E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/11/2010 4:59:15 PM
Enquanto fazemos nossa caminhada pela vida, vamos aprendendo que ela é uma escola onde seus alunos são aprovados ou reprovados, muitas vezes repetentes, uns desistem, outros persistem, uns se qualificam mais do que os outros e... assim caminha a humanidade.
Com o passar dos anos, nosso amadurecimento pode trazer a oportunidade de cura da nossa criança interior.
Devemos nos lembrar que não nascemos adultos, com a consciência cheia de medos e preconceitos mas sim, crianças puras e indefesas, construindo pouco a pouco seu destino, de acordo com o contexto atraído, para o desenvolvimento espiritual
A chance que traz uma encarnação é de reaprendermos lições anteriores, de reestruturarmos nossos passos para que sejam cada vez mais assertivos e competentes, de entendermos que só o tempo pode colaborar com esse crescimento e amadurecimento pessoal.
Precisamos honrar a estrada que percorremos, com todos os erros cometidos, com todos os acertos, dúvidas e obstáculos que nos detiveram, que nos fizeram desistir ou que nos ensinaram a ultrapassar as dificuldades para que conquistássemos, “sem pressa nem pausa”, nosso lugar missionário no mundo.
Um dia fomos gerados e aconchegados num micro útero, representante legítimo do Grande Útero da Mãe Terra.
Meses depois, o corte do cordão nutridor, o grande elo da nossa dependência, para que pudéssemos aprender a sugar o alimento com o próprio esforço.
Mais adiante, nos levantamos, usando as próprias pernas, segurando aqui e ali para não cairmos, contando ainda com o amparo de mãos protetoras que tentaram evitar quedas e ferimentos maiores. Isso se repete muitas vezes em nossa vida, quando temos que ficar de pé, embora inseguros, inexperientes e não raro, desamparados, quando uma situação nova se impõe diante de nós.
Logo em seguida chega a hora de expressarmos através da fala, nossos desejos e sentimentos e se isso não acontecer, ficaremos com um nó na garganta que precisará ser desfeito de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde.
Vem o fim do sugar o peito materno, acabam as mamadeiras, a chupeta e as fraldas. Hora de comer com as próprias mãos e de começar a controlar algumas funções do corpo.
É preciso independer cada vez mais.
Aos poucos, vamos nos reconhecendo indivíduos. Aprendemos a nos defender de muitas dores que nossa sensibilidade emocional não suporta, aprendemos a mentir, a dissimular, sentimos medo e fugimos.
Mas o eixo oposto tem o mesmo poder e assim conseguimos também entender, suportar, encarar a verdade, desenvolver a coragem, a autoconfiança e permanecer na luta.
Aos poucos, construimos nossas metas e caminhamos rumo à sua concretização.
Podemos fortalecer nosso emocional, retornando à infância através de processos psicológicos e reestruturando esse passado, redimensionando nossos julgamentos, fortalecendo nosso entendimento de que, um dia, precisamos de tudo aquilo para realizarmos nosso caminho de evolução.
Agradecer a todos os nossos pais e a todas as nossas mães, – ou seja, respeitar aqueles que estiveram presentes conosco, com sua autoridade e firmeza, com sua fragilidade e suas dúvidas, com suas falhas e acertos, com seu rigor e acolhimento, com suas asperezas e seu amor, porque estamos na mesma missão de purificar o espírito para que a evolução se faça em todos os níveis.
O tempo quer que aprendamos a disciplina, a ordem, o limite, o respeito, a construção lenta e sólida de uma nova consciência, madura, confiável, equilibrada, para que, na busca de um alinhamento com as mais Altas Hierarquias do Universo, possamos alcançar a prosperidade, em uníssono com toda a humanidade.
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