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Contos: CHANTZ: AS PEDRAS DO CAMINHO - parte II

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Autor Alberto Carlos Gomes Lomba

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 13/01/2006 19:35:48


Para muitos religiosos americanos Las Vegas é a Babilônia dos tempos atuais. Para outros, mais radicais, seria a reprodução de Sodoma. Qualquer pessoa que se disponha a ficar acordado 24 horas pode visitar a cidade americana pois terá o que fazer o tempo todo. Hotéis e cassinos. Teatros, cinemas, casas de shows pornôs, prostituição, drogas e violência convivem numa democracia turística.

Promotora de turismo do luxuoso Luxor Hotel, Yanna tinha por hábito ficar admirando uma replica da Grande Esfinge, na entrada do hotel, principalmente, de noite, antes de sair com grupos de turistas para um “tour” noite adentro, que só terminava às seis da manha. Nos seus dias de folga ficava bebericando no Ra Night-club do próprio hotel ou ia assistir ao show “Luxury“ onde bailarinos, com cópias de vestes egípcias, apresentavam um show. Deuses como Tot, Osíris, Isis e faraós como Ramsés, Akenaton e outros se rebolavam, seminus, para admiração dos turistas americanos e estrangeiros. Nestes momentos viajava na lembrança de Amon. O único homem a quem amou e amava realmente.

“Em que parte deste imenso mundo estará?”, pensava consigo mesma. Desde o dia em que ele a viu saindo com um homem de uma rotisserie, em Milão, desapareceu. Kaur era russo de nascença, mas colombiano de criação. Aquele encontro, formal, com a promotora de turismo, tinha por finalidade a confirmação de que estava tudo certo para a excursão aos Estados Unidos. E nestas coincidências jamais explicadas Amon saiu para uma casa de massas, recém inaugurada e, no trajeto, viu Yanna saindo com o russo, embora o destino de cada um fosse diferente. Quando abriu a porta do pequeno apartamento nada mais encontrou do homem que tanto amava.

Deprimida e carente foi presa fácil de Kaur que logo a levou de volta a Las Vegas. Algum tempo depois Yanna terminou o relacionamento ouvindo a frase de Kaur “Querida, você vai terminar o que nunca começou!” E cada um seguiu sua vida. Por este motivo se atirava ao trabalho, continuando a residir na capital do jogo americano, pois tinha um bom emprego.

Amon era professor e regente da Orquestra da Universidade da Virginia e conheceu Yanna Bentes em uma excursão ao México, quando se apresentou em universidades daquele país. Desde que compôs “Chantz” a música fazia sucesso e os convites eram muitos. Durante os ensaios com o coral da Universidade do México, não tirava os olhos de uma morena, olhos cor de mel, lábios carnudos e perfil elegante dentro do uniforme do coral. Quase errou o compasso e não fosse o grande conhecimento dos músicos da orquestra teria feito um fiasco.

Yanna percebeu e com um olhar sutil, sorriu disfarçadamente, para também não sair do tom do coral. Terminado o ensaio o regente correu na direção da universitária e foi dizendo: “Sua beleza é bem maior que minha música; quase que a batuta caiu da mão”. “Acredito que perdemos o compasso”, arrematou Yanna sorrindo.

Depois que se bacharelou em Operadora de Turismo a jovem fixou residência em Las Vegas, embora suas viagens fossem constantes para vários paises, mesmo para o estado de Virginia para ficar junto do seu amor. Quando Amon foi convidado para um Curso de Maestro, em Milão, não se distanciou de Yanna pois ela, repetidas vezes, ia à Europa negociar a vinda de turistas aos Estados Unidos.

Milão foi o palco do rompimento que, para ela, foi inexplicável. Para ele, a dúvida que o levou para longe da vida, de sua profissão, família, amigos: nada melhor que a Índia onde tentaria transformar o ódio em perdão. Conheceu Sahaj em Nova Delhi num templo hindu. Foi o indiano que lhe falou do Templo do Renascimento onde poderia encontrar a paz, a luz e as respostas de sua vida. Durante o tempo em que esteve no vilarejo o músico formou um pequeno coral com crianças, ensinando-as a cantar “Chantz”, a música de sua autoria. E foi com lágrimas nos olhos que ele e Sahaj se despediram dos moradores rumo à etapa final ao templo. De longe ainda escutava os acordes da música que tanto amava...

Texto revisado por Cris

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