DECEPÇÃO
Atualizado dia 6/4/2009 4:23:02 AM em Autoconhecimentopor Edite Spiess Psicoterapeuta Holística
Amizade com vizinhos? Nem pensar...
Os vizinhos não são mais aqueles que lhe emprestavam uma xícara de açúcar ou um punhado de sal. Eles estão trancados em suas casas ou em seus trabalhos e não têm tempo e nem querem formar um grupo.
Muitas vezes vamos a festas, reuniões e ali conhecemos pessoas (aparentemente) maravilhosas e aí pensamos que desse encontro poderia surgir uma boa oportunidade de construir uma sólida amizade. Muitas vezes ao acaso, numa prestação de serviço, num atendimento terapêutico, pensamos também que quando tudo melhorar, aquela maravilhosa pessoa que no momento encontra-se em crise - mas que temos certeza de que poderá curar-se - tem seus filhos e parentes e pensamos que também a amizade pode crescer através desse encontro profissional.
Quantos enganos, meu Deus... Quantas portas fechadas!
E assim vai passando a nossa vida, sem que tenhamos em quem confiar.
Os pseudo-amigos somem, se aborrecem ou se afastam por um nada, por um momento em que você não está bem, ou o que eles fizeram magoou muito, e eles nem se dão conta.
Quanto maior o amor destinado àqueles(as) amigos(as), maior o sofrimento e maior a decepção, mas infelizmente, como todos estão vendados e acham-se certos de suas atitudes e mudanças repentinas (que devem ser aceitas sem qualquer questionamento), ficando assim difícil não doer ou não magoar.
Com essas atitudes frias e grotescas, que não medem o mal que estão fazendo aos outros e a si próprios, todos vão seguindo: amigos, filhos, casais e tantas outras relações de menor peso. Não vêem que ao final de tudo, fica o nada, a solidão, o vazio que cedo ou tarde também irão experimentar.
Para onde vai todo esse mundo de gente, numa corrida desenfreada, pisoteando aqueles que lhe querem bem, aqueles que se sacrificaram, aqueles que abriram mão (muitas vezes) de uma noite de sono, de uma tristeza pessoal, mas ficaram ali; dando apoio, confortando, aguardando a melhora do amigo que passa a ter mais importância do que nosso próprio eu.
Lembro dos milhares de vezes que saí de conversas assim como um trapo, extenuada, tendo a impressão de que havia sido sugada até minha última gota de sangue, para doar àquele que precisava; e hoje essas mesmas pessoas estão bem, felizes, realizadas e simplesmente me deletaram de suas vidas, como se eu não tivesse movido uma palha para que elas no presente estivessem assim.
Não é inveja branca, nem preta, nem vermelha, é apenas a constatação de que caminhamos sós sempre, independentemente do que façamos.
O que conta é o interesse alheio e a necessidade de galgar sobre nossas cabeças, como se assim pudessem ser melhores de caráter; mas a realidade prova bem o contrário, ao esquecer a mão que os afagou, o ombro que os consolou e, principalmente, o vazio que deixaram em nossos corações despedaçados... Um dia hão de repensar seus atos.
Nada mudará nesta vida, nem mesmo com todas as desgraças, catástrofes, e até mesmo a ira de Deus que está cansado, enquanto não nos lembrarmos que somos todos semelhantes, iguais e sofredores, e que a dor que bate no seu coração, também bate no meu!
Texto revisado por Cris
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