É preciso aprender a amar!
Atualizado dia 6/23/2023 3:28:57 PM em Autoconhecimentopor Paulo Tavarez
O amor, nas palavras de Paulo, não busca os seus próprios interesses. O homem que tenta possuir o objeto que supostamente ama, simplesmente não ama, apenas está dando azo aos seus desejos. Todas as vezes que tentamos possuir algo ou alguém, sob o pretexto de amá-los, estamos incorrendo no erro da posse, querendo que o outro preencha o vazio que é nosso e deve ser preenchido com a própria consciência.
Tratar o outro como uma propriedade, exigindo que ele se torne uma extensão do nosso próprio ser, é egoísmo e não há outra palavra para isso.
Uma vez perguntaram a Buda qual era a diferença entre amar e gostar. Buda deu o exemplo da flor: "Quando você gosta de uma flor, quer apenas colhê-la. Mas, quando você a ama, quer regá-la diariamente. Aquele que entender isso, compreenderá a vida".
Estamos em um nível primitivo de compreensão da dinâmica que envolve os relacionamentos, ainda tratamos o outro como um objeto, querendo possuí-lo, direcioná-lo, enquadrá-lo dentro de parâmetros que são nossos e que nos deixam confortáveis, afinal, o objetivo do outro é nos trazer algum tipo de prazer, pois é isso que esperamos dele.
Os outros precisam interpretar o que nós, como diretores do filme, lhes demos. Não aceitaremos improviso, não toleraremos mudanças no roteiro, afinal, o filme é nosso, tudo foi idealizado por nós, para atender às nossas necessidades e não aceitaremos quaisquer transgressões.
Percebem o tamanho dessa insensatez?
É preciso entender que amar, como no caso da flor, é cuidar, permitir que ela floresça e manifeste a sua própria natureza. Querer que o outro resolva demandas internas nossas é pura projeção. O outro não deve ter funções dentro da gente, muito menos em nossas vidas, o outro sempre vai estar envolvido com os seus próprios interesses, nada pode ser mais legítimo do que isso!
O amor é aquilo que existe divino em nós, é a nossa essência, revela-se como a 'substância' do nosso Verdadeiro Eu: somos amor!
Se Deus é amor, como está escrito em João, somos amor também, pois o nosso DNA é divino. Como pode um jacaré parir uma girafa? Não pode! Portanto, se somos filhos de Deus, somos Deuses e pronto. Filho de peixe peixinho é, filho de Deus deusinho É.
Nossa Verdadeira Natureza é o amor, aprender a amar é manifestá-la. Enquanto confundirmos o amor com desejos, estaremos distantes dessa compreensão.
Existem aqueles que querem possuir e aqueles que se deixam possuir. Essa realidade doentia nas relações humanas ainda se faz presente nesse estágio em que nos encontramos. Só expandindo a consciência além do mundo das formas, através de um pensamento sistêmico, poderia mudar esse quadro.
Ninguém é de ninguém, nunca foi e nunca será! Isso que assistimos em nossa civilização é uma forma sutil de escravidão, está muito longe de ser chamado de amor. O amor liberta, não sufoca, não manipula, ele simplesmente É.
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsupp (só para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |