Duas maneiras de viver: o ser e o não-ser.




Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/16/2020 8:51:55 AM
Toda busca exterior tem como meta o preenchimento, satisfação ou alívio de algum sofrimento que, se estivéssemos conscientes do ser, simplesmente não existiria. Assim, sempre que colocamos algo como condição para nos sentirmos seguros, felizes ou estarmos bem, nós alimentamos nossa inconsciência, nos afastando da verdade de quem somos, do ser.
A sensação de incompletude, medo, insegurança, assim como outro derivados como a raiva, a culpa, a tristeza, o rancor, o desespero etc. surgem da desconexão da nossa consciência com o ser e da associação da nossa identidade ao personagem criado por nosso intelecto. Por isso, enquanto estamos buscando ou fazendo algo para atingir algum resultado favorável lá na frente, já estamos rejeitando o momento presente e, consequentemente, também tudo de bom que já está aqui para nós, dentro de nós.
Assim, sabemos que estamos deixando de ser quem verdadeiramente somos quando nos percebemos perseguindo satisfações futuras ou descontentes com algo que estamos vivendo, seja em nossa memória do passado, algo no presente ou em um futuro imaginário. Toda insatisfação vem da não percepção do ser e da rejeição ao momento presente.
Tendo a nossa identidade centrada no ser, por sua vez, transcende as insatisfações e sofrimentos do ego, trazendo nossa consciência para o aqui/agora. Sem interpretações e maquinações mentais sobre o que está acontecendo, ou comparações com nossos ideais egóicos de perfeição e felicidades futuras, no ser nosso momento presente é pleno, seguro, cheio de compaixão, alegre e pacífico. Não há mais o que buscar fora de nós, pois nada mais nos falta.
A dor que geramos por não termos nossas vontades satisfeitas associada à crença de que é algo fora de nós que nos trará a realização que buscamos, muitas vezes sobrepõe-se à sutil presença do ser, impedindo que nos entreguemos ao momento presente e mudemos imediatamente o rumo de nossas vidas. Assim, em meio a tanto sofrimento que prendemos em nós, ao falarmos em mudar de vida a maioria das pessoas já pensa em mais dinheiro ou algo que lhes traga a segurança ou satisfação exterior que desejam.
Tudo o que buscamos externamente em nossos empregos, relacionamentos, posses e diversões são sensações que nos aliviem dos sofrimentos da separação do ser. Assim, deixamos por muito tempo nossas dores, medos e carências nos dizerem o que precisávamos para sermos felizes e direcionarmos nossas vidas mas, no fundo, mesmo uma pessoa aparentemente realizada nestes termos e modo de vida que criamos, ainda alimenta desequilíbrios e não é plenamente feliz.
As satisfações exteriores nunca substituirão o ser e, por esta mesma razão, os fatos da vida simplesmente não podem nos tirar de nossa presença se não tivermos a intenção ou necessidade de modificá-los. Conscientes de quem somos, estamos aptos a participarmos de nossa sociedade e cumprirmos com nossas tarefas para o bem comum sem sofrimentos ou dependências para nossa satisfação, mas já plenamente realizados, vivendo uma vida verdadeiramente feliz.
O amor, a alegria, a paz, a segurança e a completude já fazem parte de nós e, tudo o que vivemos a partir disso, é apenas a vida acontecendo, sem apegos ou aversões, exigências ou obrigações, mas em total entrega ao momento presente e aceitação de tudo o que há, fluindo na bem aventurança do ser.
Em Paz,
Rodrigo Durante.









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