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Autor Daniel Ferreira Gambera

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/21/2006 10:57:15 PM


Há, talvez, séculos, milênios, vivemos numa tradição de supressão das características individuais. Não precisamos muito esforço para encontrar quem nos diga que devemos seguir este ou aquele modelo, que devemos ser desse ou daquele jeito, que devemos ter esta ou aquela qualidade, que não podemos ter este ou aquele defeito.

Um número grande de tradições espirituais nos inspira o temor ao erro, nos ensina que devemos nos torturar por eles, que precisamos somente manifestar o que temos de perfeito. Sem perceberem, essas tradições nos ensinaram a não nos darmos... Ensinaram a sermos mesquinhos conosco mesmos. E, como conseqüência, nos tornarmos mesquinhos com os outros.

Talvez a vida real não queira isso de nós... Talvez seja muita pretensão achar que podemos crescer sem errar, que podemos parar o tempo até que nos tornemos perfeitos e retornemos, depois, inteiros ao mundo. Talvez, a vida seja aprender a aceitar aquilo que em nós ainda não está tão desenvolvido e não nos martirizarmos por isso; continuarmos caminhando, utilizando o que temos de melhor.

Quando conseguimos aceitar e compreender que temos partes que ainda estão muito longe da perfeição, fica mais fácil aceitarmos e compreendermos que todos os outros também estão passando pelo mesmo problema. Quando não nos aceitamos e tentamos dar a “perfeição” que está em nossos modelos, talvez não estejamos, em verdade, dando coisa alguma... Só podemos dar daquilo que temos... E essa “perfeição”, fruto de nossa cegueira... não a possuímos... Chega a ser um pouco de hipocrisia.

Talvez, para o Universo não valham muito as vezes em que tentamos agir como não somos. Talvez ele não queira de o nosso sacrifício ou que procuremos seguir um modelo que alguém, alguma vez, nos ensinou ser o correto. Talvez estejamos aqui como uma chance para termos a coragem de sermos diferentes e de negarmos a ilusão das regras e das idealizações.

Não consigo pensar em nada mais generoso do que dar ao mundo aquilo que se é: a sua singularidade. É disso que ele sente falta. Você pode continuar apegado a essa forma distorcida de espiritualidade e, assim, continuar a negar a todos nós aquilo que você poderia suprir com naturalidade e facilidade, e continuar tentando nos dar aquilo de que não precisamos. Ou você pode, ao contrário, nos oferecer o seu entusiasmo para conquistar aquilo que sempre desejou mas sempre teve medo de tentar ou achava que não merecia.

Você pode nos oferecer sua disposição para fazer aquilo que sente que deve fazer. Pode nos oferecer o exemplo de quem tem a ousadia de cometer erros novos e de aprender com os erros antigos. Talvez, com seu exemplo, possamos entender que vale mais errar quando se tenta aplicar o pouco que se sabe, do que ficar se iludindo com uma ausência de erros que nada mais seria do que o fruto da inação. Você pode nos oferecer as suas palavras, com sua visão única, mesmo que elas nos contrariem. Talvez elas nos ajudem a perceber coisas que, embora óbvias para você, sejam difíceis de ver, para nós. Você pode nos oferecer o exemplo de quem apóia a si mesmo e se mantém firme seguindo a sua consciência e intuição para manifestar aquilo que está em sua visão.

Quando o tempo passar e aquilo em que você investiu seu tempo e sua energia frutificar, ficaremos muito felizes e gratos por você ter sido generoso ao extremo ao ter ignorado as críticas infundadas e os empecilhos que, em nossa ignorância, colocamos em seu caminho e por ter continuado a acreditar e a se empenhar. Você pode nos oferecer o exemplo de quem se aceita e se ama, mesmo quando nós tentávamos forçá-lo a ser deste ou daquele jeito, mesmo quando tentávamos fazê-lo acreditar que esta ou aquela característica sua eram inaceitáveis. Quando o tempo passar, vamos agradecer profundamente por você ter sido capaz de se amar e por ter prosseguido desenvolvendo-se, pois as habilidades e o conhecimento que você terá adquirido se tornarão evidentes e servirão de inspiração para todos nós.

Assim, se você sente a necessidade de nos dar algo que nos faça bem, dê de si. Não consigo pensar em nada que eu deseje mais de você, do que isso. Nos dê o apoio a si mesmo. Nos dê a sua liberdade de se expressar livremente. Nos dê o seu crescimento, o seu entusiasmo, o seu amor à vida. Nos dê o seu empenho em se desenvolver e a sua fé na vida e na natureza humana.

Faça isso. Dê de si e nos ajude a aprendermos a darmos de nós.

Texto revisado por Cris

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