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COMPORTAMENTOS - Parte 1

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Autor Hellen Katiuscia de Sá

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/23/2005 1:12:20 PM


RELACIONAMENTOS

Todo mundo quer ser amado e aceito. Isso é inerente ao ser humano; vem desde o nosso nascimento. A criança deseja e busca amor e aceitação primeiramente dos pais; depois na escola; nos grupos de amigos e na sociedade em geral. Se o primeiro fator - a aceitação no círculo familiar - em algum momento for prejudicado, o adulto terá dificuldades em algum ponto de sua vida.

Filhos de famílias desajustadas, no quesito relacionamento interpessoal, estão fatalmente sujeitos a todo tipo de trauma psicológico, proveniente da relação problemática com os pais. Num ambiente onde impera raiva, violência, incompreensão, desarmonia familiar, etc, a criança absorve tudo o que vê e passará (em algum grau) a se comportar como seus pais em situações correlacionadas às vividas por eles e que foram registradas pela criança.

Poucas são as pessoas que compreendem essa correlação na fase adulta. Observam e comparam o comportamento dos seus pais, com os seus próprios e ao de outras pessoas, percebem as diferenças e buscam, por si sós, o re-equilíbrio de suas avaliações e procedimentos tornando-se, desse modo, adultos conscientes de si mesmos.

Conscientes de si mesmos porque se libertaram da "sombra" dos pais. E regem suas vidas conforme suas próprias opiniões de acordo com seu modo de pensar e de encarar as coisas. É como se, de repente, a pessoa começasse a ver o mundo com seus próprios olhos e não com os olhos e (pré) conceitos dos pais. Como foi dito, poucas pessoas têm essa capacidade de transformação sem um auxílio profissional. A maioria procura, inconscientemente, meios de suportar esse "buraco" na alma sem se livrar da sombra dos pais.

Há várias formas inconscientes do adulto suprir esse pequeno rombo de carência afetiva surgido na infância. Alguns se dedicam mais aos estudos/trabalho, buscando sucesso e reconhecimento dos professores/chefe e dos colegas de escola/trabalho, ou visando o reconhecimento social como um(a) homem/mulher bem sucedido(a) e independente financeiramente. Ou ainda podem buscar o refúgio interior através da expressividade nas artes.

Essas são basicamente as respostas inconscientes mais comuns e saudáveis que as pessoas, geralmente, buscam para equilibrar esse déficit emocional relacionado à infância. Há, porém, respostas inconscientes das quais o adulto se vale para tentar "tapar" essa falta de afeto que os pais deixaram e também a falsa compreensão do que seria o amor. E essas respostas são verdadeiras formas de autodestruição.

Muitos jovens e até mesmos adultos, buscam e sustentam relações doentias com namorado(a)/cônjuges. O termo "doentio" aqui está arrolado a relacionamentos obsessivos, cujo alicerce geralmente é o ciúme e/ou possessividade de um para com o outro. Posto que de algum modo o sujeito relacionou seus caprichos à prova de amor ou maneira de chamar a atenção do outro para si, porque se valia disso para conseguir alguma atenção dos pais, quando criança.

Esse comportamento cristalizou-se dentro da pessoa e esta já não sabe mais como lidar com seus próprios sentimentos, porque foi condicionada a respostas automáticas pela indiferença, cobrança ou tirania dos pais do tipo: "Fique quieta aí! Uma mocinha não se comporta dessa maneira!", ou "Engole esse choro! Homem não chora!", ou ainda: "Tirou dez na prova da escola? Não fez mais do que a obrigação, pois eu pago a escola pra você ser o melhor!"

Coisas desse tipo fizeram com que o indivíduo crescesse sem se dar conta de seus próprios sentimentos represados, sendo desse modo apenas sombra de seus próprios pais. E como queriam chamar a atenção ou serem aceitos por eles foram moldando respostas falsas para lhe captarem algum tipo de sentimento que identificavam erroneamente como sendo amor. Quando não, adoeciam com intuito de chamar atenção e captar "algum carinho" dos genitores.

Crianças que tiveram uma infância difícil com os pais, já adultos, atraem relacionamentos desajustados. Muitas vezes um sempre será mais ciumento porque o ciúme é proveniente da carência que nada mais é do que o medo de deixar de ser o alvo das atenções. Ou buscará alguém ciumento, possessivo e ditador, pois associou isso como prova de amor, preocupação, demonstrações de carinho e apreço pela sua pessoa.

A tirania dos pais foi a maneira que a criança aprendeu que amor, carinho e preocupação são demonstrados através do controle, cobrança e/ou ciúmes. Portanto buscará pessoas no mesmo nível de trauma para se associar porque só compreende o amor através dessa visão das coisas. Esse tipo de relação pode ser denominado como doentio, pois ao contrário de ajudar a sanar o trauma, estará enraizando-o cada vez mais no indivíduo.

O que vai acontecer? Além de engrossar o caldo de uma sociedade infeliz, violenta e desajustada, vai se repetir a mesma trajetória nos filhos nascidos de relacionamentos doentes. Alguém deve ter coragem para enfrentar seus medos e traumas. Olhar para si mesmo, buscando compreender suas deficiências, objetivando arrebentar couraças para reconstruir o seu ser através da compreensão e perdão de si mesmo e de seus pais. E finalmente ir em direção ao sol.

Deixando de ser apenas sombra de pais desajustados, o indivíduo compreenderá um dia o que é amor e como ele se manifesta dentro de si e para si. Será uma pessoa com o nível correto de amor próprio e confiança pela vida. E como tal, alcançará a felicidade num relacionamento sadio e realmente amoroso consigo e com o mundo. É como ensina o cantor e poeta Djavan: "dizem que o amor atrai..."

Hellen Katiuscia de Sá
23 de setembro de 2005


Referência: “O que é o amor?”, extraído do livro "Sufis, o Povo do Caminho”, Osho.

Texto revisado por Cris

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