Consciência, caminho para Deus
Atualizado dia 9/2/2006 11:06:57 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Senti novo impulso de entregar a mensagem ao padre. Mas como o faria? Fiquei constrangido! Esperei o momento adequado e no final do curso, ainda meio sem jeito entreguei o bilhete, dei meia volta e saí apressado. Soube, pouco tempo depois, que o jovem e simpático padre retornara à Holanda, sua terra natal, para aprofundar os estudos em teologia e psicologia.
Quanto a mim, por muito tempo guardei segredo com receio de não ser compreendido, dedicando-me à leitura, pesquisas e à formação de cursos que tivessem afinidade com o conteúdo da mensagem. Tornei-me um estudioso da consciência e um profissional da área da saúde mental, porém, percebo que estou apenas dando os primeiros passos de uma longa caminhada onde não serei o último e muito menos o primeiro a iniciá-la.
A espiritualidade superior age no momento certo utilizando os meios necessários para que toda ação que faça parte de uma programação pré-estabelecida atinja os objetivos traçados. Não fora diferente na minha primeira experiência psicográfica aos 27 anos, quando o jovem padre e eu fomos meros instrumentos e, ao mesmo tempo, portadores de uma mensagem importante para o conhecimento de uma forma geral, pois o conteúdo recebido sinaliza mais uma vez que a verdade divina encontra-se "escondida", adormecida dentro de nós, no inconsciente, necessitando exteriorizar, emergir, tornando-se consciente através da luz do autoconhecimento.
Pela abordagem da ótica científica, a mensagem também indica o princípio científico - "...e o caminho é a consciência", como sendo a forma de chegarmos ao "Uno" ou a Deus pela evolução da consciência humana através das ciências. Algo parecido com que Einstein filosoficamente denominara "Religiosidade cósmica".
E assim, com o passar dos séculos, tem ocorrido com a evolução da consciência científica no planeta Terra. Cada descoberta permitida é inspirada no seu momento certo, onde os "descobridores" são somente instrumentos deste momento, porque depois deles, muitos ainda virão para desenvolver ou aperfeiçoar a teoria original. Por isso, em ciências, ninguém é descobridor ou criador de nada. Quem cria esta ilusão é o nosso ego através dos mecanismos da vaidade e do orgulho. Ninguém é dono ou porta-voz da verdade absoluta; somos, no máximo, continuadores ou facilitadores para que, aos poucos, a verdade avance envolvendo com a sua luz todas as áreas do conhecimento humano.
Tivemos, no transcorrer da história da humanidade, vários personagens que foram legítimos "manipuladores de consciências". A sua verdade era absoluta e tinha que ser a extensão da verdade coletiva (e vice-versa). Coincidentemente ou não, estes personagens tinham estreita ligação com o poder, fosse no âmbito político, religioso ou na área científica. Felizmente, esta época chega ao seu fim à medida que o conhecimento caminha para a consciência divina.
Vivemos novos tempos de iluminação em todas as áreas do conhecimento humano, e cabe a todos nós, cientistas ou não, nos adaptarmos a esta nova fase que começa a atravessar a humanidade. Nunca esquecendo, porém, que sempre fomos - e continuamos a ser - simples instrumentos ou portadores de mensagens que precisam ser desenvolvidas e (ou) passadas adiante para que tenham os seus devidos encaminhamentos.
Ao transpormos o conteúdo da mensagem psicografada há mais de duas décadas para o panorama das ciências, verificamos que o avanço do conhecimento científico encontra-se intimamente associado ao nível de consciência de quem é o seu receptor ou portador, nada mais nada menos. A cada um conforme o seu preparo e as suas momentâneas condições, pois, no contexto da escala evolutiva do ser, somos o que somos e desta certeza não podemos escapar ou enganar como dizia Krishnamurti: "A realidade é o que é!" E "o que é" é a nossa transparência interior, a nossa verdade manifesta e sem máscaras.
A propósito de "máscaras", segundo o psiquiatra Carl G. Jung: "Dar-se conta das diferentes personas (ou papéis) que vestimos, isto é, estar consciente das máscaras que servem ao ego em seu exercício de revelar-se aos outros, é fase preliminar e imprescindível de todo e qualquer processo de autoconhecimento. Isso porque, para que estabeleçamos contato com o mundo exterior, assumimos aparências que nem sempre correspondem àquilo que somos em essência. As personas são mesmo necessárias e representam, até certo ponto, um sistema útil de defesa. Tornam-se patológicas quando o ego as valoriza em absoluto e deixa-se enganar por sua mera aparência, aquela com que ele quer mostrar aos outros".
Na vida ou na "morte" nada dá-se ao acaso, tudo tem o seu propósito de ser ou de acontecer. Sejamos, portanto, verdadeiramente humildes para obtermos a necessária lucidez para que possamos compreender o significado do nosso momento histórico inserido no momento histórico da humanidade.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |