Em busca da paz interior
Atualizado dia 12/15/2006 9:27:04 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Na verdade, não existem fórmulas prontas ou receitas mágicas de "bem viver". Acredito que, no máximo, poderemos sugerir algo baseado em experiências isoladas que deram e continuam dando certo, pois a vida costuma ser, para nós, um emaranhado de acontecimentos muitas vezes imprevisíveis.
O que será sugerido a seguir é desprovido de nenhuma pretensão, seja filosófica, doutrinária ou científica. É, simplesmente, uma dica-síntese baseada em observações e estudos de casos clínicos tanto no enfoque psicanalítico tradicional, quanto na ótica da psicanálise reencarnacionista.
A grande maioria das pessoas comuns, salvo raras exceções, gostariam de conquistar uma paz interior possível. Registro o "possível" porque cada um de nós é como um livro que guarda a história de uma existência pregressa. Um livro diferente do outro, contendo registros históricos específicos. Cada caso é um caso, e partindo desta premissa, a conquista da paz interior torna-se relativa ao estágio de cada ser.
No entanto, o equilíbrio psicológico associado à paz interior possível de cada indivíduo, parece seguir alguns critérios que não foram criados pelo homem, e sim, ao que tudo indica, pelas leis divinas e universais que parecem indicar algumas atitudes a serem tomadas quando almejamos um melhor nível de harmonia em nossas vidas.
Comecemos por sugerir a meditação, calmante natural para todos os tipos de temperamentos, inclusive para aqueles mais inquietos e irritadiços. São muitas as técnicas de meditação e em artigo anterior havia sugerido uma técnica centralizada nas palavras "força e serenidade".
A prece elevada e espontânea de agradecimento à vida, por exemplo, ou com outro objetivo qualquer, possui a característica de elevar a nossa sintonia, e sendo feita com regularidade costuma manter a sintonia alta.
O pensamento precede o hábito, por isso muito cuidado com eles. Se pretendemos evitar pensamentos obsessivos e negativos, como a inveja, o ciúmes, a fofoca, entre tantos outros, estaremos dando fluência à nossa higiene mental e interferindo positivamente em um hábito negativo.
O sentimento de superioridade revelado através da "esperteza", ou seja, a tendência em tirar vantagens das relações pessoais e (ou) comerciais. Enquanto alimentarmos essa "cultura" de levar vantagem em tudo, estaremos fixados tão e somente no "eu", no nosso ego e subestimando ou desvalorizando o "outro".
"Mente sã em corpo são": um lema antigo mas verdadeiro e atual, porque o nosso organismo físico-mental funciona como uma máquina. Desta maneira, a alimentação balanceada, associada à atividade física equilibrada, tornam-se fatores importantes na busca da paz interior possível.
A atividade sexual fundamentada no sentimento do amor e na qualidade das relações, tem um poder energético extraordinário porque eleva-nos à nossa natureza espiritual em sintonia com a espiritualidade superior. Numa situação de amor elevado, a intensidade da energia do orgasmo é comparável ao poder da energia cósmica.
O trabalho dignifica o homem. É através dele que estabelecemos relações profissionais e sociais. O indivíduo que trabalha sente-se útil à sociedade e relativamente seguro em relação às suas necessidades de sobrevivência. No entanto, na atividade que executamos, o importante é sentir-se bem. Caso contrário, indefinidamente, alimentaremos sentimentos de frustração.
A prática da caridade sem segundas intenções, sob o ponto de vista espiritual, é um valioso instrumento de desapego do ego e de geração de amor abrangente. É através do exercício do amor humanitário que aprendemos a nos libertar da característica egocêntrica que acompanha a natureza humana ainda imperfeita.
As conquistas humanas, sejam elas individuais ou coletivas, sempre exigiram e continuam exigindo esforço e persistência na meta a ser alcançada. A conquista da paz interior possível a cada ser, não poderia ser diferente do direcionamento natural da vida no planeta Terra. Por isso, o mais importante é darmos o passo inicial, porque o sucesso da jornada auto-transformadora dependerá única e exclusivamente de nós mesmos.
As religiões e as terapias até auxiliam, mas, basicamente, se não tivermos a motivação e vontade necessárias, todo o resto perder-se-á em meras tentativas inconsistentes, porque o processo de mudança inicia pela conscientização do que queremos transformar, e somente termina quando alcançamos a meta desejada. Tudo é uma questão de reprogramarmos novas atitudes perante a vida e, dessa forma, nos sentirmos mais felizes e em paz.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |