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DEUS E O HOMEM.

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Autor Joäo Virginio Silva

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/1/2006 8:46:50 PM



Há duas correntes de pensamentos no mundo a respeito do homem e do Universo. Uma delas é uma visão mecanicista, de que o Universo é mecânico e o homem um simples produto do meio e das várias reações somente perceptíveis através dos seus cinco sentidos, e que tanto o meio como as reações humanas devem ser controladas por um sistema bem racionalizado que permita ao indivíduo atuar dentro dessa estrutura. Essa visão mecanicista da vida é incapaz de conceber uma entidade suprema, transcendental, é incapaz de conceber algo que tenha continuidade após a morte do corpo físico. Essa visão da vida não admite nenhuma forma de sobrevivência após a morte__ para essa visão a existência não passa de um breve período de tempo que antecede o aniquilamento total. O homem não é senão o resultado de reações ambientais. Preocupado apenas com as suas conquistas ambientais. Preocupado apenas com a conquista de sua própria segurança egoísta, essa visão estúpida ajudou a criar um sistema de exploração, crueldade, violência e guerras. Sendo assim, as ações humanas devem ser moldadas, controladas e orientadas no sentido de alterar e manipular o meio ambiente.
Existem também àquelas pessoas que acreditam que o ser humano é um ser essencialmente divino__ e que o seu destino é controlado e dirigido por alguma inteligência suprema que chamamos de Deus, Jesus, Jeová, etc, etc. Essas pessoas afirmam que estão em busca de Deus, de Jesus, em busca da perfeição e da felicidade, ou em busca de um estado mental no qual todos os seus conflitos tanto internos quanto externos cheguem a um fim. Sua crença numa entidade suprema que guia o destino dos homens baseiam-se naquilo que elas chamam de fé. Dizem que essa entidade transcendental, ou essa inteligência suprema criou o mundo e que o “Eu”, o Ego, o indivíduo, constitui algo permanente em si mesmo, algo que tem uma qualidade eterna. Algumas vezes vocês todos consideram a vida como algo mecânico__ outras vezes, quando a tristeza e a confusão assumem o comando de vossas vidas, vocês se voltam para a fé, em busca de um ser supremo que os guie e os ampare. Vocês vivem sempre oscilando entre esses dois opostos sem ao menos perceber que somente através do entendimento de que esses opostos não passam de ilusão, de delírio. Somente o entendimento poderá libertar vocês de seus conflitos e de suas limitações. Nada mais pode fazer isso. Às vezes vocês se imaginam livres de seus conflitos por causa de vossa fé nisso ou naquilo. Mas só estarão radicalmente livres quando vocês compreenderem plenamente o processo pelo qual é construído as vossas limitações e as consegue extinguí-las. Vocês não podem, absolutamente, chegar á compreensão de Deus ou o contato íntimo com Jesus, enquanto esse eterno processo de ignorância se perpetuar em vossas mentes. Quando esse processo, que se sustenta ás custas da própria atividade neurótica dos seus desejos, cessa, surge o que podemos chamar de realidade, verdade, bem-aventurança ou Deus.
Por isso, talvez valesse a pena perdermos um pouquinho de tempo tentando descobrir por nós mesmo se a vida tem, realmente, algum sentido. Não essa vida que levamos, pois essa vida que levamos, essa vida chamada de moderna tem muito pouco significado, é um tipo de vida muito pobre.
Costumamos dar á vida um sentido intelectual, um sentido pessoal, um significado teórico, cerebral ou religioso__ ai tentamos__ como fizeram alguns escritores em meio ao desespero de sua existência amargurada__ extrair-lhe um significado profundo, inventando algumas razões sérias, relevantes e lógicas. E, a mim me parece, que valeria muito mais a pena se pudéssemos descobrir por nós mesmos, se existe na vida algo verdadeiramente sagrado. Porque, segundo observamos nas páginas da história como também no nosso dia-a dia, nessa busca, nessa vida que levamos__ de negócios, competições, desespero, solidão, ansiedade, destruição, terrorismo, derivado de guerras, de ódios__ a nossa vida em si mesma tem muito pouco sentido, não é verdade?. Podemos viver setenta anos, gastando quarenta ou cinqüenta dentro de Escolas e escritórios, envolvidos com a rotina, com o tédio e a solidão, isso tudo faz da vida um artigo de péssima qualidade e, cansados de tanto sofrimento, tristezas, medos e insegurança, tanto aqui no Ocidente quanto lá no Oriente, passamos a dar significado e valor a um símbolo, a uma idéia, a um Deus__ que constituem, obviamente, em invenções da mente humana. Dizem lá no Oriente que a vida é uma só, portanto, não mate: porque Deus está presente em todo ser humano: não destrua, etc, etc. Mas, no instante seguinte destroem-se mutuamente por meio de palavras, de atos, de negociatas explorativas, sendo assim, essa idéia dos Orientais de que a vida é única, essa idéia de que a vida é sagrada, é divina, significa muito pouco, você não acha?.
Também aqui no Ocidente, vendo a vida como ela realmente é__ com toda a sua brutalidade e agressividade, a impiedosa competição da nossa vida diária__ passamos a dar significado a um símbolo também. Esses símbolos, sobre os quais estão construídas todas as religiões, nós consideramos muitos sagrados. É o caso da Bíblia, por exemplo. Chamamos a Bíblia de__ o livro sagrado, a palavra de Deus.
Ou seja-os teólogos, os padres, os pastores, os santos que tiveram suas próprias experiências, deram significado á vida e nós nos apegamos a esses significados por causa do nosso desespero, por causa da nossa solidão, por causa da nossa rotina tediosa de tão pouco sentido também.
Se pudéssemos colocar de lado todos esses símbolos, todas as imagens, todas as idéias e todas as crenças que construímos ao longo de todos esses milhares de anos e aos quais conferimos um senso de coisa sagrada, se pudéssemos, realmente, desprogramar as nossas mentes de todas essas estranhas invenções humanas, então teríamos, talvez, as condições necessárias para fazermos uma pergunta muito séria a nós mesmos__ Será que existe algo que seja verdadeiro, santificado ou sagrado mesmo?. Ou isso tudo é uma invenção da mente humana que está amedrontada e completamente insegura?.
Porque é exatamente isso que o homem tem procurado no meio de todo esse turbilhão de desespero, de medo, de culpa e morte. O homem, sob as mais variadas formas, sempre perseguiu essa sensação de que deve existir alguma coisa além do transitório, além do fluxo do tempo. A palavra é apenas um meio de comunicação__ a palavra não é a coisa real. A palavra, o símbolo, a idéia, não é a realidade e, quando caímos nas malhas das palavras, fica muito difícil desembaraçar-nos dos símbolos, dos verbos, das idéias que na verdade impedem a percepção. Embora precisamos usar as palavras para podermos nos comunicar uns com os outros, a palavra não é o fato real. De forma que, se estivermos conscientes, prevenidos, de que a palavra não é o fato, teremos condições de começar a penetrar, em profundidade, nessa questão. Isto é, o homem, devido a sua solidão e ao seu desespero, fez das idéias, das imagens moldadas pela mão e pela mente algo sagrado. Essas palavras e essas imagens vieram a tornar-se extraordinariamente importantes para os cristãos.

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