Desconto em Terapia?
Atualizado dia 10/5/2023 11:47:30 PM em Autoconhecimentopor Ana Carolina R. Reis
Você, terapeuta, pode já pensar: "ah, mas isso não acontece comigo. Se ainda acontece é um problema seu"... Pode não acontecer "mais", mas aposto que em algum momento da sua caminhada você já passou por isso e teve que superar esse desafio.
O terapeuta precisa se lembrar, com muita clareza e firmeza de propósito, que essa é sua profissão, ou seja, seu "ganha-pão"... E a vida, não é apenas "pagar boletos", então é preciso incluir nessa matemática (além das suas despesas pessoais, itens como: lazer, desfrute, ter uma economia etc.).
Se o terapeuta ainda não superou sua tendência a ser um "salvador", irá continuar ajudando a todo custo, mesmo que isso o sacrifique (e sem perceber, continua repetindo o padrão que vive em sua família de origem)...
É preciso lembrar-se de toda caminhada para se tornar um terapeuta: o alto investimento em cursos (alguns em outras cidades, que envolvem ainda locomoção, acomodação e alimentação), livros, terapia pessoal, e por aí vai...
Não se cobra pela "energia espiritual" (essa realmente não tem preço! E mesmo assim se tivesse, seria muito valiosa!). O valor de troca envolve honrar o tempo que a pessoa está se dedicando a ti, pois poderia estar fazendo qualquer outro trabalho, mas se preparou (nos bastidores) em elevar sua frequência e ser um canal apto a atendê-la (pois o terapeuta só pode levar seu paciente até onde ele mesmo já caminhou).
Sendo assim, é praticamente impossível (com o nosso tempo escasso diário) viver de outra renda, outro trabalho e canalizar esse auxílio de forma totalmente voluntária - como muitos pensam, erroneamente. Isso quer dizer que não possa ser feito? É claro que pode, mas a custo de quê?
Imagine passar o dia todo em um emprego e depois ainda se dedicar às artes da cura totalmente de forma gratuita ou cobrando "baratinho". Que tempo essa pessoa teria para si, sua família, seu descanso?
Com certeza, seu trabalho ficaria comprometido, em parte. A dedicação integral a esse ofício sagrado, pois muitas vezes é mais um chamado da sua alma do que uma vontade puramente egóica. Exige, então, que se possa viver dignamente, sim, deste mesmo trabalho, cobrando o valor justo por isso.
Portanto, quando for buscar um auxílio terapêutico e você já se sentir tentado a pedir um desconto, leve em consideração toda a trajetória que essa pessoa dedicou para estar ali a seu serviço. Honre, com muita gratidão, pagando o valor justo: nem mais, nem menos.
Profissional da ajuda, honre seu trabalho cobrando o valor justo, não são as pessoas que "pagam" seus boletos, é o seu servir genuíno que faz o fluxo da prosperidade girar ao seu favor. É a vontade de ajudar o próximo, assim como a si mesmo. É colocar a Vida acima de tudo.
PS: esse texto surgiu na minha cabeça de várias formas diferentes e foi assim que ele veio. Há tanto mais para se escrever, mas sinto que já foi o suficiente.
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 2
Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina R. Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |