureza e o outro caminho é saber que a origem de tudo que existe está na consciência divina que estrutura o início, o meio e o fim.
A pessoa que segue a trilha do acaso nega as possibilidades de que a consciência divina seja a gênese de todo movimento, assim sendo, o universo possui origem em uma grande explosão e o acaso uniu as subpartículas resultando o planeta e posteriormente o acaso provocou toda a química responsável pela estruturação da vida. A evolução da espécie é devido ao jogo implacável do acaso.
Quando partimos da possibilidade que o acaso é o determinante nulificamos a existência da consciência responsável pela criação do universo. Nessa senda a própria felicidade é resultante da eventualidade e, da imprevisibilidade. A crença no acaso elimina a existência de Deus que criou todas as coisas através de sua consciência. O casuísmo elabora as leis da natureza e da evolução do mundo fenomênico.
Diametralmente oposto ao casuísmo existe o pensar na existência de Deus que elabora a existência na sua mente e a transforma em realidade. A existência de todas as dimensões pensáveis e não pensáveis são estruturadas por Deus, o supremo arquiteto do universo visível e invisível. Deus é o verdadeiro senhor e nada ocorre sem a sua interferência direta. O germinar de uma semente depende do querer divino.
Os dois caminhos não são congruentes e sim diametralmente opostos, significando que não podemos vivenciar uma vida fundamentada nas duas idéias ao mesmo tempo, ou acreditamos no casuísmo ou na existência de Deus. No primeiro olhar podemos achar essa discussão elementar, no entanto, tanto o casuísmo e o criacionismo divino geram consequências importantes no nosso viver.
Quando baseamos no criacionismo temos certeza que tudo que ocorre em nossa vida é resultante da vontade de Deus e quando baseamos no acaso temos a certeza que qualquer acontecimento no nosso cotidiano é o reflexo instantâneo do movimento caótico da existência. São dois caminhos diferentes que são percorridos por pessoas desiguais, com visão de vida que não se assemelham.
O ser humano que vivencia que a gênese está no pensamento de Deus é uma pessoa otimista e feliz porque sabe que está amparada pela consciência que transcende toda compreensão humana. A pessoa que possui a idéia que o acaso é o princípio da existência não consegue ter a paz por saber que não existe um propósito na vida, é sempre uma pessoa vazia.
O velho ancião com sua voz meiga disse: não podemos esquecer que o homem não pode receber coisa alguma se de Deus não lhe for dado. Espiritualidade é a busca resoluta de harmonizar a nossa consciência com a consciência divina. A espiritualidade visa permitir uma pessoa manifestar-se em sua plenitude, a Divina Consciência Cósmica, que está presente tanto dentro como fora de si mesmo.
O velho ancião sussurrando salientou: Pensai em Deus primeiro como um criador, depois como um controlador e finalmente como um sustentador infinito.
Em Deus, o homem vive, move-se e tem o seu ser; não há nada que o homem possa dar a Deus, a não ser a escolha de ater-se à vontade do Pai.
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