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Ele, carente da mãe. Ela, carente do pai. Essa relação dá certo?

Atualizado dia 15/01/2015 20:04:29 em Autoconhecimento
por Alex Possato


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Enquanto você perde tempo comparando, julgando e condenando o outro, não é possível se amar. Já que não se ama, você compara, julga e condena a si mesmo. Viu que enrascada se meteu? Como ter uma relação saudável, assim? Somente se conhecendo. Conhecendo as suas entranhas… e se libertando delas…

Tenho visto algumas pessoas tecendo relações, da seguinte forma: um homem carente do feminino, muitas vezes com raiva, ódio contra a mãe, por tudo o que ela fez ou deixou de fazer. Geralmente, carregando esta raiva de forma inconsciente – às vezes até acreditando que ama. E ela, da mesma forma, carente do masculino, com raiva e ódio contro o pai, por tudo o que ele fez ou deixou de fazer. Também carregando a raiva inconscientemente, talvez acreditando que ama o pai. Gente com enorme buraco dentro do peito, que inconscientemente tentam tapá-lo com um parceiro ou parceira.
Em primeiro lugar, a lei da física é clara: o feminino atrairá o masculino e vice-e-versa. Polos opostos se atraem.
O carente do feminino atrairá a carente do masculino. E embora a paixão, o tesão, será o primeiro elo de ligação, a raiva, o desconforto, a desconfiança que ambos têm em relação ao feminino e masculino irão se manifestar. Um buscará no outro o que sente falta dentro de si. E como o outro é incapaz de tapar o buraco enorme da criança ferida, carente e frágil, a raiva, as mágoas, os jogos irão ocorrer. É quase matemática. Matemática emocional.
Longe de ser um problema, esta situação é a grande chance da pessoa resgatar o amor profundo que sente pela mãe… e o amor profundo que sente pelo pai. Por pior que eles tenham sido. Pior, mesmo camuflados de honestos, corretos, moralistas etc. Estes são os piores, porque os filhos herdam os impulsos emocionais inconscientes, e irão repetí-los, numa sina que só acaba com consciência e vontade sincera de responsabilizar-se por suas próprias dores.

Se você se reconhece neste jogo, faço uma sugestão: que tal parar um minuto de jogar? Que tal baixar suas armas? Parar de querer que o outro ou outra seja como você quer?
É quase impossível ser um humano sem dores, neste plano em que vivemos. Mas é totalmente possível vivermos sabendo que estas dores são nossas. É possível viver em paz, apesar das dores. Elas são ecos do nosso passado. Da nossa infância. Do nosso sistema familiar. Quem sabe de outras eras?
A sua parceira não é sua mãe! Nem o seu parceiro é o seu pai! Ela não vai lhe dar colo. Ele não vai lhe aprovar. Ela não vai protegê-lo. Ele não tem nada que ficar aconselhando você. Casal é para compartilhar. Andar junto. De mãos dadas. Mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distância. Ninguém tem o direito de ficar dando opiniões na vida do outro. Nem o direito de querer que o outro, a outra, melhore. Isso não é amor. É cobrança. Discriminação. Exigência igual àquela que seu pai fazia sobre você. Ou sua mãe. O amor dos pais está além disso. É um mistério. Um mistério que você está sendo convidado a penetrar.
Que você começará a acessar no momento em que permitir-se sentir tudo o que há para sentir, dentro de si… e deixar passar. Parar de fugir dos seus medos. Das suas dores. Das suas emoções. Parar de dar desculpas para todos os problemas da sua vida. E parar de querer ficar carregando o sofrimento em suas próprias mãos. Pelo amor de Deus! Pare com esta mania de ver o lado sombrio de tudo e de todos. A vida é alegria, prazer, liberdade, prosperidade, amor incondicional… Mas é necessário merecer esta vida… Desligar a mente, as crenças e as emoções, para poder vislumbrar esta vida real.

Ninguém é responsável pelo seu sucesso. Pela sua felicidade. Pela sua segurança. Pela sua sobrevivência. A não ser você mesmo. Deus já lhe deu tudo o que você precisava para encarar seus piores inimigos, que vivem em seu interior, e libertar-se desta ilusão. Deus já lhe deu tudo para poder viver em paz. Deu inclusive o amor, que aqui e agora está.
Uma mulher, mesmo carente, pode ser uma companheira nesta jornada de autodescoberta e libertação. Um homem, mesmo carente, pode ser um companheiro nesta jornada de autodescoberta e libertação. Seus pais tentaram. Foram até onde conseguiram. Agora é momento de você prosseguir um pouco mais. Fazer diferente. Coragem!
Um novo relacionamento está esperando por você. Mas é um caminho sem. Você terá que andar às cegas. Guiada somente pelo seu coração. Amparado no seu silêncio. Em posse da sua inata capacidade de compreensão e compaixão.
Um amor puro não exige que o outro se adapte às suas exigências. Ele somente é. Você somente é. E vocês se bastam. Se isso não for possível, fique só. Encare a sua incapacidade de confiar no outro. Na outra. E quando achar que é possível, experimente novamente… Amar é seu direito. Amar é sua sina.
 


 

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Conteúdo desenvolvido por: Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
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