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DE QUE SÃO FEITOS OS SONHOS - III -

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/19/2004 8:29:59 PM


Em continuação ao tema abordado nos últimos dois artigos, ilustrativos de realidades que certamente não são só minhas, mas de qualquer pessoa que passe por acontecimentos relacionados à eclosão de sua sensibilidade mediúnica e extra-sensorial, relato agora quatro episódios curtos. É importante enfatizar que a relevância destes textos é sempre, prioritáriamente, compartilhar com os leitores a constatação pura e simples de acontecimentos relacionados a dimensões outras da nossa existência, absolutamente cotidianos e acessíveis, freqüentemente, à percepção de muitos, e não, em nenhuma hipótese, a exaltação de quem os vivencia à conta de seres incomuns, além ou acima da média da humanidade, pois nunca é demais repetir, como bem aludiu Mário de Carvalho no seu "Cem Perguntas e Respostas Sobre a Mediunidade", que médiuns, em princípio, são todos; um dia tais ocorrências se darão cotidiana, e tão espontaneamente, quanto o despertar diurno, na medida em que avance o padrão vibratório espiritual em consonância com o progresso evolutivo da humanidade, pois o destino indubitável de todos será a linguagem do domínio da alma, onde reside a nossa essência e realidade última, acima das ilusões momentâneas das severas limitações sensoriais da vida na matéria.

São estes, portanto, alguns dos episódios indiciadores daquilo que constituí os nossos sonhos, durante os nossos desprendimentos periódicos do corpo material:

- Há alguns anos, tendo transcorrido vários meses do falecimento do meu avô materno, ele me surgiu num aparente "sonho", nítidamente, na sala da minha casa, risonho e bem disposto. Lembro-me de que exclamei alegremente o quanto me surpreendia a sua aparência remoçada, de um homem na casa dos cinquenta anos, quando na verdade um derrame fulminante o levou com oitenta e quatro. Ele entrou na sala, sentou ao meu lado no sofá, e me ofereceu uns biscoitos, que dizia ter trazido para mim do lugar onde agora estava. E perguntava pela minha avó, ao que respondi que ela tinha sido levada para a casa de uma tia que na época residia em Petrópolis, cidade serrana no Rio de Janeiro, na intenção de espairecer e tomar bons ares, pois se via muito abatida desde o seu falecimento. Ele ouviu, e me respondeu que era uma boa medida, que tinham feito bem em levá-la.

Quando acordei no dia seguinte, para meu espanto, durante o café da manhã, minha mãe me diz que havia acabado de receber um telefonema da irmã dizendo que minha avó fora levada para Petrópolis no dia anterior, por se achar ainda muito abatida com o passamento do meu avô, novidade que me chocou por completo, tendo em vista que não tinha a menor idéia disso até aquele momento, e que me acorria, vívida, a lembrança da "visita" de meu avô em sonho, e de tudo o que dissemos um ao outro.

Não resta dúvida, portanto, de que foi mesmo uma visita, e que, no estado de desligamento no qual eu me achava, tive acesso a uma "pré-ciência" daquela viagem de minha avó, da qual só teria conhecimento no estado de vigília no dia seguinte, ao acordar.

- Em outra ocasião me projetei para fora do corpo físico durante o sono noturno, me vendo na posição exata em que me achava na cama, os lençóis com que me cobria, o quarto, etc. No mesmo intante despertei de chofre, recobrando a consciência no corpo físico e, tal como no desligamento, me pus de cotovelo e me vi deitada exatamente na posição (de lado) na qual tinha me visto no desprendimento, e o modo idêntico como os lençóis se achavam espalhados sobre a cama.

- Num outro desprendimento noturno, avistava minha mãe ao lado da minha cama com as mãos estendidas sobre o meu corpo, como se me aplicasse passes, em atitude de prece; "tombei" de volta no corpo, mas a lembrança da visão se manteve nítida até quando despertei pela manhã. Comentei com ela o que tinha acontecido, e, espantada, ela comentou que, preocupada com o meu estado adoentado na época, se mantivera longo tempo pela madrugada mentalizando preces à espiritualidade em meu favor.

- Houve uma vez, há muitos anos, ainda na fase da adolescência, em que saí algumas vezes com rapaz que conhecera e com quem engatilhava uma espécie de início de namoro. Havíamos combinado de sair num fim de semana, mas, de sexta para sábado, pela manhã, saltei do leito como se impelida por uma mola, dominada por impressivo mal estar, e lembrando com nitidez de uma visão que tivera deste rapaz me dizendo que não poderia mais sair comigo no fim de semana, porque acabara voltando um namoro com uma moça com quem tinha brigado anteriormente. Desejava ser honesto comigo, e por isso preferia me "dar logo aquela notícia chata".

Passou o dia e, como ele não me telefonasse como prometera, e impelida pelo mesmo mal estar com que acordei, resolvi eu mesma ligar; e escutei dele que "já ia mesmo me ligar", porque (idêntico, em todas as vírgulas, ao que eu ouvira dele no suposto "sonho") queria me dar de uma vez uma "notícia chata". E contou, para meu pasmo, que voltara com uma namorada com quem tinha brigado, e por causa disso não poderia mais sair comigo.

Pediu desculpas; mas o estarrecimento do momento foi tamanho, que nem me abati pela notícia em si; a perturbação foi tanta, que cheguei mesmo a cumprimentá-lo pelo acontecido, dar-lhe parabéns, desejando-lhe felicidades com a namorada com quem voltara.

E durante a minha vida estes acontecimentos apaixonantes têm se repetido, tanto mais conforme foram se estreitando os meus laços fluídicos com a espiritualidade assistente dos meus trabalhos e da minha atual jornada terrena.

Atentemos nas estranhas "coincidências" que a todos colhem periódicamente mas a que, arrastados pelo turbilhão com que a vida moderna nos sufoca no desempenho múltiplo das nossas atividades, não damos, talvez, a necessária atenção: sonhos, intuições, indícios estranhos que se cumprem de uma hora para outra; aqueles amigos que não vemos há anos, e que aparecem de repente, logo após passarmos um dia inteiro nos lembrando deles, sem nenhuma razão plausível; ouvir o famoso "você não morre tão cedo", quando procuramos por alguém que falava justamente a nosso respeito; aquelas vezes em que "adivinhamos" os pensamentos dos outros, falando as mesmas palavras e frases simultaneamente; desconhecidos "aparentes" que vemos nos nossos sonhos, mas de quem guardamos inexplicávelmente todos os traços da fisionomia...

Tudo isso são indícios claros de que a linguagem da alma opera vigorosamente, mesmo enquanto aqui estamos, imersos nas vivências do meio vibratório material mais pesado e obstrutivo da nossa percepção espiritual nítida.

É a tomada de consciência prévia destas coisas que nos levam a viver mais intensamente a nossa vida verdadeira, a vida espiritual, mesmo enquanto ainda reencarnados, atestando, de modo inconteste, a essência da nossa existência.

"Somos seres de Luz, não esta matéria tosca", já afirmava Yoda, um personagem divertido e sábio da série a um só tempo mística e lúdica de George Lucas, "Guerra nas Estrelas". Aprendamos a confirmar isto em nós mesmos o quanto antes, em favor da nossa felicidade e da dos nossos semelhantes, e em nome da compreensão definitiva da inutilidade do ódio e do egoísmo, e da realização do nosso glorioso destino espíritual, em amor e em paz, na eternidade.

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
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