Docilidade em Família
Atualizado dia 2/19/2008 1:08:34 AM em Autoconhecimentopor Julio Lótus
Vamos nos restringir hoje apenas à atenção reclamada por nossas crianças, nossos filhos e eternos amores de nossas vidas...
Já observaram quantas vezes por dia gritamos com nossos filhos? E se não temos o hábito de gritar, quantas vezes por dia dizemos: “Não enche o saco, moleque?”. Ou ainda quantas vezes eles nos dirigem a palavra e, muitas dessas vezes, com perguntas que como resposta apenas obtêm um “depois conversamos sobre isso!”.
Bem, certamente que não podemos e não vamos generalizar; apenas citamos alguns casos que, em arrasadora maioria, não damos a atenção que nossos filhos merecem. E depois ainda dizemos: “Não sei porque as crianças e jovens de hoje não são obedientes como éramos com nossos pais!”. É muito simples: em nossa época de crianças e jovens, a maioria de nós tinha pelo menos a atenção da mãe. Uma dona de casa exemplar que cuidava quase que exclusivamente da família e se dedicava a isso de corpo e alma.
Hoje, a maioria das mães trabalha para complementar a renda da família e não dispõe do tempo necessário para essa dedicação “quase que exclusiva” à família e principalmente aos filhos.
* O que fazer, então?
* Como corrigir essas distorções dos novos tempos?
* Onde arranjar tempo para dar atenção que faça com que nossas crianças não se sintam abandonadas pela família?
* Como fazer para que não sejam adolescentes-problema ou adultos insatisfeitos (revoltados) com o mundo?
Vamos analisar o caso das mães que trabalham. Se elas são capazes de ajudar no complemento de renda e ainda cumprir com as obrigações da casa, nós, os homens, não podemos mais nos restringir ao simples papel de mantenedor da casa e com todas as regalias que em nossa época de crianças e adolescentes nossos pais possuíam.
É preciso arregaçar as mangas e ajudar na atenção e educação dos filhos! Sou capaz de apostar que na maioria das famílias os “homens” e, portanto “pais de família”, chegam à casa do trabalho, tomam seu banho, pegam o jornal e se sentam à frente da televisão, esperando seu jantar, muito tranqüila e calmamente.
É preciso entender que se as mulheres mudaram seu comportamento com vistas a dar mais segurança e conforto à família, nós, os homens, precisamos mudar nosso comportamento e ao chegarmos em casa, depois do banho, procurarmos nossos filhos e sabermos deles o que precisam para serem felizes. Embora, na maioria das vezes não devamos perguntar isso a eles, mas precisamos agir com esse propósito; afinal, se buscamos diariamente, minuto a minuto, a nossa felicidade, por que não nos preocuparmos com a felicidade deles? Sabiam que na maioria das vezes que a família tem o hábito de jantar junta à mesa, o problema de distanciamento de seus componentes, quase não aparece? Não acreditam?
Esposas e esposos, proponham-se a fazer ao menos uma das refeições com todos os componentes de sua família sentados à mesma mesa uma só vez por semana e reparem como o diálogo entre os seus componentes começa a fluir naturalmente. É a “docilidade” que enunciamos no início desta conversa que entra em ação. É o sentido real e verdadeiro de família que começa a ser imposto. E verão que não doeu nada e nem feriu ninguém.
Mudança de hábitos, na maioria dos casos, é a grande sacada para a solução de problemas de falta de compreensão e união dos membros de uma família.
Desculpem se estou me metendo onde não fui chamado, mas a televisão com suas novelas, jornais que nos fazem assistir as maiores tragédias da vida humana e os programas nada educativos, estão fazendo a diferença entre os membros de uma família.
Façam o teste e verão que uma só vez por semana mudará em muito o ambiente de sua casa... e depois, se concluírem que estou certo, façam duas vezes por semana e não deixem de prestar atenção a como o ambiente vai mudando para melhor.
Aos homens deixo apenas mais uma recomendação: elas mudaram para contribuir com a família (no sentido de conjunto); é nossa obrigação moral e social mudarmos nossa conduta de “sultões” da família para participantes em período integral. Depois que as crianças dormirem podemos ler o jornal, ver ou ouvir a televisão e nos dedicarmos a atividades pessoais que não influenciem na desarmonia da família.
Aigh vie dhuit! (Bênçãos de fortuna e sorte para você!)
Julio Lótus
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 133
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |