Educar um filho!
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Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/24/2013 10:00:19 AM
As pessoas não se cansam de indagar por que as crianças e os adolescentes estão tão mais rebeldes e indisciplinados do que os de antigamente. Desde o pequenino de dois anos até o “grandão”, já com dezoito ou vinte anos.
É notório que ocorreram muitas mudanças, e em tempo muito curto. Que a cada dia há mais estímulos que antigamente, que isso está levando a um desenvolvimento da inteligência cada vez maior. Mas é notório também que os pais estão cada vez menos preparados para educarem seus filhos.
Os pais na faixa de cinqüenta a sessenta anos vieram de famílias em sua maioria de poucos recursos, estudando a duras penas e passando por muitas dificuldades. Esses pais conquistaram uma posição sócio-economica-financeira mais confortável, muita luta e sacrifício envolvida nessa conquista.
Aqui entra uma das causas da indagação acima: “Meus filhos não irão passar pelo que eu passei”. O que é justo e louvável, pois agora não se tem a necessidade de fazê-los “pisar sobre as mesmas pedras” que seus pais, mas eis a confusão: poupa-los não significa afasta-los de valores tais como respeito, obediência e responsabilidade.
Tendo crescido já poupados de responderem por seus atos, na maioria das vezes, agora adultos enfrentam uma grande dificuldade em se posicionarem com seus pequenos filhos. Sentem-se desorientados e agora vem o pior: buscam orientação e obtem como respostas que não se deve castigar uma criança, não se deve bater, não se deve...., não se deve.... e assim por diante.
Desprovidos de uma convicção do que é educar, ficam completamente perdidos frente a inteligência e esperteza de seus filhos. Os profissionais apenas dizem que não se pode, mas não diferenciam o que se pode ou mesmo se deve.
Não se pode espancar uma criança, agredi-la por um comportamento não adequado. Mas se deve agir energicamente, ou seja, com firmeza, pois caso contrário, a criança irá reincidir e agravar seu comportamento dia-a-dia.
Não confundir ser enérgico com ser agressivo. Na falta da aplicação da disciplina e uso da energia, da firmeza com os filhos, em um determinado momento esses mesmos pais acabam agredindo violentamente seus filhos, pois perdem o equilíbrio frente aos comportamentos desrespeitosos e mal educados dos mesmos.
Antigamente os pais falavam não, os filhos ficavam “emburrados” por “uma semana” e depois tudo voltava ao normal, com os filhos aceitando os limites impostos pelos pais. Já em idade mais adulta, podiam escolher com o que ficar, o conceito que seus pais lhes passou ou a nova forma que possui de olhar para aquela referida situação.
Hoje, ainda com o agravante da necessidade (ou querer) do pai e da mãe de trabalharem fora, isso se acentua, pois não querem chegar em casa após um dia árduo de trabalho e ainda agüentarem cara feia de filhos. Acabam sendo permissivos, mesmo dando a impressão que não, quando se dão conta, já não possuem mais o controle das situações. É comum filhos fazerem o que querem sem que seus pais consigam impedi-los.
Há valores que devem ser transmitidos para nossos filhos e nada mais natural que eles se manifestem quando esses valores são apresentados. Eles querem “poder tudo”. Saibam que eles precisam de limites, pois caso contrário não poderão ter uma sólida formação de personalidade.
Se precisar escolher para onde pender, prefira pecar por excesso de severidade do que por falta. Sempre lembrando que ser severo não significa ser agressivo, não conversar com os filhos, não escuta-los e não ver suas razões.
Conversem e muito, escute-os mas lembrem-se que limites existem porque para se conviver e compartilhar, é necessário o atendimento de consensos que se manifestam através das normas e regras da sociedade.
Proteja seus filhos, educando-os, dando-lhes limites e ensinando-os que são responsáveis por seus atos. Faça a sua parte, ficará menos sofrido para eles quando a vida fizer a parte dela.
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